Silver Pearl

capítulo 18

Otto se fode e se encurrala em um canto. Baelon percebe que algo está acontecendo com Aemma. Espero que vocês gostem 🥰
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"Gosto de ver você desse jeito." Baelon levantou os olhos da carta que estava escrevendo para seu pai e franziu a testa para o homem mais velho, sem saber o que ele queria dizer. "Você parece mais leve, mais feliz do que eu já vi em muitos anos. Há sempre um sorriso em seu rosto."

"Tenho muitas coisas para ficar feliz." Ele colocou a pena de lado. "Meus filhos são saudáveis, as coisas no reino estão indo bem e eu tenho uma linda esposa."

"Sim, tenho certeza de que o último tem mais a ver com o sorriso permanente gravado em seu rosto." Seu pai lhe lançou um olhar conhecedor. "Recebi relatos de barulhos vindos de seus aposentos, de seu solar e de outros lugares. Todos no castelo sabem o quanto você e sua esposa gostam de seus deveres matrimoniais."

Baelon se recusou a corar, ele não era uma criança e não estava fazendo nada de errado. Ele amava Aemma e, claro, ele a desejava, os homens teriam que estar mortos para não querer sua esposa. Ela era a mulher mais bonita de Westeros, e ele não disse isso só porque ela era sua esposa. Todos que a viam ficavam imediatamente impressionados com o quão linda ela era, então ela sorria e falava com as pessoas e elas se apaixonavam ainda mais por ela. Aemma era linda por dentro e por fora, mesmo que seu temperamento pudesse ser assustador às vezes.

Houve uma batida forte nas portas e um dos guardas reais as abriu e deixou Viserys e Otto entrarem. Baelon viu seu pai franzir a testa pelo canto do olho.

"Viserys." O rei assentiu em direção ao filho de Baelon antes de se virar para olhar para o outro homem. "Sor Otto, eu tinha a impressão de que você estaria com sua esposa. Ouvimos dizer que ela teve um aborto espontâneo e ainda está muito fraca."

"Sim, sua graça," Otto disse enquanto se curvava. Baelon ficou um pouco confuso com o olhar que o homem lhe lançou antes de olhar de volta para seu pai. "Estou aqui porque gostaria de solicitar uma investigação."

Seu pai lançou um olhar questionador ao homem. "Um inquérito para quê?"

"No dia em que minha esposa teve o aborto, ela foi convidada para tomar chá com a Princesa Aemma." Baelon ficou tenso e seu olhar se voltou para o homem. "Nem uma hora depois de retornar dos aposentos da princesa, minha esposa adoeceu e perdeu o bebê. Ela está fraca demais para ficar de pé desde então."

"Temo não entender," Baelon falou antes que seu pai pudesse dizer qualquer coisa. "Você está insinuando que alguém tentou envenenar minha esposa e a sua?"

"Eu vi a Princesa Aemma e ela parece estar indo muito bem." O homem parecia furioso e Baelon estava tendo dificuldade em entender por que ele estava tão chateado. "A princesa não parece estar tendo problemas."

Seu pai lhe lançou outro olhar confuso, ainda sem entender, mas Baelon estava entendendo o que Otto estava tentando dizer e ele estava furioso. "Você está insinuando que minha esposa tentou envenenar a sua?"

"Eu nunca faria isso, meu príncipe." O homem disse em um tom rosnado, mas Baelon podia ver a mentira em seus olhos. "Mas eu quero saber como isso foi permitido acontecer."

Baelon se levantou e em um momento ele estava no rosto de Otto, querendo despedaçar o homem. Como ele ousa acusar Aemma de coisas tão horríveis? Quem ele pensava que era para questionar uma princesa e uma futura rainha?

"Algo está errado?" A cabeça de Baelon virou para o lado e lá estava ela. Sua linda esposa, vestida com um vestido rosa claro e dourado. Parte do cabelo dela estava trançado, enquanto o resto caía pelas costas como uma cachoeira prateada. Ela deu a ele um sorriso hesitante. "Aconteceu alguma coisa?"