Após a humilhação pública, Klaus reuniu os irmãos para um confronto interno. "Essa não é nossa irmã. É uma ameaça que deve ser eliminada. De novo!"
Rebekah, sempre a favor da empatia, sugeriu entender as motivações de Ilara, mas Klaus não estava disposto a ouvir. "Rebekah, você sempre foi tola. Não percebe que ela só quer nos dividir?"
Enquanto isso, Ilara começava a espalhar seu domínio pela cidade, conquistando a lealdade de vampiros e bruxas cansados do reinado dos Mikaelsons. Klaus, furioso, decide confrontá-la sozinho.
Klaus estava fora de si. A mansão Mikaelson, geralmente um refúgio para suas reflexões e tramas, agora se tornava uma prisão.Seus irmãos estavam lá, mas o único pensamento que dominava sua mente era o retorno de Ilara, e a sensação de perda e descontrole que isso trazia. Ele, que sempre esteve no comando, que sempre possuía o controle absoluto sobre tudo e todos, agora se via frente a um adversário que o fazia sentir-se vulnerável. E essa vulnerabilidade era algo que ele não podia tolerar.
Rebekah, em sua busca por equilíbrio, insistiu em conversar com Ilara, tentar entender suas motivações. "Ela tem algo que nos falta, Klaus. Não podemos apenas destruir tudo. Se houver uma chance de redenção, devemos buscá-la."
Klaus virou-se para ela, os olhos consumidos pela raiva. A frustração de sempre ver sua irmã mais nova tentando salvar os outros o irritava mais do que ele gostaria de admiti e não queria entender Ilara, não queria ue ela tinha a oferecer.Para Klaus, tudo o que llara queria era dividir a família e, consequentemente, derrubar seu império. Ele não poderia permitir isso.
-Rebekah, você é ingênua se acha que há alguma bondade no coração dela. Ela não quer nossa reconciliação. Ela quer destruição. - Ele rosnou, sua voz carregada de desprezo. E eu não vou permitir que ela acabe com o que construímos. Não novamente.
O clima na sala estava tenso, e Elijah, sempre o mediador, deu um passo à frente, tentando suavizar a situação.
-Klaus, devemos tomar cuidado. Ilara não é uma ameaça comum. Ela é mais poderosa do que imaginamos, e podemos não saber toda a extensão de suas intenções. - Elijah disse, tentando impor alguma racionalidade à conversa. Mas agir com impulsividade não vai nos levar a lugar algum.
Klaus deu-lhe um olhar fulminante, mas, ao ver a determinação de seus irmãos, não teve escolha a não ser ouvir, mesmo que de forma relutante. Mas ele sabia que a paciência estava se esgotando. Ilara estava ganhando força e apoio pela cidade, e cada dia que se passava significava mais um passo para sua dominação.
Com a situação fugindo ao seu controle, Klaus decidiu agir por conta própria. Ele sabia que o confronto com Ilara seria inevitável, e preferia enfrentá-la sozinho, sem ninguém que pudesse intervir e atrapalhar sua vingança. Ele sairia para confrontá-la, e resceria isso de uma vez por todas.
O vento gélido da noite cortava a cidade de Nova Orleans, mas Klaus estava determinado. Ele andava com passos largos, seu olhar fixo no horizonte, onde sabia que Ilara estava. Ela não se esconde mais ela estava declarando guerra, e Klaus não permitiria que uma ameaça como ela o dominasse.
O encontro aconteceu no meio da rua, sob a luz fraca de um poste de rua. Ilara estava lá, como sempre, com um sorriso enigmático nos lábios. Ela estava em controle da situação, e Klaus, ao vê-la, sentiu um calafrio que raramente sentia. Ele estava acostumado a ser o predador, não a presa.
-Você tem coragem de aparecer aqui, Klaus? Achou que me derrotaria como da última vez? Ilara disse, sua voz carregada de desafio. Ela estava calma, quase distante, como se estivesse esperando por esse momento há muito tempo.
Klaus, com raiva evidente, avançou sem hesitar, mas, ao tentar lançar um feitiço para atacá-la, algo aconteceu. A energia que ele tentou liberar foi repelida por uma barreira invisível. Ele sentiu o peso de uma magia que não conhecia, algo que o deixava incapaz de atingir llara.
O que você fez? - Klaus gritou, tentando, sem sucesso, quebrar a barreira.
Ilara observou com um sorriso frio. Ela ergueu a mão, e Klaus imediatamente foi lançado contra um prédio, seu corpo estilhaçando uma parede de tijolos. Ele gemeu de dor, sentindo a sensação de impotência crescer.
Eu não sou mais a llara frágil que você matou, Klaus. - Ilara disse, caminhando lentamente em sua direção, com a confiança de quem controla tudo ao seu redor. - Eu sou mais poderosa agora. Você não pode mais me matar, porque minha magia está ligada a vocês, à sua própria existência.
Klaus olhou para ela, os olhos se estreitando com a compreensão do que ela havia dito. Algo estava errado. Algo muito maior estava em jogo.
O que quer dizer com isso? - Klaus perguntou, sua voz cheia de incredulidade.
Ilara inclinou a cabeça, com um sorriso bem-humorado.
-Se eu morrer, Klaus, todos vocês morrem comigo. Ela disse, com uma suavidade assustadora. Minha magia está entrelaçada com o ciclo de vida dos Mikaelsons. Se eu cair, toda a linhagem será destruída. Você me matou uma vez, mas agora, se tentar novamente... será o fim para todos.
A revelação fez Klaus tremer, mas não de medo. Era uma sensação de derrota, de perceber que não tinha controle sobre sua própria existência. Ele não podia mais manipular a morte de Ilara como fazia com tantas outras ameaças. Ela se tornara uma peça indispensável para sua própria sobrevivência, e ele não sabia como lidar com isso.
-Você... você não pode está a falar sério.. Klaus disse, com raiva crescente, mas com um vestígio de desesperança em sua voz. Ele estava acostumado a ser o único imortal que controlava tudo, e agora estava à mercê de sua própria criação.
Ilara se abaixou para ficar na altura de Klaus, seus olhos penetrantes fixos nos dele.
-Eu sou muito séria, Klaus. E você vai aprender que, desta vez, o jogo é diferente. Eu não vou ser a peça que você joga no tabuleiro. Eu sou o tabuleiro inteiro.
Klaus não sabia como reagir. Pela primeira vez, ele estava diante de uma ameaça que não podia destruir com uma simples lâmina ou magia. Ilara era a chave para a vida de todos os Mikaelsons, e, se ela quisesse, poderia destruir a linhagem inteira. O peso da realidade era esmagador.
Ilara se afastou, dando-lhe espaço para respirar, mas Klaus sabia que o pior estava longe de terminar. Ela não era mais uma inimiga a ser derrotada. Ela era uma força da natureza, e agora ele teria que aprender a conviver com isso, ou, mais provavelmente, sucumbir à sua vontade.
A luta por controle, poder e sobrevivência estava apenas começando, e ninguém estava imune.
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A Mikaelson Rejeitada
FantasiEm meio ao caos e intrigas da família Mikaelson, surge uma nova figura esquecida pelo tempo: Ilara Mikaelson, a filha que Esther criou em segredo para ser uma arma contra seus próprios filhos. Rejeitada por sua família antes mesmo de ser conhecida...