𝐒𝐀𝐕𝐈𝐎𝐑 | ❝Quando você estiver mais velha, mais lúcida, mais sã
Se lembrará de todo o perigo pelo qual passamos?
Queimando como brasas, se apaixonando suavemente
Há anos, bem antes dos dias sem rendição
E você perceberá?❞
Ela era a protetora de...
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Faltavam dois dias para a lua cheia.
Anita estava inconsolável. Elena a pegou esfregando suas roupas ensanguentadas com tanta força na pia que sua pele se abriu. Hope estava tentando dizer a ela que tudo ficaria bem, mas Anita se recusou a acreditar.
"Eu fui tão descuidada," ela disse suavemente. "Eu fui uma idiota... uma idiota completa. Eu não prestei atenção, eu não pensei..."
"Não é culpa sua," disse Elijah firmemente. "Você estava se protegendo e protegendo sua mãe, você não percebeu..."
"Eu deveria ter percebido!" ela retrucou, segurando a própria cabeça. "Eu não aguento isso! Eu sempre fico brava com qualquer coisinha e agora vai ser pior!"
Elena tentou lhe dar um copo de água. "Querida, beba alguma coisa, por favor, você não se hidratou—"
"Isso vai me ajudar?", perguntou Anita, com a voz embargada. "Beber água realmente vai me ajudar quando eu tiver que passar por essa dor em dois dias? O que diabos eu vou fazer? Eu não sei o que fazer, e vai doer!"
"Mas você vai ficar bem," disse Hope suavemente. "Você é uma Crescent, você reconheceu Hayley e Jackson como seus Alphas, depois da sua primeira lua cheia, você não terá que se transformar novamente se não quiser."
"Isso não me torna menos assassina", disse Anita. "Eu ainda matei alguém! Aquela mulher... ela tinha filhos, Hope. Ela tinha uma filha, que tem a nossa idade. Eu peguei a mãe de alguém. E eu nunca poderei voltar atrás."
Hayley, Ansel e Klaus estavam ao lado dela nos dias que antecederam a lua cheia, preparando-a para o que ela deveria esperar. Hope, enquanto isso, estava em seu quarto, sentindo-se incrivelmente culpada.
"Isso é tudo culpa minha", ela disse quando Maddy veio ver como ela estava na noite de lua cheia. "Fui eu quem usou aquele feitiço para mandar todo mundo para uma parte aleatória da cidade para que eles não me impedissem. Se eu não tivesse feito isso... se ela não estivesse sozinha..."
"Eles ainda podem tê-la atacado e feito com que ela desencadeasse sua maldição", disse Maddy. "Querida, não quero que você se culpe, por favor. Isso não é culpa sua."
"É sim, mãe. Eu fui muito impulsiva. Eu não deveria ter atacado aqueles vampiros." Seu lábio tremeu, e ela começou a chorar. "Anita não queria isso ainda. Ela não tinha certeza se um dia quis isso."
Maddy a puxou para um abraço, segurando-a perto e acariciando a parte de trás de sua cabeça. "Shh, está tudo bem."
De alguma forma, apenas segurá-la a fez se sentir um pouco melhor. Mas Hope não se sentia exatamente totalmente absolvida de sua culpa. Pelo menos, a culpa que ela sentia que merecia carregar. Maddy queria saber como ajudá-la, mas honestamente, ela estava perdida. O que exatamente alguém deveria dizer depois que algo assim acontecesse? Em um mundo sobrenatural, as coisas eram complicadas demais, e ser mãe de uma criança tão poderosa quanto Hope, que de alguma forma sempre conseguia estar no centro de cada questão porque os outros temiam suas habilidades... bem, era difícil, para dizer o mínimo. Maddy tinha certeza de que não teria sobrevivido a nada disso se não tivesse Klaus como co-pai com ela.
