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Eu acordei com o som suave da cidade entrando pela janela. A luz da manhã filtrava pelas cortinas brancas, iluminando o quarto de forma tranquila. Londres, sempre agitada, ainda estava quieta nas primeiras horas do dia. Eu olhei ao redor, tomando um momento para absorver tudo. A casa era tudo o que eu imaginava: sofisticada, minimalista, com uma decoração simples, mas imponente. O piso de madeira escura, as paredes neutras e os móveis de design moderno me deram uma sensação de estar em um lugar que era tanto acolhedor quanto distante. Algo me dizia que este era o tipo de lugar onde eu poderia finalmente me encontrar.

Sentei-me na cama, sentindo o colchão firme. Por mais que eu tenha decidido me mudar para Londres, algo me dizia que essa cidade tinha algo de especial. Eu precisava disso, precisava fazer isso acontecer.

Levantei-me, e o peso das decisões anteriores ainda me seguia. O cabelo ainda estava bagunçado, um lembrete das noites mal dormidas, mas nada que não pudesse ser consertado. Peguei a toalha e me encaminhei até o banheiro. O reflexo no espelho parecia distante, mas ao mesmo tempo, familiar. Eu olhei para mim mesma e, por um momento, vi uma mulher diferente. Talvez fosse a mudança, ou talvez fosse o fato de que finalmente estava vivendo uma vida em que ninguém me conhecia, eu era quem eu queria ser, sem expectativas.

Dei um sorriso pequeno, quase imperceptível, e comecei a me preparar. Lavei o rosto com água gelada, sentindo a frescura da manhã em minha pele. A rotina era simples, mas precisava de um toque de normalidade. Meus cabelos, volumosos e cacheados, pediam um pouco de atenção. Passei as mãos pelos fios, controlando o caos natural que eu adorava, mas que nem sempre cooperava. Com os cachos definidos, apliquei meu hidratante favorito, aquele cheiro de jasmim que sempre me dava uma sensação de conforto.

A maquiagem seria sutil, mas suficiente para me sentir um pouco mais segura. Passei um leve toque de corretivo, um blush suave e um pouco de máscara nos cílios. Nada exagerado, apenas o suficiente para realçar o que já existia. Me senti bem assim.

Escolhi uma calça e camisa, simples e elegante. Não era nada chamativo, mas me fazia sentir confortável, como se a roupa tivesse sido feita para me abraçar. Me olhei mais uma vez no espelho, tentando enxergar quem eu queria ser naquele dia. Uma mulher nova, uma mulher sem medo.

Peguei minha bolsa de couro preta e, antes de sair, fiz uma última olhada pela casa. Um suspiro escapou dos meus lábios. Lá fora, Londres me esperava.

Ao sair, a brisa fresca da manhã me envolveu e, por um momento, parecia que a cidade me dava as boas-vindas. As ruas de Mayfair eram tranquilas, sofisticadas e elegantes, como eu imaginava. O som dos passos nas calçadas de pedra parecia combinar com o som do meu próprio coração, ainda um pouco inseguro, mas batendo com mais força a cada passo.

Caminhei até uma padaria pequena e charmosa que vi no caminho. A fachada simples, mas com um toque de classe, me chamou a atenção. Dentro, o aroma de pães recém-assados e café quente encheu meus sentidos. Era como um refúgio no meio da cidade agitada. Eu pedi um café preto, sem frescura, e um croissant de amêndoas. Simples, mas perfeito. Me sentei perto da janela, observando as pessoas passarem, cada uma com sua vida, cada uma com seus próprios passos apressados.

O café estava forte e quente, e o croissant derretia na boca, a mistura de sabores me fazendo sentir um pouco mais em casa. Lá fora, Londres estava acordando, e eu... bem, eu estava começando a me acostumar com o ritmo dela.

Senti um pequeno sorriso se formar nos meus lábios, após uma manhã tranquila e aconchegante, retornei para a casa, sentindo uma leve sensação de pertencimento em cada passo. A suavidade do croissant ainda dançava no meu paladar, e o café quente que tomara na padaria continuava a me aquecer por dentro. Eu estava sozinha, mas a cidade de Londres, com seus sons e seus ritmos, parecia quase uma companhia silenciosa.

Entrei em casa e fui direto para a sala, onde as grandes janelas deixavam a luz entrar de maneira suave. Não sabia bem o que fazer comigo mesma naquele momento, e decidi que talvez fosse hora de falar com alguém. Olhei para o celular em minhas mãos, hesitei por um segundo e então tomei a decisão: ligaria para meus pais. Falar com eles sempre me trazia um certo alívio, mesmo que as conversas às vezes me lembrassem de tudo o que deixei para trás. Era uma conexão que ainda me fazia sentir em casa, de alguma forma.

Fui até a janela e olhei para a rua movimentada lá fora. Os prédios imponentes de Mayfair pareciam imperturbáveis, enquanto eu ainda me sentia um pouco perdida. Respirei fundo, tentando afastar a solidão que insistia em me acompanhar, e então toquei no nome de minha mãe na tela do celular.

Ela atendeu rapidamente, como sempre.

"Oi, mãe," disse, forçando um sorriso que eu sabia que ela podia ouvir na minha voz.

"Íris! Como você está, minha filha? Como foi a viagem? Como está Londres? Me conta tudo!" Sua voz era calorosa e acolhedora, o tipo de voz que eu sentia falta, como um abraço que atravessa a distância. Ela sempre foi assim, uma presença constante e cheia de amor, apesar de todas as nossas diferenças.

Eu ri um pouco, a saudade apertando. "Está tudo bem, mãe. A viagem foi longa, mas tranquila. Londres... é exatamente o que eu sonhava, eu acho. Me sinto um pouco... fora do lugar ainda, sabe? Mas é uma sensação boa, uma sensação de que estou finalmente vivendo o que sempre quis."

Houve uma pausa do outro lado da linha, e eu soube que ela estava sorrindo, pensando nas minhas palavras com cuidado. "Você vai se acostumar, filha. Londres é cheia de possibilidades, você vai ver. E você tem uma força que eu admiro. Vai encontrar seu caminho."

Eu respirei fundo, sentindo uma mistura de gratidão e medo. "Eu sei, mãe. Só... é difícil às vezes, sabe? Tudo parece tão grande, tão novo. Mas estou tentando aproveitar a oportunidade, fazer o meu melhor."

"Você sempre faz o seu melhor, Íris. Não duvide disso. E não se esqueça, estamos aqui para você, sempre. Qualquer coisa, qualquer dúvida, só ligar, tá?"

"Eu sei, mãe. Obrigada," respondi, mais uma vez sentindo aquele aperto no peito, a saudade. Ela sempre soube o que dizer.

Depois de alguns minutos de conversa, falei com meu pai, que, como sempre, era mais direto, mas igualmente afetuoso. Ele me perguntou se estava tudo bem com o lugar onde eu morava. Falei sobre o bairro de Mayfair e sobre o quanto gostei da padaria onde tomei café, e ele fez uma pausa antes de dizer: "Eu sei que você vai se sair bem. Seu lugar sempre foi o mundo, Íris. Agora é só você conquistar ele."

"Eu vou tentar, pai. Prometo." Eu não sabia se acreditava totalmente, mas o que mais eu poderia fazer senão tentar?

Desliguei o telefone e me sentei na poltrona perto da janela, olhando para a cidade. A conversa com meus pais me deu uma sensação momentânea de paz, como se tudo estivesse bem, como se o peso da mudança fosse um pouco mais leve de suportar. Mas Londres ainda era um mistério, um enigma que eu precisava resolver. E, mais uma vez, me senti grata por estar ali, tentando escrever meu próprio futuro, longe de tudo, mas com tudo ao meu alcance.





Oi amigas 💖 Como vocês estão? Da uma vontade de morar em Mayfair né?! Não esqueçam de votar e comentar! Beijinhos Atenciosamente, sua Bella

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