Capítulo 10

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Fiquei no quarto até que Agatha pegasse no sono, não quis acordar ela, pois ela aparentava estar muito cansada.

Sai de fininho do quarto, não quis ficar ali por mais tempo, pois, aquela aproximação toda era perigosa para mim.

Fui direto para o meu quarto e tomei um banho demorado. Mais tarde, deitada sobre a minha cama, pronta para dormir, me veio na mente Jennifer. Não fui com a cara daquela mulher desde a primeira vez em que eu a vi, e agora, muito menos.

Também tinha lilia, que, de primeiro momento, me tratou super bem, e agora estava se mostrando a verdadeira megera. Queria entender por qual motivo ela mentiu para mim, falando que Jennifer e Agatha era um casal.

Fiquei esse tempo todo sem dar o mínimo de atenção para a Agatha por isso, por achar que elas realmente eram um casal, Mas não, Agatha comprovou hoje que não eram. Coisa que, me deixou mais aliviada.

Mas algo vem perturbando minha mente a muito tempo. Jennifer e Lilia.

Elas sempre estavam juntas, fora as conversinhas a sós. Tinha algo nelas que, posso estar errada, mas eu acho que estão planejando algo.

Bom, eu estava observando sempre, e hoje, Jennifer passou dos limites quando, quis dar a ela um remédio, sendo que, ela tinha tomado a pouco tempo.

Outra coisa que me incomoda é o fato da Agatha ter que estar sentada naquela maldita cadeira de rodas, no início, quando eu entrei nessa casa, eu queria que a Agatha se findasse naquela cadeira, mas agora não, agora eu...Está estranho, veja bem, ela quebrou a bacia, o quadril, e pelo o meu conhecimento, pacientes que tem esse tipo de fratura, não é recomendável de jeito nenhum que a pessoa fique sentada por muito tempo, e sim, caminhar, não igual Agatha fez da primeira vez se esforçando bastante, mas, com ajuda de um andador.

Jennifer como fisioterapeuta, a função dela era de ajudar a Agatha a caminhar, para fortalecer os músculos da perna e do tronco, mas não. Ela mandava ela ficar sentada vinte quatro horas naquela cadeira.

Comecei a desconfiar a partir daí. Os remédios, eu não sei ainda quais são, mas, ficavam em um frasco, esse que não tinha nome algum.

Horas se passaram, e eu ainda continuava pensando nisso, estava martelando muito minha cabeça. Não iria falar com a Agatha sobre isso, não! Só iria dizer quando eu tivesse cem por cento de certeza.

De tanto pensar muito, eu dei uma cochilada, e quando acordei, eram seis horas da manhã. Me levantei da cama passei uma água no rosto e escovei meus dentes.

Estava com um plano em mente, e iria por em prática hoje mesmo.

Ao terminar de fazer toda minha higiene, saí do banheiro e coloquei uma roupa mais confortável, ainda estava cedo, e meu horário começava às dez.

Logo saí do meu quarto e fui em direção ao de Agatha, ao chegar na porta, dei três batidas mas não obtive retorno, tomei a liberdade e abri a mesma e logo adentrei.

O quarto estava bastante claro, pois eu não havia fechado as cortinas. Olhei para a cama e ela estava dormindo serenamente, virada para a minha direção, com as mãos em baixo do rosto.

Era a coisa mais linda de se ver, e eu...

Sacudi minha cabeça evitando certos pensamentos, me aproximei mais e fui para o lado oposto.

- Agatha... - chamei baixo, levei uma mão até o ombro dela e balancei um pouco. - Agatha!

- Hum? - murmurou e logo se remexeu sobre a cama.

- Agatha... acorda! - ela então acordou, virou um pouco o corpo para trás e logo me viu.

- Você... - virou-se completamente, e com o dorso das duas mãos coçou os olhos. - Que horas são?

SWEAT - AgatharioOnde histórias criam vida. Descubra agora