PARTE VI - um arco-íris em você

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Ela acordou poucas horas depois, a claridade que entrada da pequena fresta da cortina Blackout, irradiava pelo quarto, permitindo ter uma luminosidade baixa, suave, quase inexistente. Ao acompanhar o movimento que aquela luz fazia sobre ela, pousou os olhos ao seu lado, onde um pequeno Arco-Íris, se formava nas mãos de Jungkook, que adormecera de maneira aparentemente desconfortável, quase sentado ao seu lado, com as mãos pousadas no colo. Naquele momento cessou sua respiração, por medo de acordá-lo, sabia que talvez tenha pegado no sono com muito sacrifício, que estaria exausto da viagem. Naquele momento, ela apenas quis observá-lo.

Moça (pensamento): Como você pode dormir em uma situação dessa? Ao lado de uma completa desconhecida?

Com todo o cuidado ela tentou se virar para ele, observava de perto cada detalhe, seus cabelos caindo na testa, os desenhos e traços em seu braço, como seu peito se movimentava a cada respiração sobre a camiseta branca. Mesmo em uma posição desconfortável, ele ainda conseguiu dormir profundamente. Delineou com os olhos, mesmo com a pouca luminosidade que ali entrava, o contorno de seus olhos, nariz e boca, tentou gravar em sua mente cada detalhe, mesmo que ínfimo. Para ela cada minúsculo detalhe era importante e essencial.

Moça (pensamento): Quando realmente percebi o que havia acontecido, nem pude acreditar que eram vocês, é impressionante como vocês têm a capacidade de me resgatar sempre. Queria poder dizer isso em voz alta, queria poder gritar e abraçá-los, mas tenho medo, tenho medo de estar vivendo um sonho, de que nada ainda seja real, e se real, como poderia assim fazê-lo?

Por um momento, ela sede aos seus pensamentos intrusivos e decide tocá-lo, levemente levanta sua mão e vai de encontro ao arco-íris que está ainda pousado na mão de JK. Sua mão treme, mas não recua, ela precisa ao menos uma vez tentar tocá-lo, só assim saberá que não está experienciando apenas um sonho.

Ao tocá-lo, sente sua pele fria, ela então passa levemente os dedos pelas cores, transpassando a sua mão que agora cobre a dele. Ela fecha os olhos, apenas quer guardar a sensação que está sentindo privando-se do sentido da visão, mas também quer decifrar cada sentimento que borbulha dentro de si. Ela sorri, seu coração bate tão forte, o som das batidas ecoa por todo o ambiente. Talvez até mesmo ele possa ouvi-lo. Ela abre novamente os olhos e então ele está observando-a, com olhos amorosos e fixos. Ela tenta tirar a mão imediatamente, mas ele a segura, entrelaçando seus dedos nos delas.

Moça: Jungkook, me desculpe, não pense que eu estava me aproveitando de você. Eu só..

Ele a interrompe.

JK: Veja o arco-íris.

Com os dedos entrelaçados nos delas, ele a segura de maneira firma.

JK: Sempre é um bom sinal.

Moça: Você não deve ter dormido bem, está em uma posição desconfortável, eu vou sair da cama para você descansar melhor.

JK: Eu nunca dormi tão bem, antes de dormi, o som ritmado da sua respiração, os leves suspiros e as batidas do seu coração, soaram como melodia. Eu dormi muito bem, acredite.

Ela desviou o olhar, não sabia o que dizer, como ele pode prestar atenção a esses detalhes. Ela recolheu as mãos e se movimentou para levantar-se da cama. Ele não a impediu dessa vez.

JK: Pedi para o J-Hope trazer algumas roupas para você, logo iremos jantar, você deve estar faminta, mas confesso que também estou.

Moça: Não, eu não estou...

Ainda sentada na beirada da cama sua barria ronca, ela se cala e vira o rosto para que ele não veja vergonha estampada em sua cara. Ele ri alto e recosta ainda mais na cama, apoiando a cabeça em uma das mãos, enquanto olha para ela.

JK: Por que você é tão teimosa?

Moça: Não acho que sou teimosa, apenas não vejo muito sentido em tudo isso.

JK: Entendi, você não vê sentido em alguém querer estar contigo e cuidar de ti, é isso?

Moça: Talvez seja, mas convenhamos, por que eu ainda estou aqui?

JK: Pelo simples motivo de eu querer você aqui!

Ele se levanta e sai antes que ela pudesse lhe responder. Justamente no momento em que a porta bate. JK caminha até a porta e a abre, é o J-Hope, bem a tempo, como sempre. JK sai da frente para que ele passe com os cabides.

J-Hope: Armyyy, pedi para que trouxessem roupas legais, bonitas e principalmente confortáveis.

Ela se levanta, e como se estivesse encantada, caminha até ele, com uma feição quase assustadora de que alguém ali pudesse surtar a qualquer momento.

Moça: J-J-Hope, eu achei que tinha te visto mais cedo, mas agora eu tenho quase certeza de que é você mesmo.

J-Hope: Yeahhh, eu sou eu, você é você, e nós estamos quase atrasados para o jantar, planejamos algo especial para você, ideia do JK, mas ainda sim, acho que você vai gostar.

Moça: Como assim? Algo para mim? Não precisam...

J-Hope: Tá, já sabemos, só permita e vá, combinado? Prometo que não será nada mortífero ou que envolva perigo a você, não precisa se preocupar, mesmo que a ideia tenha sido do JK.

JK: Certo, também te amo! Agora vamos para ela poder escolher e se vestir em paz.

Ele abre a porta e aponta para a o J-Hope acompanhá-lo. Antes de fechar a porta, se vira e olha novamente para ela.

JK: Vai logo, volto em meia hora, esteja pronta.

Ela se assusta com a ordem, mas talvez se não tivesse recebido, teria continuado paralisada ali sem entender absolutamente nada.

Moça:Ok, vamos ver o que temos aqui. 

O sete em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora