Nova Orleans vivia uma trégua improvável. Klaus governava o Quarteirão Francês com controle absoluto, enquanto Elijah lidava com os acordos diplomáticos para evitar guerras desnecessárias. Rebekah, longe de dramas familiares, tentava viver um romance longe da vigilância do irmão híbrido. Tudo parecia calmo até que, em uma noite de lua cheia, um envelope selado com cera preta foi deixado na porta da mansão Mikaelson.
Elijah foi o primeiro a encontrá-lo e, ao abri-lo, seus olhos demonstraram um raro momento de vulnerabilidade. Ele reconheceu a caligrafia imediatamente:
"Espero que vocês estejam prontos. Estou voltando. Com amor (ou não), Ilara Mikaelson."Klaus, ao ler a mensagem, ficou furioso. "Ela está viva? Como isso é possível? Eu a matei com minhas próprias mãos!" A declaração pegou todos de surpresa. O passado que eles enterraram havia voltado para assombrá-los.
O clima na mansão Mikaelson, até então sereno, agora se tornava pesado com a tensão. Klaus, furioso, socou a mesa de madeira escura, seus olhos brilhando com uma fúria difícil de controlar. Rebekah, que até aquele momento tentava permanecer distante da confusão dos Mikaelsons, agora olhava com cautela. Elijah, mais calmo e controlado, estudava o papel com os olhos fixos, tentando entender a mensagem oculta entre as linhas.
-- Você a matou, Klaus? perguntou Elijah, a incredulidade em sua voz. Ele sabia que Klaus era capaz de coisas terríveis, mas algo sobre essa declaração não soava como uma mentira. Ele se lembrava da época em que ainda eram jovens, antes das transformações e dos conflitos que os tornaram o que eram. Mas jamais ouvira falar de llara, e isso o fazia questionar quantos segredos sua família realmente escondia.
Klaus se virou rapidamente, enfrentando o irmão com uma i idade descomunal.
--Eu matei ela porque era necessário!--
retrucou Klaus, com a voz carregada de raiva. --Ela era uma ameaça. Uma criação de nossa mãe, destinada a destruir tudo o que construímos. Não podia haver outra opção.Rebekah, que ainda estava tentando assimilar a informação, avançou com passos rápidos até Klaus. O pânico em seus olhos era evidente.
-- Mas você a matou? Como? Quando?-- sua voz tremia, como se ela não conseguisse aceitar que algo que fizesse parte de sua família poderia ter sido destruído por Klaus, sem que ela soubesse.
Klaus desviou o olhar, a tensão em seu rosto desaparecendo momentaneamente, substituída por um peso de culpa que nunca demonstrara antes. Ele sabia que a verdade era mais complexa, mas não estava disposto a dividi-la com seus irmãos - não naquele momento.
-Eu... Eu não sabia o que estava acontecendo. Nossa mãe, Esther, nos manteve no escuro sobre tudo. Ilara... ela foi criada como uma arma. Fui forçado a agir. Não podia deixá-la destruir tudo sua voz agora soava mais baixa, como se as palavras queimassem sua garganta.
-Mas se ela está viva... Como? O que ela quer?
A sala estava em silêncio por um momento, enquanto todos tentavam processar o que estava acontecendo. Mas não havia tempo para mais perguntas. Um som abafado, como se algo tivesse batido contra a porta principal, ecoou pela mansão. Ela está aqui disse Elijah, seu tom firme e grave, enquanto se movia para a porta. Ele sabia que a chegada de llara não seria algo pacífico, mas a calma que ele sempre carregara parecia ter desaparecido.
-Ela está aqui- disse Elijah, seu tom firme e grave, enquanto se movia para a porta. Ele sabia que a chegada de llara não seria algo pacífico, mas a calma que ele sempre carregara parecia ter desaparecido.
Klaus estava à frente, o rosto endurecido pela raiva, mas com uma pontada de apreensão. Ele sabia que, independentemente da razão pela qual Ilara tinha retornado, ela traria consigo a dor e o caos do passado. E não haveria paz enquanto ela estivesse em Nova Orleans.
Rebekah, no entanto, olhava para a porta com uma mistura de curiosidade e desconforto. Ela tinha ouvido os rumores sobre llara, mas nunca acreditou que sua existência fosse real. Agora, a verdade estava se revelando de maneira tão dramática quanto suas piores premonições.
A porta foi aberta com um estrondo, revelando uma figura alta e imponente. Ilara Mikaelson, com seus cabelos escuros como a noite, olhos profundos e um sorriso enigmático, entrou na mansão como se fosse dona do lugar. Ela estava diferente mais poderosa, mais determinada, e o ódio que exalava de seu corpo era palpável. Mas havia algo mais nos seus olhos: um brilho de dor e perda que ninguém ali esperava.
-Olá, irmãos. - A voz dela era suave, mas carregada de um poder ancestral. - Não me chamem de filha, não me chamem de irmã. Eu sou o que restou. E vim cobrar minha dívida.
Klaus se moveu para frente, seu olhar feroz fixo nela.
-Você... você ainda ousa aparecer aqui? Você deveria estar morta! -A raiva era palpável em suas palavras, mas também havia uma sensação de impotência que ele não podia esconder.
Ilara olhou para ele com uma expressão que era uma mistura de desdém e tristeza.
-Morta? Vocês acharam que poderiam me matar tão facilmente? Eu sou filha de Esther, mas sou mais do que ela jamais imaginou. Eu fui feita para ser algo muito maior do que um simples peão. E agora... Eu sou a única que pode trazer equilíbrio a esse caos que vocês criaram.
Rebekah, cautelosa, deu um passo à frente, tentando entender a magnitude da situação.
-O que você quer, Ilara? O que você realmente quer? - Ela falou com um tom de empatia, algo que faltava nos outros Mikaelsons. Ela sabia que a dor da irmã era real, mas não sabia até onde ela estava disposta a ir por vingança.
Ilara olhou para Rebekah, e por um momento seus olhos suavizaram. Mas logo o olhar se endureceu novamente.
-O que eu quero? Eu quero justiça. Quero que todos paguem pelos seus erros. E, acima de tudo... Eu quero a verdade. - Ela fez uma pausa, voltando seus olhos para Klaus. - Eu quero saber por que você me matou, Klaus. E, mais importante ainda, quero saber o que está escondido em nosso passado. O segredo que vocês enterraram e me condenaram a viver nas sombras por tanto tempo.
Klaus deu um passo para trás, sentindo o peso das palavras de llara. Ele sabia que, ao longo dos anos, havia muitos segredos, mais do que ele gostaria de admitir. E agora, essa nova ameaça ou talvez redenção da irmã perdida estava prestes a desenterrar tudo.
Ilara então se aproximou de Klaus, seu sorriso desaparecendo em uma expressão de pura determinação. Ela sussurrou, mais para si mesma do que para ele:
-Eu não sou mais a garota que você matou, Klaus. Eu sou o que o passado fez de mim. E você vai pagar por isso.
E assim, o confronto que abalaria os Mikaelsons e Nova Orleans estava apenas começando.
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A Mikaelson Rejeitada
FantastikEm meio ao caos e intrigas da família Mikaelson, surge uma nova figura esquecida pelo tempo: Ilara Mikaelson, a filha que Esther criou em segredo para ser uma arma contra seus próprios filhos. Rejeitada por sua família antes mesmo de ser conhecida...