É verdade, eu odeio escrever primeiros capítulos, mas faz parte!
Aviso:
▪︎ Essa história conta com um romance de duas pessoas de idade bem diferentes, sendo uma bem mais nova e a outra bem mais velha. Se você não se sente confortável, não leia :)
No mais, vocês já sabem: boa leitura! E obrigada Borken, por ter me pentelhado até eu postar. Obrigada Regina por me escutar falar dessa história por dias.
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Os olhos de Anita Berlinger brilhavam sempre que ela dispunha de seu precioso tempo para observar o mar, seu ritmo e até mesmo os desenhos que a água salgada era capaz de pintar na areia. Os ombros estavam totalmente relaxados, ainda que a postura se mantivesse imponente como de costume, enquanto sua pele se refrescava com a brisa que lhe abraçava a medida em que ela caminhava em direção a água quase transparente a sua frente. Enfim longe da cidade, do trânsito e do caos, estava em casa!
O trabalho como promotora era sua paixão acima de muitas outras coisas que eram importantes em sua vida, porém, na mesma proporção que a mulher amava, ela também tinha a clara noção do quanto aquilo lhe sugava. Com o chegar das férias de sua filha, Anita e o marido também se ausentavam de tudo, fugindo para o que ela gostava de chama de "seu paraíso particular". A casa em Ilha Bela havia sido adquirida há quatro anos, após uma busca feita pela mulher atrás do imóvel perfeita. Seu marido já havia desistido, dado como impossível achar algo que Berlinger de fato gostasse, mas ainda que houvesse demorado, a mulher achara.
A casa era perfeita em todos os aspectos, com uma decoração extremamente aconchegante e ao mesmo tempo luxuosa. A quantidade de quartos e banheiros era vasta, a cozinha imensa como Anita gostava e um quintal que era na mais nada menos que a praia. Com a loira fora amor a primeira vista, mas para Ester Berlinger aquele lugar era simplesmente o seu preferido. Após passar pelo seu último ano do ensino médio e pela tão temida prova que poderia definir seu futuro, a adolescente apenas queria esquecer de tudo e todos.
Em meio a ida de final de ano, Augusto e Anita haviam decidido abrir suas comemorações para um casal de amigos muito próximo, os convidando para passar não só o natal como também a virada de ano na casa de praia. Luise e Paulo eram amigos de longa data, visto que a união entre Paulo e Augusto se dera desde a infância de ambos. Eram como uma enorme família sempre que se juntavam, e na cabeça de Anita e Luise não fazia o menor sentido que passassem as datas longe. Sem contar o fato de que Ester e Verônica, a filha do casal de amigos, eram inseparáveis.
Enquanto Anita mergulhava nas águas claras, na areia Ester corria em direção a sua amiga que acabava de chegar junto a Augusto e seus pais. O abraço fora apertado e demorado, estavam a muito tempo sem se ver.
────Mãe, a tia Luise chegou! ────A menina acenara ao longe enquanto a mulher de longos fios pretos levantava sua latinha de cerveja com um sorriso largo.
Luise era a alegria dos lugares sempre que chegava, com seu humor irreverente e uma personalidade digna de um personagem novela. Paulo era mais reservado, mas igualmente engraçado quando se soltava após duas ou três taças de vinho. Eram o casal perfeito a primeira vista, como em um comercial de margarina ensaiado e repassado mil vezes.
Com os fios molhados todos para trás, Berlinger saira do mar como uma verdadeira rainha, caminhando em direção ao outros. O encontro fora caloroso, cheio de abraços e risadas, e assim, ao final os olhos azuis repousaram sob a figura de Verônica Torres sorrindo largamente para ela.
────Oi tia. ────Seu rosto pendera para o lado com o olhar a recair sobre corpo coberto apenas por um biquíni verde escuro a se frente.
────Oi Verônica, fez uma boa viagem? ────A menina lhe olhava sem pudor algum, ao que a mais velha franzira o cenho com um sorriso desconcertado.
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Vermelho Carmesin | veronita fanfic
Fiksi PenggemarAnita Berlinger se perguntava o quanto sua vida estável poderia ser remexida após fixar seus olhos em algo e não mais conseguir parar. O proibido de fato nunca lhe atraira, talvez pela postura sempre tão incorruptível, porém, Verônica Torres desper...