Ele me puxa e me joga na cama, ficando por cima de mim, me debato e tento de todas as formas me soltar, faço o máximo de força possível, eu não acredito que ela fez isso comigo, ela passou dos limites, preciso ir embora.
J- fica quieta, você como uma prostituta devia estar acostumada.- ele me dá um tapa e me segura mais forte.
Chuto sua parte íntima e ele cai sobre a cama gemendo de dor, aproveito para tentar escapar, lembro que deixei uma tesoura no minha mesa de estudos, pego ela e aponto na direção dele, ele me olha com olhar frio e aparentemente bastante irritado.
J- acha que você consegue me machucar com uma tesoura, você é patética, se eu fosse seu pai, já teria te matado.- meus olhos se enchem de lágrimas.- viu? Como eu disse, patética, agora me dê essa tesoura- ele estende a mão em minha direção.
Puxo a minha mão e ameaço furar ele com a tesoura, ele sorri parecendo um maníaco.
A porta do quarto é aberta e eu jogo a tesoura pra fora do campo de visão dela.
M- Seu tempo acabou Jhonatan, pode ir embora.
J- Eu quero meu dinheiro de volta, agente não fez nada e como se não bastasse ela ainda me chutou e me ameaçou com uma tesoura, vocês são malucas.
Ela me olha com uma cara de demônio, tô ferrada...
M- Vamos conversar lá embaixo, a gente pode remarcar outro horário e eu dou um jeito de fazer ela ficar quieta.
Eles saem, eu me encolho no canto do quarto abraçando meus joelhos, minha mente tá a mil, vários pensamentos invade minha mente, começo a chorar e a crise vem.
Depôs de algumas horas, minha mãe entra no quarto totalmente bêbada.
M- cadê você dia pirralha? Você me fez perder o meu dinheiro, se acha que vai ficar assim tá muito enganada.
Ela olha ao redor me procurando, fecho os olhos, minha cabeça tá explodindo, eu preciso ir embora daqui.
Não preciso contar o que aconteceu depois disso né?
NA MANHA SEGUINTE
Acordo com uma dor enorme no corpo e uma dor de cabeça insuportável, hoje é dia de voltar para a escola e eu não descansei nada de nada.
Levanto e vou ao banheiro, faço minha higiene, tomo um banho e me olho no espelho, meu olhos lagremejam ao encarar a minha visão no espelho.
Meu corpo todo marcado... Meus olhos inchado e fundos, eu parecia uma zumbi.
Me visto com uma calça preta e uma camisa larga mais coloco uma outra camisa de manga longa e gola alta, precisava cobrir as marcas, nos pés eu coloco um tênis branco.
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Depois de me arrumar, vou para a escola, torcendo para que aquelas meninas não vá ou não me vejam.
Chegando lá, respiro fundo tentando conter as lágrimas, ninguém sabe o que eu tô passando mais ainda assim eles ajudam a me sentir pior.
Entro e sinto um líquido azul escorrendo pelo meu corpo, olho para frente e vejo, Vanessa e logo ao lado dela um pouco atrás tem a Barbara e do outro lado a Beatriz, elas começam a rir de mim juntamente com toda a escola.
Me sinto um lixo, eu não aguento mais tudo isso, saio correndo da escola e fico andando pela rua, sem rumo.
"- é, agora eu não sei mais onde eu tô, mais quem se importa? Ninguém deve estar atrás de mim..."
Continuo andando, vejo um parque, me sento lá e de longe fico observando os pais brincarem com os filhos, eu queria tanto uma família normal sabe? Uma que me desse amor e carinho como as famílias que eu tô vendo.
Eu me sinto só, triste, angústia, me sinto mal, muito mal mesmo. Eu tô escondida onde ninguém pode me ver, mais daqui, consigo ver todos, acho que acabou pra mim.
Olho ao redor e não vejo ninguém conhecido, minha vida seria bem melhor se eu não tivesse que nascer numa família ruim, é triste ver todos felizes e só você mal, não tô dizendo que os outros não podem ser felizes, claro que podem e devem, mais eu também queria...eu queria me sentir amada por alguém, nem que seja só por uma noite, ou alguns minutos...
Abaixo minha cabeça e começo a chorar, minha vontade é de gritar, mais eu não posso.
Sinto uma pessoa cutucar meu braço, não respondo, mais a pessoa continuar a cutucar. Olho para a pessoa e era uma criança, bem vestida e alegre.
- Você tá bem moça? - ela me olha como uns olhinhos preocupados e muda para uns olhinhos triste, vejo que nos olhos dela começam a encher de lágrimas.
- Tô bem criança, não se preocupe comigo, volta lá prós seus pais, eles podem estar preocupados.
Antes que eu afaste ela, ela me abraça e me diz que vai ficar tudo bem, fecho os olhos, ninguém nunca me abraçou e me disse essas palavras, a mãe dela chega, puxando ela pelo braço dizendo que a criança não deve falar com pessoas de rua.
Por uma parte eu entendo, mais por outra eu me sinto mal, aquele abraço foi tão bom, eu quero mais...
Depois de alguns minutos eu enxugo o rosto e vou caminhando sem saber pra onde tô indo, no caminho vejo casais, famílias, todas felizes, continuo caminhando e paro em frente a uma ponte, era maravilhoso olhar ela daqui de cima.
Respiro fundo e continuo olhando, as minhas memórias começam a passar pela aquelas águas e quando noto eu já tô chorando novamente.
"- porque eu tive que nascer? Porque minha vida é assim? Porque ninguém me ama? O que eu fiz de tão ruim?, acho que seria melhor eu morrer, eles vão ficar felizes, pela primeira vez que eu faço algo que pode agradar eles."
Continuo olhando e tomo uma decisão, hoje vai ser meu último dia...
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Olá gente, mais um capítulo, eu espero que vocês estejam gostando, vai vir pessoas boas na vida de Ágatha. Só pra consolar vocês ok?