Silver Pearl

capítulo 33

Aemma percebe que algo está acontecendo entre Daemon e Rhaenyra. Baelon ainda está em negação. Espero que vocês gostem 🥰
Maratona 3/8
**************************************

"Vossa Graça," O homem que estava servindo como seu secretário pelos últimos três anos entregou-lhe um documento para ela ler. "Esta é a lista que você solicitou de todos os itens que serão levados para os orfanatos. Eu também tenho a lista com os custos que você solicitou para construir uma casa de cura em Flea Bottom."

"Obrigada," ela verificou a lista e assentiu com a cabeça, satisfeita que todos os seus pedidos foram ouvidos. "Deixe a lista com todos os custos para mim e eu falarei com o rei mais tarde esta noite."

O homem curvou-se e deu um passo para trás. "Claro, sua graça."

Aemma ficou surpresa quando Baelon a nomeou regente antes de partir para a guerra três anos antes. Ela estava grávida de cinco luas quando ele partiu e, embora tivesse dúvidas, seu marido lhe garantiu que ela faria um excelente trabalho. Os lordes do pequeno conselho tentaram protestar, apenas pelo simples fato de ela ser uma mulher. Seu marido deixou bem claro que sua decisão se mantinha e que ele não estava interessado na opinião deles. Ela ficou um pouco insegura no início, mas Rhaenyra continuou dizendo que ela era uma mulher capaz e que Baelon a havia deixado no comando por um motivo. Sua primeira reunião do conselho foi quase como uma guerra, pois os lordes tentaram tratá-la como uma peça de mobília e se recusaram a ouvir qualquer uma de suas sugestões. Isso terminou quando Aemma expulsou três deles da reunião. Todos ficaram chocados e olharam para ela com os olhos arregalados, como se não esperassem que ela se afirmasse com todos eles na sala.

Aemma deixou claro que não toleraria nenhum desrespeito e, por ordem do próprio marido, ela deveria receber o mesmo respeito como se fosse o rei. Ela tomou decisões pensando no bem do reino e do povo e, em apenas algumas luas, ganhou o respeito dos senhores e eles pararam de tentar se opor a todas as suas decisões.

Embora ela tivesse aproveitado seu tempo como regente e todo o bem que ela tinha sido capaz de fazer, ela estava mais do que feliz em entregar as rédeas. Ela sentia falta do marido e ser regente não lhe permitiu passar tanto tempo com seus filhos quanto ela desejava. Agora seu marido estava de volta e as coisas tinham voltado a ser como deveriam ser. Baelon estava feliz com tudo o que ela tinha feito e a manteve no comando de todos os projetos para o povo pequeno. Ele disse a ela que enquanto ele se certificava de distribuir justiça e garantir que todos estivessem seguros, ela poderia ser a boa rainha que as pessoas adoravam.

"Você esteve ocupada enquanto estivemos fora." Daemon entrou em seus aposentos e lhe deu um pequeno sorriso. "É verdade que você chutou aqueles três traseiros pomposos para fora das pequenas câmaras do conselho?"

Aemma revirou os olhos, mas seus lábios se contraíram em um pequeno sorriso. "Sim, é verdade."

Daemon soltou uma risada e balançou a cabeça. "Eu teria pago uma boa quantia de ouro para ver a expressão em seus rostos."

"Foi bem divertido." Aemma sentou-se e colocou os papéis de lado. "Eles estavam me tratando como uma decoração o tempo todo e se recusaram a ouvir qualquer coisa que eu tivesse a dizer."

"Eles são tolos." Daemon não gostava quando alguém tentava questionar suas ordens e ele deixou isso claro. "Homens que pensam que só porque possuem um pau os tornam melhores que as mulheres, são aqueles que não conseguem satisfazer suas próprias esposas e têm que compensar suas inseguranças de alguma forma."

"Bem, alguns homens podem ser idiotas," Aemma disse com uma risada. Ela gostava que seu enteado estivesse sempre ao seu lado, assim como seu marido. Eles eram sua família e deixaram claro que a protegeriam até o fim. "Mas não se preocupe, eu cuidei deles." Ela deu a ele um sorriso brincalhão. "Como é estar de volta?"