Após conseguir um bom cargo numa empresa publicitária de sucesso, Gustavo se dedica a tentar fazer de seu trabalho algo agradável e prazeroso. Mas o convívio com sua chefe, Ana Flávia, transforma sua vida em um verdadeiro inferno.
O coração duro de...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Gustavo Mioto
Apesar do descaramento de Catarina na academia, consegui convencer Gabriela de que entre eu e ela já não havia mais nada e aquela cena foi apenas para me provocar.
Acabei não comentando sobre Ana Flávia, que vi aos risos com Catarina. Provavelmente, as duas se divertiram com a situação. Eram exatamente da mesma laia.
Na segunda-feira, perto do horário do almoço, eu estava ocupado em minha sala quando Murilo e Gabriela entraram sem bater. Os dois pareciam aflitos.
— Algum problema? — perguntei.
— Senhorita Castela mandou cortar as verbas de alguns projetos e os da Gabriela foram incluídos.
— Você não sabe o ódio que eu estou! — ela esbravejou. — São projetos grandes e eu precisaria de cada centavo fornecido! — falou em desespero.
— Calma. — levantei e segurei suas mãos. — Você pode pedir uma reavaliação do seu caso no conselho e pode ser que a verba seja reavida.
— Já fiz isso, mas pode demorar! Eu tenho um prazo pra terminar os meus projetos! O que ela quer agora? Arrancar a nossa sanidade mental? Eu deveria dizer umas verdades! — fez menção de sair, mas eu segurei seu braço.
— Opa, não. — eu disse. — Você sabe como as coisas funcionam quando se trata da Ana Flávia.
— Pois é, Gabi. Quanto mais você esperneia, mais errada você está. — Murilo completou.
— E o que eu devo fazer? — ela choramingou.
— Manter a calma e ter paciência. — segurei seu rosto entre minhas mãos. — Eu prometo que nós vamos te apoiar e tentar de tudo junto com você. Não admito que você seja injustiçada. — pressionei meus lábios contra os dela, depositando um beijo rápido.
— Obrigada. — ela sorriu.
— E que tal se eu e Muriko fôssemos falar com o conselho? Quanto mais gente os pressionando, mais rápido as coisas vão andar.
— Fariam isso por mim?
— Qualquer coisa por meus amigos. — Murilo sorriu.
— Vamos lá.
Segurei a mão de Gabi e nós saímos da minha sala. No meio do caminho, avistamos Ana Flávia sair da sala dela, provavelmente indo almoçar. Segurei firme a mão de Gabi pra que ela não quisesse fazer nenhuma bobagem, mas mesmo assim não foi o suficiente.
— Eu preciso fazer isso. — ela disse, indo rápido em direção à Ana Flávia.
— Gabi! — a acompanhei.
— Qual o seu problema? — falou parando na frente de Ana Flávia antes que ela entrasse no elevador.
