NUNCA confie em alguém

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A nossa amizade durou bastante até. Eu havia depositado fé na palavra de um garoto que claramente só iria me usar para suprir suas inseguranças.

E aqui estou eu.

Novamente sozinha, mas agora, com o coração partido e um joelho sangrando.

Minhas lágrimas descem velozes, disputando uma com a outra quem chega primeiro à areia do parquinho.

Sinto meu coração se rachando em inúmeros pedaços.

Eu sou a culpada. Sou estúpida por ter acreditado nessa desgraça de promessa.

Eu sou mesmo ingênua como ele disse.

Eu sou descartável.

Bem, essa é minha única função na vida pelo jeito.

Ele foi minha luz no fim do tunel e agora só vejo a merda da escuridão.
E eu tenho medo de escuro.

Pego minha bolsa surrada no chão e os cadernos que cairão na areia, enfio de qualquer jeito na bolsa.

Vou da escola até o caminho de casa alternando entre raiva e tristeza.

Quando chego em casa, corro direto para meu quarto. Me vendo passar pelo corredor, Diana tenta buscar uma explicação para meu estado deplorável.

A única resposta que teve foi a porta do meu quarto sendo fechada e trancada na sua cara.

Escuto ela batendo na porta e me xingando por ter batido a porta na cara dela sem ao menos me explicar.

Eu queria poder explicar essa situação sem ser no mínimo patética.

Como falar que eu acabei gostando de verdade de uma garoto que me prometeu nunca sair do meu lado, me fez rir, me sentir especial...para no fim, ser exatamente o oposto?

Tudo começou dois dias antes.

Alex ficou indiferente comigo depois que fez amizade com o garoto novo da nossa sala. Ele simplesmente parou de ser legal comigo. Ele só tinha ouvidos pro novato.

Em pouquíssimo tempo eles viraram amigos, e, eu fiquei sem o único amigo que tinha.

Alex não me zoava nem nada, só me evitava e isso mexia com a minha cabeça. Eu queria contestar ele sobre o porquê, mas era tão óbvio que eu tinha sido trocada.

O nome do indivíduo que eu fui descaradamente abandonada era Hugo Montes, um monte de merda.

Ele era pior que Alex no quesito me irritar. Ele só não superava o filhinho de papai do Max.

Hugo era mais velho, repetente. Como vemos além de ser um monte de merda, também era um monte burrice.

Ele e Alex combinavam.

Eu era uma garota inteligente, não esperta, porque se fosse tinha me tocado que eu e Alex não éramos compatíveis. Ele era meu oposto. Ele era um garoto metido a bad boy de filmes, e se eu participasse de um filme eu seria a vítima de bullying ou uma figurante.

Eu sou idiota. Mas disso eu já sei.

- Alex? - Eu o chamo.

- Hm. - Ele nem me olha.

Eu irrito de vez.

- Ô garoto? - Eu dou um empurrão no seu braço.

Ele quase caí da carteira.

- Eí, tá doida? - Ele me olha, finalmente.

- Doido tá você! - Eu o empurro de novo.

Esse babaca!

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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