Capítulo 6: Segredos do Passado

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Flashback...

. Séculos antes, Esther realiza um feitiço em segredo, cercada por runas e grimórios antigos. Ilara, ainda bebê, está em um altar. Esther sussurra: "Você será a destruição de tudo que amo. Mas não posso matá-la… não ainda."

No presente, Freya encontra um grimório antigo escondido no porão da mansão. O diário de Esther revela que Ilara nasceu com um poder que transcende até os vampiros originais, uma mistura de magia negra e luz. Esther acreditava que esse poder faria Ilara destruir seus irmãos, então a entregou a uma bruxa poderosa chamada Yzandra, que jurou protegê-la e treinar seus dons.

Enquanto Freya compartilha essas descobertas com Elijah, Klaus escuta à distância. Sua raiva aumenta. "Ela é o caos personificado. Não podemos deixá-la viver, profecia ou não!"

Ilara, por sua vez, reflete sozinha em um cemitério. Visões do treinamento brutal com Yzandra invadem sua mente: aprendendo feitiços proibidos, lidando com isolamento e alimentando sua raiva contra os Mikaelsons.

Freya, ao terminar de ler o diário de Esther, fecha o grimório com mãos trêmulas. Sua mente estava tomada por dúvidas e medo. Ilara não era apenas mais uma Mikaelson; ela era o produto de um experimento sombrio, uma arma criada por forças que Esther acreditava não poder controlar.

---Elijah, se isso for verdade, Ilara não é apenas uma ameaça para nós... Ela é uma ameaça para toda a existência. Sua magia é diferente de tudo que já vimos. Se ela sucumbir à raiva, pode destruir tudo.--- Freya disse, com a voz carregada de preocupação.

Elijah, sempre o mais racional, mantinha a calma, mas sua expressão era grave.

---Precisamos falar com ela. Se há um resquício de humanidade ou de amor por esta família dentro dela, temos que encontrar uma maneira de alcançá-la antes que seja tarde.

Antes que Freya pudesse responder, Klaus entrou no porão, sua presença dominando o espaço.

--Falar com ela? Elijah, pare de ser tolo! Ela não quer conversa. Ela quer guerra! Esse diário prova o que já sabemos: ela nasceu para ser nossa destruição. E se ela está determinada a seguir esse destino, então devemos acabar com isso antes que ela tenha a chance.

Freya olhou para ele com indignação.

--Você não entende, Klaus! Se o que está aqui é verdade, você não pode simplesmente matá-la. O poder dela está entrelaçado com o nosso. Destruí-la pode significar destruir a nós mesmos.

Klaus se aproximou de Freya, seus olhos brilhando com raiva e determinação.

--Então, encontramos uma maneira de romper essa ligação. Ela não é uma de nós, Freya. Ela nunca foi. Não vamos sacrificar tudo o que construímos por alguém que foi criada para nos odiar.

Elijah interveio, colocando-se entre Klaus e Freya.

--Klaus, ouça a si mesmo. Você está agindo com medo, e isso o torna imprudente. Não é assim que resolvemos isso.

Klaus rosnou, mas se afastou, lançando um olhar para Freya antes de sair do porão.

--Se vocês não agirem, eu agirei. Não vou esperar que ela nos destrua.

Enquanto isso, em um cemitério distante, Ilara permanecia sentada em uma lápide antiga, os dedos deslizando sobre as runas gravadas no mármore frio. As visões de seu passado surgiam em flashes desconexos.

Ela se lembrava de Yzandra, a bruxa que Esther confiou para escondê-la e treiná-la. As memórias do treinamento eram intensas: noites em cavernas escuras, runas brilhando em sangue, palavras de poder ecoando em sua mente.

--Você deve ser forte, Ilara. O mundo te rejeitará. Sua família te rejeitou. Mas a força dentro de você não pode ser negada. Um dia, eles pagarão por tudo o que fizeram.

Yzandra havia sido mais do que uma mentora; ela foi a única figura materna que Ilara conheceu. Mas mesmo Yzandra, com todo o poder que possuía, temia o que llara poderia se tornar. O treinamento não era apenas para desenvolver seus dons, mas também para contê-los.

Ilara levantou-se, sentindo o peso da lua cheia acima dela. Ela olhou para o céu, os olhos ardendo com determinação.

--Eles sempre temeram o que eu poderia ser. Nunca me deram uma chance. Mas agora... Agora eles vão me ouvir. E eles vão entender o que significa me rejeitar.

De volta à mansão Mikaelson, Rebekah chegou ao porão, encontrando Freya ainda examinando o diário.

--O que você descobriu? - Rebekah perguntou, seu tom hesitante.

Freya olhou para ela com uma expressão sombria.

Ilara não é apenas uma Mikaelson, Rebekah. Ela é um catalisador. Esther a criou para ser o equilíbrio entre luz e trevas, mas temia que isso a tornasse instável. É por isso que ela tentou escondê-la. Por isso Klaus tentou destruí-la. Mas nada disso a impediu de sobreviver.

Rebekah franziu a testa, tentando processar as palavras.

Então, o que fazemos? Se ela é tão poderosa quanto você diz, como podemos detê-la?

Freya suspirou, fechando o grimório com um som pesado.

--A única solução é descobrir se há alguma parte dela que ainda nos ame. Qualquer traço de humanidade que possamos alcançar. Se falharmos... - Ela hesitou, antes de completar, ...então talvez Klaus esteja certo. Talvez não haja outra opção.

Do lado de fora, Klaus observava o horizonte, seus pensamentos consumidos pela fúria e pela frustração. Ele sabia que não podia esperar muito mais. Para ele, Ilara era uma ameaça que precisava ser eliminada. Mas no fundo, um fragmento de dúvida começou a crescer. Será que ele havia errado ao tentar destruí-la antes? Será que, de alguma forma, ele havia criado a monstra que agora ameaçava tudo que ele amava?

As linhas estavam sendo traçadas, e o confronto era inevitável. Cada lado se preparava para o que estava por vir, enquanto os segredos do passado continuavam a emergir, mudando para sempre a dinâmica da família Mikaelson.

A Mikaelson Rejeitada Onde histórias criam vida. Descubra agora