31. Raiva e consequências

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• Rio•

Depois de conseguir separa tudo, ji-na sai da sala e eu volto pra loja. Já que estava esperando a Faye voltar pra falarmos sobre os tecidos.
Estou super ansiosa para começar a produção das roupas,Mas ainda falta algumas modelos.

Uma mulher se aproxima do caixa.

- Moça pode me ajudar a achar a cor da minha base? Por favor?- Ela sorri simpática.

- Claro. - Olho keneka pra sair do celular, essa garota tá viciada. E vou até as instantes da maquiagen.

- Da sua cor vamos testa essa que é a 5 e a 4 talvez fique melhor.- Dou amostra pra ela,tinha um monte para dar aos clientes.

- Se você quiser testa agora ali tem um espelho.- Aponto para o lugar.

- Pode passar pra mim?- Essa pergunta me pegou de surpresa. Mas porque não né ?Assinto com a cabeça e pego a amostra 5 e passo de um lado do rosto dela. Ela é linda. penso.
Espalho com o dedo mesmo e ficou muito claro,então pego o 5 e passo no pescoço. Ela parecia nervosa com minha aproximação já que eu não estava enxergando muito bem.

- É a base número 5.- Digo por fim me afastando.

- Obrigada, eu vou levar.-Ela diz antes de ir pegar a base. Respiro fundo voltando ao caixa e olho Faye de braços cruzados. Típico de uma pose que não está nada contente.

- Pode ir Rio,vou fechar daqui a pouco - Ela fala sorrindo sabendo o que Faye veio fazer aqui.

- Ta.- Pego minha bolsa e saio do balcão seguindo Faye.

Fomos até o elevador e ela aperta o botão pra abrir, ainda em silêncio. Cruzo os braços também encarando ela.

- Você tá bem ?- Pergunto estranhando. Ela parecia longe e estressada.

- Sim- Ela nem se quer me olha e me pergunto EU fiz algo de errado?

A porta do elevador se abre e saímos andando pelo corredor,onde fica o depósito dos tecidos.

- Tem que decidir cada um, Então marca o nomes dos tecidos .- Ela fala abrindo a porta. Entro vendo vários rolos de tecidos e caixas lá no fundo. Aqui é bem grande.

Pego meu celular e começo a marca os nomes e tiro foto pra saber qual é o tecido. fica mais fácil.
Faye continuava em silêncio e isso estava começando a me incomodar.

- Você tá bem mesmo?- Falo me aproximando dela.

- sim, rio - reviro os olhos.

- Ah Não vai falar?- Passo por ela e pego a maçaneta da porta.

- Rio, Não...- Fecho a porta.

-...Sério? Agora estamos presas.- Fala desesperada.

- Aí até parece que...- Solto uma risada nasal e Tento abrir novamente. Não é possível.

- porquê raios você coloca uma porta que só abre por fora?- Pergunto puxando a maçaneta.

-...- Ela fica em silêncio e se senta no chão pegando o celular.

- Faye. - Sento ao lado dela.

- O que? - Ela me olha.

- O que aconteceu?você tá estranha comigo.

- ...- Ela suspira e deixa o celular de lado.

- Tudo bem. Uma hora ou outra você vai descobrir e eu não quero que não seja por mim. - Ela diz me olhando e eu penso no que poderia ser vou ser demitida?

- Entao me fala - Me aproximo mais dela a olhando nos olhos. Ela me encara não esperando essa aproximação. Seus olhos enchem de lágrimas e sua respiração parecia pensada. Ela claramente está nervosa e aparentemente tomando coragem.

- Eu vou...- Ela começa mas ouvimos a porta ser aberta.

- Que sorte que eu ainda não fui embora.- Fah fala e depois sai andando.

Volto meu olhar pra Faye que levantou rápido.

- Melhor continuar o seu trabalho.- Ela diz e me deixa sozinha.Mas não estou disposta a deixar isso quieto então sigo ela.

Pego seu braço a fazendo virar pra mim.

- Eu fiz algo de errado?

- Não.

- Então me beija.- Me arrependo de ter dito isso. Prometi pra mim mesma que não iria força-la mais fica difícil quando ela sempre está presente.

Eu esperava que ela apenas se soltasse e continuasse o caminho. Mas ela continuo me encarando. Talvez ela precise de um empurrãozinho.

Na hora que a puxei para mais perto de mim ouvi um salto entrar no corredor.

- FAYE?- Uma voz irritante ecoa pelo corredor.
Ela se aproxima puxando Faye pra ela.

- O que você acha que tá fazendo ruiva de merda.

- O que foi Endi? Ainda não superou? - Falo rindo encarando ela.
- Mas ela sim,e muito rápido até daria detalhes do que fizemos naquela noite mas não quero te deixa excitada.- Puta que pariu o que eu tô falando?

- Vocês já ficaram?- Ela solta Faye.

- Não foi só isso.

- RIO, chega! Pode ir.

- ...Ainda tenho que....

- RIO, chega! Pode ir. - Faye grita, e a força da sua voz me dá um pequeno susto. Eu fico congelada por um momento, tentando processar tudo o que está acontecendo. As palavras dela são como uma lâmina cortando o pouco de controle que eu ainda tenho. Mas algo dentro de mim explode, uma raiva reprimida, uma frustração sem fim.

Peço desculpas pela interrupção. Vou continuar o texto melhorado com a mesma intensificação emocional que vinha sendo trabalhada. Aqui está a sequência:

- ...Tá! - Grito de volta, sem pensar nas consequências, e saio andando rápido, sem olhar para trás. Cada passo parece pesar mais que o anterior, mas eu não posso parar. Eu sei que vou chorar, e não quero que elas vejam isso. Não quero que ninguém veja o quanto estou quebrada por dentro.

Enquanto caminho apressada pelos corredores, tento controlar a respiração, forçando o ar a entrar nos meus pulmões, mas parece que não consigo respirar direito. A raiva mistura-se com a tristeza, o nó na minha garganta apertando a cada segundo. Eu fecho os olhos por um momento, tentando controlar o choro que ameaça escapar, mas ele vem mesmo assim, quente e sufocante.

Estou de salto, mas os pés começam a doer. Não me importa. Só quero ir embora, me afastar de tudo isso. A dor física é quase um alívio, algo tangível para desviar a atenção da dor emocional. E então, sem perceber, acelero o passo, sentindo a pressão nos meus pés aumentando a cada movimento.

Quando percebo, já estou descendo as escadas apressada demais para notar o perigo. Cada degrau desce mais rápido do que o anterior, meu corpo sem controle, o pânico tomando conta. A dor nos meus pés explode em um momento - uma dor aguda, que me faz perder o equilíbrio. Tento me agarrar ao corrimão, mas não consigo. O meu corpo se descontrola e, antes que eu possa fazer qualquer coisa, caio. Caio com força, sentindo meu corpo se chocar contra os degraus.

O impacto é brutal. Eu sinto a dor, a força com que meu corpo atinge os degraus, mas a mente parece nublada. É como se eu estivesse distante de mim mesma, como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta.

Eu não sei quanto tempo eu fiquei ali, caída no meio das escadas. A dor na perna parece impossível de ignorar. Tento me mover, mas o corpo não responde. A visão começa a se turvar, e logo, a escuridão me envolve. Me sinto leve, quase como se estivesse flutuando.

MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYA(Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora