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O voo de quase 12 horas já parecia ser uma memória distante quando finalmente pisei em Londres. A cidade estava fria, mas uma brisa suave me fazia sentir um leve alívio. Eu sabia que tinha dado um passo enorme ao sair do Brasil, mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim dizia que isso era apenas o começo. O medo ainda estava ali, mas a empolgação pela novidade se sobrepunha.

O motorista me levou para o bairro onde eu moraria, um lugar que, até aquele momento, existia apenas em fotos e vídeos que eu assistia com os olhos cheios de admiração. Mayfair, um dos bairros mais sofisticados de Londres. As ruas eram arborizadas, com calçadas de pedras e prédios imponentes, quase como se cada esquina fosse um reflexo de um passado de luxo e história o céu cinza parecia dar um toque de elegância à paisagem. Londres tinha uma aura de mistério, como se cada esquina guardasse segredos e histórias de vidas passadas. Eu me sentia um pouco perdida, mas ao mesmo tempo, encantada pela cidade que agora chamaria de lar.

Chegamos à casa onde eu ficaria, e eu mal conseguia acreditar que aquela seria minha nova casa. A fachada da casa era elegante e discreta, com uma cor bege suave que contrastava com o céu nublado, mas ao mesmo tempo se misturava de maneira sofisticada ao cenário urbano. Eu sempre gostei de espaços simples, sem exageros, mas com um toque de classe. E foi exatamente isso que encontrei ali.

Ao entrar, fui recebida por um hall amplo, com mármore branco no piso e um lustre de cristal pendendo do teto alto, refletindo uma luz suave. A decoração era minimalista, mas cheia de personalidade. As paredes eram de um tom neutro, com algumas obras de arte emolduradas que, embora modernas, pareciam contar histórias do passado. O sofá de veludo azul marinho contrastava com o ambiente, criando um ponto de cor que chamava a atenção sem ser excessivo. Um tapete persa, em tons de cinza e dourado, cobria parte do chão de madeira escura, aquecendo o ambiente, como se a casa tivesse sido feita para me acolher.

A sala de estar tinha janelas grandes que iam do chão ao teto, com vistas para um pequeno jardim privativo. O espaço era aconchegante e iluminado, e o cheiro suave de madeira e flores preenchia o ar. Eu não podia deixar de sorrir. A casa parecia refletir o tipo de vida que eu sempre sonhei, mas que nunca pensei que teria. Tudo ali me dizia que era possível começar de novo.

No andar superior, o quarto era o ambiente mais acolhedor de todos. A cama king-size tinha lençóis de linho branco e cobertores macios, e as paredes eram de um tom suave de cinza, criando uma sensação de tranquilidade. Havia uma janela grande que dava para a rua tranquila, e os cortinados de seda branca flutuavam suavemente com a brisa, como se o próprio ambiente me convidasse a descansar, a recomeçar. Eu me senti em paz pela primeira vez em meses.

O que mais me chamou a atenção foi a escrivaninha em um canto do quarto. Era simples, com uma cadeira de madeira escura, mas estava decorada com algumas velas aromáticas e uma planta pequena, quase como uma tentativa de trazer a natureza para dentro daquele espaço moderno e urbano. Na parede ao lado, havia uma estante com livros e pequenos objetos de decoração, muitos dos quais pareciam ter sido escolhidos com carinho. Eu podia sentir que aquele lugar tinha uma história, mesmo sendo novo para mim. Era como se, de alguma forma, a casa já me conhecesse e soubesse exatamente o que eu precisava.

Sentada na beirada da cama, eu respirei fundo. O silêncio era reconfortante, e mesmo que Londres ainda fosse um mistério para mim, ali eu já sentia um certo acolhimento. O reflexo das luzes da rua iluminava a janela, projetando sombras suaves nas paredes. Era uma nova vida, um novo capítulo, e, por mais que ainda estivesse hesitante sobre o que o futuro me reservava, eu não podia negar que, finalmente, eu estava em casa. E com esse pensamento, algo dentro de mim, talvez uma chama adormecida, começou a se acender. A ideia de recomeçar, de me permitir viver de novo, me parecia menos assustadora do que antes.

 A ideia de recomeçar, de me permitir viver de novo, me parecia menos assustadora do que antes

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