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Após dias intensos resolvendo o caso, minha volta à rotina era quase um alívio, mas o peso das investigações ainda pairava sobre mim. Os rostos, as histórias e as escolhas difíceis permaneciam em minha mente, como um eco constante. No entanto, algo brilhava em meio ao caos: a promessa de um encontro com Liam.

Logo pela manhã, recebi uma mensagem dele.

"Espero que esteja descansada. Quero te levar a um lugar especial hoje. Vou pedir para o Paul te buscar às 23h depois do show."

Minhas sobrancelhas se arquearam. Um lugar especial? A curiosidade imediatamente despertou algo em mim, uma mistura de ansiedade e antecipação. Liam tinha um jeito de surpreender, e isso só me deixava ainda mais intrigada.

Naquela noite, escolhi minha roupa com mais cuidado do que gostaria de admitir. Queria algo elegante, mas não exagerado. Optei por uma calça de alfaiataria preta e uma blusa de seda creme com mangas levemente bufantes, complementadas por um blazer preto ajustado e botas de salto médio. Deixei meu cabelo solto, e finalizei com um gloss discreto que realçava meu sorriso.

Às 23h, como combinado, estava em frente à London Eye, eu não conseguia falar minha boca um segundo, afinal o Tio Paul estava ali comigo! O frio da noite tocando levemente meu rosto. Liam já me esperava, de costas para a roda-gigante iluminada, sua figura destacada pela jaqueta de couro preta. A camisa azul-marinho que ele usava ressaltava o tom de seus olhos, e o sorriso que se abriu ao me ver fez o frio parecer irrelevante.

"Pronta para uma noite diferente?" ele perguntou, estendendo a mão para mim.

"Ta brincando? Eu já ganhei a minha noite em conhecer o Tio Paul mas se você me prometer que não vamos terminar em algum lugar cheio de turistas, talvez," brinquei, entrelaçando meus dedos nos dele.

Ele riu, um som grave e caloroso que parecia aquecer a noite. "Tio Paul? Confia em mim."

Eu rir pra ele "Ah é uma coisa nossa de fãs"

Caminhamos lado a lado pelas ruas iluminadas de Londres, até chegarmos a uma pequena doca quase escondida. Um barco esperava por nós, ancorado, com luzes suaves piscando na água.

"Um barco?" perguntei, surpresa.

"Quero te mostrar Londres de uma perspectiva diferente," ele explicou, guiando-me até o convés.

O interior do barco era acolhedor e sofisticado. Havia uma pequena mesa decorada com velas, e um garçom apareceu com uma garrafa de vinho aberta e pratos recém-preparados. O aroma era delicioso, e as luzes da cidade refletiam na água ao nosso redor, criando uma atmosfera quase mágica.

"Esse lugar é especial para mim," Liam começou, depois que nos acomodamos. Ele parecia à vontade, mas seus olhos estavam mais sérios. "Sempre que preciso pensar ou me desconectar, venho aqui. A cidade parece diferente quando vista do Tâmisa, como se fosse mais fácil encontrar perspectiva."

"Você vem aqui com frequência?" perguntei, curiosa.

"Nem tanto," ele respondeu, olhando para a taça de vinho antes de erguer o olhar para mim. "Mas sempre que sinto que estou perdendo o controle... é onde volto."

A profundidade em sua voz me fez pausar, tentando entender o que ele realmente queria dizer.

"É incrível," murmurei, admirando a vista da Tower Bridge se aproximando ao longe. "Realmente parece um lugar para respirar, pensar."

Conforme o barco deslizava pelas águas do Tâmisa, ele começou a se abrir, de um jeito que eu não esperava. Falou sobre seu filho, Bear, com um brilho nos olhos que iluminava suas palavras.

"Ele é tudo para mim," Liam confessou, mexendo no talher. "Ser pai me deu um propósito que eu nem sabia que precisava. Mas, ao mesmo tempo... é assustador. Sempre me pergunto se estou fazendo o suficiente, se estou sendo bom o bastante."

"Você é um ótimo pai, Liam," eu disse, tocando de leve a borda da minha taça. "É fácil ver o quanto você se importa. Na pandemia quando você fazia lives, nós conseguíamos ver seus olhinhos brilharem ao falar dele. Isso, por si só, já é metade do caminho."

Ele sorriu, mas havia algo vulnerável em seus olhos. Era como se ele estivesse se permitindo mostrar um pedaço de si que poucas pessoas conheciam.

"Me conta sobre você," ele pediu, mudando o foco. "Como era sua vida no Brasil?"

Falei sobre minha infância em uma cidade pequena, sobre minha família barulhenta e as festas cheias de música, risadas e comida boa na casa da minha avó. Ele ouvia com atenção, como se cada palavra minha fosse importante.

Quando subimos para o convés aberto, o vento frio nos envolveu, mas nenhum de nós parecia se importar. A cidade estava viva ao nosso redor, um espetáculo de luzes e reflexos na água escura.

"Obrigada por me trazer aqui," eu disse, observando as luzes da Tower Bridge.

"Você merece momentos assim," ele respondeu, sua voz suave, mas cheia de intenção. Quando olhei para ele, percebi que não estava mais observando a paisagem. Ele estava olhando para mim.

Havia algo nos olhos dele, algo que me fez esquecer o frio, a cidade, tudo. Quando ele se aproximou, seus movimentos eram cautelosos, como se me desse a chance de recuar. Mas eu não queria recuar.

O primeiro toque foi hesitante, quase experimental, mas rapidamente ganhou intensidade. Seus lábios eram quentes contra os meus, e a maneira como ele me segurava, com firmeza, mas sem pressa, me fazia sentir que ele estava completamente presente.

Quando nos afastamos, ele manteve a testa encostada na minha, os olhos fechados por um momento.

"Isso foi... inesperado," murmurei, minha voz ainda tremula.

"Desculpa se fui precipitado," ele respondeu, rouco.

"Não foi," garanti, segurando sua mão com força.

"Isso parece o começo de algo," ele disse, um sorriso pequeno, mas sincero, se formando em seus lábios.

"Talvez seja," sussurrei, sentindo uma coragem que não sabia que tinha.

E, por aquele momento, não havia passado, nem futuro. Apenas nós dois, no meio de Londres, tentando descobrir até onde aquele começo poderia nos levar.

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Reescrevendo o Futuro - Liam Payne Onde histórias criam vida. Descubra agora