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Aitana pov 

Acordo com o despertador, que ignorei umas quinhentas vezes, mas desta vez decido não desligá-lo. Levanto-me, faço a minha higiene matinal e tomo o pequeno-almoço. É então que me lembro: hoje é o dia de fazer o tão esperado pedido que tenho vindo a adiar há semanas. Mesmo sem ter falado com ninguém sobre isso, sinto que é o que devo fazer.

Depois do pequeno-almoço, vou-me vestir para buscar a Kika, que não faz ideia de que a vou buscar. Disse-lhe que seria hoje, mas não revelei a hora. Só espero que ela aceite... e, se não aceitar, que possamos continuar como éramos antes. Resolvo pegar no meu Cupra, que é um dos meus carros favoritos, e sigo em direção à casa dela. Mas, antes, passo no shopping para comprar os anéis, já que ainda não os tinha comprado.

Como ainda são umas 10h, e tenho a certeza de que a senhorita ainda está a dormir, sei que ainda tenho tempo.

— Olá, bom dia! O que a senhorita vai querer? — diz a vendedora. Só não reviro os olhos porque ela está na minha frente. Não entendo por que me chama de "senhorita".

— Bom dia. Queria ver anéis de namoro. — respondo, e ela parece surpresa, mas não comenta nada. — Só para evitar problemas para mim depois, peço que não diga a ninguém o motivo da minha visita aqui, por favor.

— Claro, não se preocupe. Somos profissionais. — diz ela, sorrindo. — Qual tipo de anel a senhorita gostaria?

— Seria este aqui, o da lua e o sol — digo, e ela pega o anel e coloca numa caixinha de veludo.

— aqui esta ,espero que lhe corra tudo de bom — ela diz com um sorriso simpático 

Pago e vou para o estacionamento. Entro no carro e sigo em direção à casa da Kika. Ao chegar, fico dentro do carro, juntando coragem para sair e chamá-la. Depois de alguns minutos, respiro fundo, tomo coragem e vou tocar à campainha.

— Oi! Estava à tua espera. Pensei que já nem vinhas — diz ela, enquanto me recebe com um sorriso. Eu dou-lhe um abraço.

— Por que é que eu não viria? Se disse que vinha, sabes que nunca quebro uma promessa — respondo, afastando-me lentamente do abraço. — Bom, vamos então? — pergunto.

— Claro, só vou buscar a minha bolsa e já podemos ir — diz ela, entrando em casa. Fico à espera no corredor, e, alguns segundos depois, ela aparece novamente — Vamos? — pergunta ela, e eu assinto com um leve sorriso

Depois de alguns minutos de silêncio, enquanto o carro avança em direção à praia, a ansiedade começa a aumentar. Tento esconder a tensão, mas a Kika parece não notar. Ela está tão focada na paisagem que nem percebe que estamos indo para um lugar diferente.

— Você tem certeza de que quer me levar para a praia? — ela pergunta, virando-se para mim com um sorriso. — Não é algo que eu imaginaria para hoje.

Respiro fundo, tentando não deixar transparecer o quanto meu coração está acelerado.

— Tenho, tenho certeza. — respondo, forçando um sorriso. — Acho que a praia é o lugar perfeito para o que eu preciso fazer.

Chegamos, e o som das ondas e o vento suave tornam tudo ainda mais mágico. O céu está claro, e o sol brilha com força, refletindo nas águas calmas. Estaciono o carro e saio, dando a volta para abrir a porta para a Kika.

— Aqui estamos. — digo, estendendo a mão para ela.

Ela olha para mim, curiosa, e aceita a mão, saindo do carro. Caminhamos pela areia, o silêncio confortável entre nós, até chegarmos perto da linha da água.

— Aitana... o que está acontecendo? Por que estamos aqui? — Kika pergunta, com um tom suave, mas percebendo que algo está diferente.

Eu me viro para ela, com o coração batendo forte.

— Kika, você tem sido uma pessoa muito especial na minha vida, e eu sei que, mesmo que a gente tenha passado por tantas coisas, nós sempre fomos honestas uma com a outra. Eu não quero mais esconder o que sinto. — digo, a voz falhando um pouco.

Ela fica em silêncio, apenas me olhando, o que me dá mais coragem.

— O que eu quero te dizer é que... — dou um passo em sua direção, sentindo a pressão aumentar. — Eu não posso mais esconder. Eu... eu te amo, Kika.

Os olhos dela se arregalam por um momento, mas logo se suavizam, e ela sorri, com aquele sorriso dela, que sempre me derrete.

— Aitana, eu... — ela começa, mas eu interrompo.

— Não precisa dizer nada ainda, só... deixa eu fazer isso direito. — digo, pegando a caixinha com o anel de dentro do bolso. — Eu queria fazer isso de forma que fosse inesquecível para nós duas. Então, Kika, você quer ser minha namorada?

A expressão dela se transforma, de surpresa para algo mais doce, mais intenso. Ela fica ali, quieta por um momento, como se estivesse absorvendo tudo o que disse.

— Claro que sim, Aitana. — ela diz, com os olhos brilhando. — Claro que sim.

Eu sorri, e, antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, eu me aproximo, colocando o anel em seu dedo, com o toque mais suave. Ela me olha, os olhos quase lacrimejando, e então, como se o mundo ao redor não importasse mais, nos beijamos. Era como se tudo o que tinha acontecido nos últimos dias fosse apenas um prelúdio para esse momento. 

Kika pov 

Fui arrastada por um turbilhão de emoções quando ela me pediu em namoro. Aitana... ela conseguiu me surpreender de um jeito que ninguém mais seria capaz. Eu tinha uma ideia do que poderia acontecer, mas nada me preparou para o impacto. Não só pelo pedido em si, mas pela maneira como ela fez tudo parecer tão... perfeito. Cada detalhe. A forma como me olhava, a suavidade com que falou, o jeito como nos abraçamos e, acima de tudo, o modo como ela me fez sentir: amada.

Eu sempre achei que seria difícil, que o amor, para mim, viria com complicações. Talvez, por tudo o que vivi até agora, o medo de me entregar fosse maior. Mas, ao olhar para ela naquele momento, na praia, com o mar ao fundo e a luz suave do sol iluminando o rosto dela, percebi que todo esse medo desapareceu. Eu sabia que não estava sozinha, sabia que podia confiar nela.

E eu confiava. Eu confiava em nós, nas nossas escolhas, em cada passo que dávamos juntas. Cada palavra de Aitana, cada toque... era como se ela estivesse construindo algo muito mais forte do que uma simples relação. Ela estava me oferecendo um lar, um futuro, algo sólido que eu nunca pensei ser possível.

Eu te amo — a voz dela ainda ecoava na minha cabeça, como um sussurro suave que eu não queria que se afastasse. Eu te amo. Aquelas palavras significaram tanto para mim, mais do que qualquer coisa que eu já tivesse escutado antes.

Eu olhei para o anel que ela me deu, o brilho da lua e do sol refletindo o momento. Nunca imaginei que um simples anel teria tanto significado. Mas, quando a vi sorrir, com aquele olhar de quem sabe exatamente o que quer e o que sente, eu soube que era o início de algo incrível.

As ondas quebravam suavemente na areia, e eu só conseguia pensar em como a vida poderia ser simples e maravilhosa ao lado dela. Sem pressa, sem expectativas. Só nós duas, construindo algo genuíno e verdadeiro.

Eu te amo também — eu respondi, com a voz suave, mas cheia de certeza.

— Nem precisavas de dizer, porque mesmo que não dissesses, eu saberia que sentes o mesmo — ela diz e eu sorrio

Enquanto caminhávamos pela praia de mãos dadas, soube que, com ela, o resto seria apenas detalhes. Eu tinha encontrado meu lugar. Com ela. Ao lado dela

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finalmente veio o tao esperado pedido 

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