(I) Começo do jogo

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Era o primeiro dia de aula no karasuno e eu estava totalmente perdido, eu imaginava um monte de coisas clichês de encontrar uma garota perdida ou esbarrar nela, mas não imaginava que desse jeito desorientado que estou, eu seria essa garota.

Quando finalmente achei a lista da sala, eu comecei a procurar e achei, sala 1-F... A pior sala.

O karasuno era dividindo entre as salas A, B, C, D, E e F, sendo o A a melhor e o F o pior, mas o que eu esperava? nunca fui um aluno inteligente, nem sei como passei de ano, deve ter sido por causa que minha mãe, praticamente 𝑻𝑶𝑫𝑶 dia ligava para a escola, sinto que os meus queridos professores não gostavam tanto assim de mim.

—1-F é? Então tá, vou mostrar para essa escola o melhor aluno de todos os tempos!— falei para mim mesmo com motivação, mas não esperava que tinha um monte de gente atrás de mim me ouvindo...

Nunca me senti tão crente, mas eu faltava implorar de joelhos para algo me tirar dali, e impressionante aconteceu, o sinal da escola tocou.

Ali estou eu, na frente da porta, parado, não tenho nenhuma vontade de entrar, ver um monte de pessoas que eu não conheço, professores que nem sequer olham para a gente, pessoas gritando, barulho tudo e mais um pouco, não dá tempo de voltar para casa? Eu não quero ficar aqui eu...

vai ficar na frente da porta mesmo? Tampinha.—uma voz me tirou dos meus pensamentos, pera, 𝒕𝒂𝒎𝒑𝒊𝒏𝒉𝒂?!

—quem se tá chamando de tampinha?!—murmurei alto demais enquanto entrava.

O professor limpou a garganta quando percebeu que todos já haviam entrado, me surpreende saber que cada turma só tem 15 alunos, bom, no total, o bloco 1 tem 90 alunos o que é muito! Mas para 6 turmas não é tanto assim.

O professor começou a falar

—se apresentem.—simples e direto, amei.

Foi uns dois alunos e chegou a minha vez, essa é a pior parte, falar na frente das pessoas, uma coisa é falar para adultos de 25 acima, outra coisa é falar com adolescentes de 16 anos que fazem piada com tudo a volta e vêm duplo sentido, odeio isso.

—eu sou Hinata Shouyo e tenho 16 anos, espero que possamos, ou talvez não, ser amigos!— sim, eu disse isso, porém eu sussurrei aquela parte, acharam mesmo que eu falarei isso para um bando de aborrecentes? Eu ainda quero ter vida social! Ser amado é uma coisa fundamental na vida de uma pessoa em fase de crescimento!

Não demorou muito para o garoto que me chamou de TAMPINHA se apresentar.

—kageyama tobio, 16 anos, só isso que vocês devem saber.

Um chato típico, moreno, introvertido e metido, o básico.

E assim se fez, a aula do professor de português passou e chegou o de história, me falaram que ele era legal, espero que seja mesmo, ninguém merece ficar o dia todo estudando, mesmo que seja uma escola.

A aula de história começou, mas não de um jeito convencional. O professor tinha uma energia tão vibrante que parecia que estava narrando uma batalha épica, como um jogo de xadrez. Ele dividiu a turma em dois grupos e nos deu papéis: reis, rainhas, bispos e até peões. Disse que aprenderíamos história enquanto jogávamos uma partida interativa. Achei que seria divertido... até perceber quem era meu rival.

Kageyama Tobio.

— Hinata, você vai ser o rei do grupo A, e Kageyama, o rei do grupo B.

Ótimo. Agora sou rival do "Sr. Metido".

Enquanto o jogo avançava, ficou claro que Kageyama tinha uma mente estratégica assustadora. Cada movimento parecia calculado, como se ele estivesse prevendo o que eu faria. E isso me irritava, porque eu não fazia ideia do que estava fazendo, eu nunca tinha jogado esse jogo antes.

— Você é péssimo nisso, tampinha. — Ele sussurrou no meu ouvido quando eu perdi uma peça crucial.

— Melhor péssimo do que chato como você! — Respondi, talvez um pouco emburrado, o que arrancou risadas dos outros alunos.Eu perdi no final, mas, no fim, foi isso que me fez perceber algo: Kageyama não era só um chato típico. Ele era competitivo, direto e... talvez, só talvez, interessante. E eu tô decidido, eu vou ganhar dele!

Depois da aula, eu fui pro dormitório, porém, eu tô pensando, isso daqui não tá muito.... Não sei como dizer, se eu entrar, e lá tiver ele, o que eu faço? Aaah eu vou surtar! Respira Hinata, entra logo.

Eu abri a porta e ainda bem! Coisas femininas, é uma garota! Pera, é uma garota. Tá bom, ok, ela não tá aqui ainda.

Um barulho de porta, será que eu viro para trás, prefiro não olhar.

—ah, oi?—uma voz fofa, feminina e delicada.

Me virei.

—oie—cumprimentei ela—eu sou Hinata Shouyo, sou da turma 1-F e é um prazer em te conhecer!

Ela abriu um sorriso—olá sou Hitoka Yachi, sou da turma 1-A, e digo o mesmo!

—pera, 1-A?!

—ah sim.

—Wow.

Ela é uma garota loira, com cabelo amarrado de lado, menor que eu e usa um casaco fofo ela é muito pitica, mas ela tem um broche, hum, pera, é um broche lésbico, ah não, todo meu plano foi buraco abaixo, não vamos mais ter 1 filha ou 2 no máximo, de preferência, do gênero femenino, não iremos mais viver na mesma casa e adotar 2 cachorros, 3 gatos e um hamster chamado-

—hinata?

—ah oi! Brisei.

A noite passou e trocamos um monte de conversa, ela falando da menina do 3-A que ela gosta, e eu falando de como o Kageyama Tobio é um chato. E a noite se passou num piscar de olhos, literalmente.

Xeque-Mate! (kagehina)Onde histórias criam vida. Descubra agora