04, bdn.

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MALI POINT OF VIEW.
três dias depois...

Acordei com Maria Luiza e Maria Izabel pulando em cima de mim, puta merda viu? Nem em dia que eu falto tenho paz.

- Bora acordar - Maria Izabel gritou no meu ouvido.

- Não fode - reclamei virando pro outro lado.

- Que amor amiga, também te amamos - Maria Luiza me abraçou.

Suspirei fundo, já sabendo que não ia adiantar brigar com elas. Essas duas não têm limites quando decidem me tirar da cama.

- Vocês não têm casa não? - resmunguei, a voz abafada pelo travesseiro.

- Temos, mas a sua é mais legal - Maria Izabel respondeu, jogando meu cobertor longe.

Me sentei na cama com a cara amassada, tentando não soltar um palavrão. As duas estavam cheias de energia, vestidas e arrumadas como se já tivessem vivido metade do dia. Enquanto isso, eu ainda estava de pijama e com o cabelo parecendo um ninho de passarinho.

- O que vocês querem? - perguntei, já derrotada.

- Café da manhã e fofoca, claro - Maria Luiza respondeu, como se fosse óbvio.

- E depois, vamos sair - Maria Izabel completou, puxando minha mão.

- Sair pra onde? Eu quero ficar de boa hoje - tentei argumentar.

- Não tem essa, Mali. Você tá precisando se distrair. Desde que chegou aqui só fica estudando e não vive - Maria Luiza falou, cruzando os braços.

- E tem um rolê ótimo hoje. Talvez você conheça umas pessoas novas... - Maria Izabel disse com um sorriso suspeito.

Olhei para as duas, desconfiada. Eu sabia que não ia ganhar essa discussão, mas não ia facilitar as coisas pra elas.

- Tá bom, mas se for cilada, vocês duas me pagam - avisei.

As duas gritaram de animação, me puxando da cama como se estivessem numa missão de resgate. Eu sabia que ia me meter em alguma confusão, mas com essas duas por perto, pelo menos nunca era chato.
Enquanto eu ia arrastada até o banheiro pelas duas, resolvi parar no meio do caminho e me apoiar na porta.

- Gente, sério, eu tô morta. Que tal a gente pedir comida e fazer uma maratona de série aqui mesmo? - sugeri, na esperança de apelar pro lado preguiçoso delas.

Maria Izabel me olhou com uma expressão quase ofendida.

- Você tá tentando nos corromper com essa ideia tentadora, mas eu não vou cair nessa. Não hoje.

Maria Luiza, por outro lado, parecia pensativa.

- Hmm, mas pensando bem... um dia de preguiça também não é tão ruim. Ainda mais se rolar pizza - ela disse, me lançando um sorriso cúmplice.

- Luiza! Não se deixe levar! - Izabel gritou, colocando as mãos na cabeça como se tivesse levado um golpe.

- Ai, Izabel, relaxa. A gente sai amanhã. Hoje vamos aproveitar o conforto do lar. E pizza - Luiza decretou, já puxando o celular pra abrir o app de delivery.

Eu ergui uma sobrancelha e olhei pra Izabel, esperando a rendição. Ela suspirou alto, jogou as mãos pro alto em derrota e foi se jogando no sofá.

- Tá, tá bom! Mas amanhã eu não aceito desculpas, hein. Vocês duas vão me agradecer quando eu apresentar uns contatinhos interessantes.

- Vou pensar no seu caso - respondi, rindo.

- Vou pensar no seu caso - respondi, rindo

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