O sete em mim

PARTE VIII - um toque inesperado

Eles chegam na porta do quarto do Jimin, JK pede que ela coloque a senha para entrar. Ela olha para ele tentando saber qual seria a senha.

JK: A senha é a mesma em todos os nossos quartos: 0613.

Ela sorri, sabia que era o mês/ano do debute deles. Quando abriu a porta o cheiro do perfume do Jimin exalava por toda a parte, enquanto JK entrava carregando Jimin, ela permaneceu na porta, mas com o nariz enfiado pra dentro, tentando obter o máximo daquele cheiro.

JK: Entra, Srta. Farejadora.

Ela entrou mesmo estando meio envergonhada.

JK: Me ajuda a trocar a roupa dele, assim ele dorme mais à vontade.

Moça: Eu? Como assim?

JK: Você verá alguma novidade? É só pele, pega ali na mala dele um pijama, só vou trocar a parte de cima.

Ele olha para ela com um olhar reprovador, mas também aliviado por ver que ela não queria tirar proveito da situação. Ela volta e entrega para ele.

JK: Segura ele sentado por um momento, fica mais fácil de trocar a camisa.

Moça: Mas e a parte de baixo?

JK: Interessada novamente?

Moça: Não, eu posso sair para você trocar.

JK: Não vai precisar, enquanto eu o cobria, ele já tirou a parte de baixo.

Ela se assusta e fecha os olhos.

JK: Isso mantenha os olhos fechados.

JK, terminou de trocar a parte de cima do pijama de Jimin e se virou para ela, que continuava de olhos fechados. Ele chegou bem perto de seu pescoço, subiu um pouco até o seu ouvido.

JK (sussurrando): Você também cheirou as minhas roupas?

Ela se assustou e deu um passo para trás, quase caindo em cima do Jimin, em tempo JK a segura, a pega pela cintura e a puxa para que não o acorde. O rosto dela bate em seu peito, o coração dele parece levemente acelerado.

JK: Vamos deixá-lo descansar.

Eles saíram fechando a porta com cuidado. Ela foi em direção ao elevador, ele foi em direção ao quarto.

JK: Para onde você está indo?

Moça: Não íamos voltar?

JK: Você quer ficar no meio daquele bando de bêbados, além disso, sua presença vai incentivar o RM a fazer outra jarra de bebida. Melhor voltarmos para o quarto.

Ele se vira e volta a caminhar em direção ao quarto, mas percebe que ela não o está acompanhado.

JK: Como faz? Vai ficar parada?

Moça: Acho que preciso mesmo ir embora.

JK caminha até ela, em um movimento brusco a pega e coloca sobre os ombros e a leva para a porta do quarto.

Moça (sussurra): Jungkook, o que você está fazendo? Ficou maluco?

JK: Já disse que está proibida de dizer não.

Ele abre a porta e a leva para dentro. O quarto parecia o mesmo, porém, a noite, as luzes dos abajures traziam uma sensação maior de conforto e calor para dentro. JK a colocou sentada na beira da cama.

JK: Fique aí.

Ela não movimentou um só músculo enquanto ele ia até o banheiro, quando saiu carregando uma toalha, se ajoelhou em sua frente e começou a secar suas pernas que ainda estavam úmidas da piscina.

JK: Acredito que o Hobbi não tenha mandado nenhum pijama.

Moça: Não.

Ele olha fixo para ela.

JK: Vou arrumar algo para você colocar.

Moça: Nã...

Ele volta o olhar para ela, que apenas não cogita terminar a frase.

JK: Tenho mais shorts.

Moça: Posso dormir de moletom, ele é bem quentinho e confortável.

JK: Certo então. Precisa de algo mais para dormir?

Moça: Eu vou dormir aqui de novo?

JK: Fica tranquila, hoje você não está desmaiada, já avisei ao V que irei dormir no quarto dele hoje.

Moça: Ma...

Ela novamente se cala. JK entrega o short para ela, que vai até o banheiro se trocar. Ele permanece no quarto, procura algo na mala, enquanto ela está no banheiro.

Moça (pensamento): Que merda você está pensando, ele só está sendo legal porque está com pena de você. Eles apenas a adotaram temporariamente, como um cachorro que fica em um lar temporário até encontrar outro que assuma a responsabilidade.

Ela então chora baixinho, sufocando a dor, levando as mãos a boca, seus pensamentos ruins a dominam e ela escora na pia sentindo uma dor insuportável no peito. Tenta se recompor e lavar o rosto.

Quando finalmente consegue sair, JK estava na porta novamente, como em um deja vu. Ele a segura, leva as mãos em seu rosto e olha profundamente em seus olhos como se procurasse algo.

JK: Você está bem? Parecia que estava chorando.

Moça: Estava apenas lavando o rosto.

Ele de longe pode perceber que se tratava de uma mentira, continuou segurando seu rosto. As mãos delas seguraram seus pulsos, como tentativa de se afugentar daquela situação. Ele se aproximou dela, até não ser possível ela se afastar dele. Entre uma barreira formada pela porta e por ele, ela se viu completamente perdida. Ele então chegou mais perto, e com os seus lábios, quentes e macios, beijou sua bochecha. Ela fechou os olhos com força, não sabia o que aquilo significava. Ele continuou a segurá-la e beijou sua testa, um beijo mais demorado, como se ele quisesse que ela tivesse certeza de que ele ainda estaria ali com ela.

Quando retirou seus lábios do rosto dela e desceu as mãos, se virou para a porta.

JK: Bons sonhos, já estou indo...

Ela, em um momento de desespero e profundo desejo, o segurou pelo braço, ele virou e olhou em sua direção.

Moça: Fica!