Enquanto Klaus trama um ataque contra Ilara, Freya decide encontrar Yzandra, acreditando que ela pode ser a chave para entender e parar Ilara. A jornada leva Freya a uma floresta distante, onde encontra a bruxa envelhecida.
Yzandra revela que Ilara é uma "Chama do Fim", uma entidade destinada a destruir para criar algo novo. "Ela foi feita para ser o equilíbrio entre a vida e a morte, mas o abandono da família a transformou em algo perigoso."
Freya, tentando apelar para o lado humano de Ilara, pergunta como poderia alcançar a irmã. Yzandra ri. "O coração dela está congelado, mas ainda bate. Talvez o amor possa descongelá-lo."
De volta à cidade, Ilara toma controle de outro território, dominando os aliados de Marcel. Suas demonstrações de poder aterrorizam a comunidade sobrenatural.
Freya voltou para Nova Orleans com um nó de preocupação no estômago. As palavras de Yzandra ecoavam em sua mente: “O coração dela está congelado, mas ainda bate. Talvez o amor possa descongelá-lo.” A bruxa sabia que Ilara não era apenas um adversário com sede de vingança. Ela era uma força imensa, mas ainda humana no fundo.
Na mansão Mikaelson, Klaus estava impaciente. Ele havia convocado todos para discutir sua estratégia contra Ilara, e sua fúria era palpável.
— Freya, espero que tenha algo útil para nos dizer. Se não, vou lidar com isso do meu jeito. E todos sabemos como isso termina.
Freya ignorou o tom cortante e começou a explicar:
— Ilara não é apenas poderosa; ela é única. Ela é o equilíbrio entre vida e morte, luz e escuridão. Yzandra a chamou de ‘Chama do Fim’. Foi isso que Esther tentou esconder. Ela não nasceu para ser apenas nossa irmã. Ela nasceu para ser o início e o fim.
Klaus cruzou os braços, descrente.
— Poética, mas irrelevante. O que isso significa para nós?
Freya deu um passo à frente, olhando para cada um deles.
— Significa que, se tentarmos destruí-la, poderemos nos destruir junto com ela. Yzandra disse que o poder dela está ligado ao nosso, ao que somos como vampiros originais. Ela foi criada para ser parte de nós. Esther a escondeu porque temia o que aconteceria se ela perdesse o equilíbrio. E foi exatamente isso que aconteceu. Nosso abandono a transformou no que ela é hoje.
Elijah, sempre o pacificador, inclinou a cabeça, absorvendo as informações.
— Se o poder dela está conectado ao nosso, então enfrentá-la de forma direta seria suicídio. Klaus, precisamos considerar outra abordagem.
— Outra abordagem? — Klaus rosnou. — Ilara já conquistou mais da metade da cidade! Ela está construindo um exército para nos destruir. Não temos tempo para sermos sentimentais, Elijah!
Rebekah interveio, tentando acalmar os ânimos.
— E se Freya estiver certa? Talvez ainda exista algo dentro dela que nos veja como família. Não podemos ignorar a possibilidade de redenção. Já perdemos tantos. Podemos realmente arcar com mais uma perda?
— Você sempre foi ingênua, Rebekah, — Klaus retrucou. — Ilara não quer redenção. Ela quer vingança. Não se pode salvar alguém que não quer ser salvo.
Freya balançou a cabeça, frustrada com a teimosia de Klaus.
— Não temos escolha, Klaus. Precisamos tentar. Se falharmos, podemos pensar em outra solução. Mas se a atacarmos agora, sem entender completamente o que ela é, só estaremos acelerando nossa própria destruição.
Após uma longa pausa, Klaus bufou, mas concordou relutantemente.
— Muito bem, Freya. Mas saiba disso: se ela der o menor sinal de fraqueza, vou destruí-la. Com ou sem vocês.
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Enquanto isso, em Nova Orleans
Ilara estava em um antigo teatro, que agora servia como sua base temporária. O espaço estava lotado de seus novos seguidores: vampiros, bruxas e até alguns lobisomens cansados do domínio dos Mikaelsons.
No centro do palco, Ilara falava com uma voz firme e autoritária:
— Os Mikaelsons governaram por séculos com arrogância e tirania. Eles acreditam que o mundo gira ao redor deles. Eu estou aqui para provar que estão errados. Sob meu comando, esta cidade será livre. Não haverá mais submissão. Não haverá mais Mikaelsons.
Os aplausos ecoaram pelo teatro, mas Vincent, que observava à distância, não parecia convencido. Quando a multidão começou a dispersar, ele se aproximou de Ilara.
— Você realmente acredita que é diferente deles? Porque, do que vejo, você está seguindo o mesmo caminho. A diferença é que você não tem limites. Isso não te torna melhor, Ilara. Só te torna mais perigosa.
Ilara sorriu, mas havia algo sombrio em sua expressão.
— Vincent, você não entende. Eles não me deram escolha. Tudo o que eu sou, tudo o que faço, é porque eles me forçaram a isso. Eu não sou como eles. Sou algo que eles nunca compreenderão.
Vincent cruzou os braços, seu tom ficando mais firme.
— Talvez. Mas se continuar nessa direção, você vai destruir mais do que os Mikaelsons. Você vai destruir todos nós.
Ilara inclinou a cabeça, como se considerasse suas palavras, mas logo deu as costas, encerrando a conversa.
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Na mansão Mikaelson
Elijah e Freya discutiam os próximos passos, enquanto Rebekah observava pela janela, preocupada.
— E se não conseguirmos alcançá-la? — Rebekah perguntou baixinho.
Freya respondeu com sinceridade.
— Então talvez seja verdade que ela seja o fim. Mas enquanto houver uma chance, não podemos desistir. Ela ainda é nossa irmã, Rebekah. Ela merece pelo menos isso.
Klaus, ouvindo à distância, cerrou os dentes. Apesar de seu exterior frio, ele sentia uma inquietação crescente. Por mais que não quisesse admitir, Ilara era sua irmã. E, no fundo, ele sabia que o abandono dela era uma ferida que ele ajudara a criar.
Mas Klaus era Klaus. E, para ele, a sobrevivência vinha antes de tudo.
O jogo estava em movimento. Uma batalha de coração e poder se desenrolava, e o futuro dos Mikaelsons — e de Nova Orleans — estava prestes a ser decidido.
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A Mikaelson Rejeitada
FantasyEm meio ao caos e intrigas da família Mikaelson, surge uma nova figura esquecida pelo tempo: Ilara Mikaelson, a filha que Esther criou em segredo para ser uma arma contra seus próprios filhos. Rejeitada por sua família antes mesmo de ser conhecida...