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Narradora.
2024.
00:20.

S/N tinha cruzado uma linha invisível, mergulhado de cabeça em um mundo de adrenalina, perigo e mistérios — e, de alguma forma, Taylor parecia estar no centro de tudo. Algo dentro de S/N dizia que, por mais que quisesse manter o controle, estava prestes a ser tragada por uma realidade que desconhecia, mas que começava a despertar uma faísca de curiosidade que ela não conseguia ignorar.

Taylor a encarava como se já soubesse disso.

— Bem-vinda ao jogo, princesa — Taylor disse saindo do carro e estendendo a mão para S/N.

E, pela primeira vez, S/N aceitou a mão de Taylor sem hesitar.

S/N desceu do carro, os pés encontrando o chão frio do estacionamento. Ela ainda sentia o coração disparado, o som dos motores ecoando em sua cabeça como um resquício da corrida alucinante. Taylor manteve a mão estendida por um segundo a mais, mas, quando percebeu que S/N estava firme, soltou a mão com aquele sorriso provocador que parecia ser sua marca registrada.

— Sobreviveu melhor do que eu esperava —  Taylor comentou, os olhos brilhando com diversão.

S/N cruzou os braços, tentando esconder o misto de nervosismo e excitação que sentia.

— Se essa é a pior coisa que vocês têm a oferecer, acho que consigo lidar.

Taylor riu baixo, balançando a cabeça.

— Isso foi só um aquecimento, princesa. A verdadeira bagunça começa quando as apostas sobem.

S/N ia responder, mas foi interrompida pelo som de passos pesados. Ao virar, viu Viper se aproximando, acompanhado de dois homens imponentes. Ele tinha um sorriso que não alcançava os olhos, e sua presença fazia o ar parecer mais denso.

— Parabéns pela vitória, Taylor — disse Viper, ignorando S/N por um momento. —  Como sempre, impressionante.

— Foi fácil, ele dirige devagar demais — respondeu Taylor, o tom casual, mas havia algo nos olhos dela, uma tensão que S/N captou imediatamente.

Viper virou seu olhar para S/N, estudando ela como se fosse uma peça de quebra-cabeça que ele ainda não conseguia encaixar.

— E você, novata? Gostou do show?

S/N respirou fundo, tentando parecer confiante.

— Foi interessante.

— Interessante? — Viper riu, mas havia algo sinistro em sua voz. — Espero que esteja pronta para mais, porque, se continua andando com Taylor, vai precisar aprender rápido.

S/N sentiu o olhar de Taylor sobre ela, como se estivesse tentando decidir se intervia. Antes que pudesse falar algo, Viper continuou:

— Aqui, a gente não aceita espectadores por muito tempo. Todo mundo tem que provar que merece estar aqui.

— Ela não precisa provar nada — Taylor interrompeu, a voz firme. — Eu já disse, ela tá comigo.

Viper levantou as mãos em rendição, mas o sorriso nunca saiu de seu rosto.

— Tudo bem, Taylor. Por enquanto.

Ele deu meia-volta e começou a se afastar, mas não sem lançar um último olhar para S/N.

Quando ele estava fora de alcance, S/N soltou o ar que nem percebeu que estava segurando.

— Ele é sempre assim? — perguntou, tentando disfarçar o desconforto.

Taylor assentiu, os olhos fixos no ponto onde Viper havia desaparecido.

— Ele gosta de testar as pessoas. E, se acha que pode te manipular, não vai desistir fácil.

From Reputation to RedemptionOnde histórias criam vida. Descubra agora