PARTE IV - entrada de serviço

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Chegando no hotel, a Van estacionou nos fundos, ninguém os veriam, teriam que entrar pela entrada de serviço, aquela hora não haveria nenhuma movimentação.

Segurança: Devemos reservar um quarto para ela?

JK: Não, leva ela para o meu, ela vai acordar assustada, precisa ter alguém com ela.

V: Ela vai acordar e ver a sua cara e o que você acha que vai acontecer?

JK: Não sei, quando chegar a hora a gente descobre (apenas sorriu).

O segurança deitou a moça na cama, JK tirou os sapatos e as meias, cobriu ela, pois o quarto estava gelado. Ela havia desmaiado a pouco, mas agora parecia estar apenas dormindo, apenas descansando, naquele momento ele se sentiu aliviado.

V: Vou ficar aqui caso ela acorde.

JK: Não precisa, melhor ir até o quarto do RM e contar o que aconteceu, ele vai saber melhor do que ninguém, como vamos lidar com a situação e resolver isso.

V acenou e saiu. JK pendurou o casaco e brevemente sentou em uma poltrona próximo da janela. As luzes da cidade faziam com que tudo parecesse movimentado, mas no quarto reinava o silencio.

Moça (sussurrando enquanto dormia): Sim, eu preciso ir trabalhar, eu vou limpar tudo, sem problema.

(Silêncio)

JK se levanta e se senta na cama, próximo dela. Afasta o cabelo dela do rosto e pega a sua mão. Se assusta, suas mãos estão ásperas e com calos, aquela sensação doeu ainda mais nele.

JK: Você deve ter passado por muitas coisas, isso vale a pena? Não precisava lutar tanto para isso, você precisa se manter saudável.

Alguém bate na porta de leve. JK coloca a mão da moça dentro do cobertor e se levanta para ver quem é. Abre a porta e RM entra na ponta do pé, sua cara não é das melhores, e com certeza irá apresentar argumentos de reprovação pelo que aconteceu.

RM (sussurra): Você ficou louco?

JK: O V não te explicou o que aconteceu?

RM: Sim, mas isso não deixa de ser uma loucura. O que faremos com ela aqui no seu quarto? E quando ela acordar? O que falarmos?

JK: Esse é um problema que vamos resolver quando nos depararmos com ele.

Apenas a luz de cabeceira está acessa, RM olha para ela.

RM: Ela parece estar apenas dormindo, profundamente, também não parece machucada. Isso é um alívio.

JK: As mãos dela estão calejadas, ela estava trabalhando feito doida, dia e noite para conseguir ir ao nosso show. Eu sinto que isso é nossa responsabilidade.

RM: Concordo que precisamos cuidar das Armys, mas trazer uma mulher para o seu quarto desacordada no meio da noite, é muita irresponsabilidade.

JK: Assim que ela acordar eu falarei com ela e darei um jeito em tudo.

RM: Bom, apenas deixe ela descansar. Fica com ela, se ela acordar e ver que está em um lugar estranho, talvez ela precise ver um rosto conhecido, mesmo que esse rosto tenha que ser o seu.

RM aperta os ombros de JK e sai do quarto, ambos seguram a maçaneta e encostam a porta com cuidado para não fazerem barulho. A noite passou, o sol já estava apontando no leste, quando ela abriu os olhos, ainda com dificuldade e meio atordoada.

O sete em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora