Após tudo ter se resolvido e todos estarem de volta aos seus devidos lugares, parecia que a felicidade finalmente tinha alcançado a todos, como Takemichi sempre desejou. Mas então...
Takemichi: Por que o Mikey fez isso? Achei que ele estava feliz, Chifuyu... A família dele tá viva, todos os amigos também.
Chifuyu: Por causa dela.
Takemichi olha para o lado e vê outro funeral sendo realizado.
Takemichi: Quem é ela?
Emma se aproxima, encarando Takemichi com os olhos marejados.
Emma: Era a amiga do Mikey. Eles se conheceram quando eram muito jovens, mas ela foi embora. Acho que fizeram alguma promessa.
Draken, que estava por perto, interrompe: Não foi nada romântico. Um prometeu que encontraria o outro algum dia. O Mikey nunca falou dela com outras intenções. Ele só se importava muito com ela.
Mitsuya, não muito longe, comenta: Alguém sabe o que realmente levou os dois a isso?
Draken suspira profundamente: Ontem à tarde ficamos sabendo que ela faleceu. O Mikey ficou abalado, mas achei que ele estava lidando bem com isso. Na carta, ele disse que iria encontrá-la... Só que, pelo que soubemos, ela voltou ao Japão e foi atrás dele. Quando o encontrou, ele já estava sem vida. Ela deu um tiro na própria cabeça. Os dois foram encontrados lado a lado.
Takemichi fecha os punhos, segurando as lágrimas: Por que, Mikey? Você não podia esperar mais um pouco? Por que sempre age sem pensar?
Emma enxuga uma lágrima que escorre: Eu preciso ir. O Shinichiro está destruído com tudo isso.
Chifuyu observa Takemichi e pergunta: O que você vai fazer?
Takemichi: Eu não posso mais voltar no tempo, Chifuyu.
Chifuyu: Verdade... Mas se pudesse?
Takemichi encara o chão por alguns segundos antes de responder: Eu salvaria esses dois.
Assim que sai do cemitério, Takemichi esbarra em Shinichiro. De repente, sente seu corpo desfalecer e percebe que voltou no tempo.
Na nova linha temporal, naquele exato momento, S/N e Manjiro estão se conhecendo pela primeira vez.
Mikey: Por que tá me olhando?
S/N: Quem disse que eu tô olhando pra você?
Mikey: O que você quer?
S/N puxa o pirulito da mão dele e coloca na boca: Esse pirulito.
Mikey fica emburrado: Você é muito abusada.
S/N sorri provocativa: E você é uma gracinha.
Mikey cruza os braços: Tá, eu aceito ser seu amigo.
S/N arqueia as sobrancelhas: Não sabe pedir, né?
Mikey revira os olhos: Agora você é minha amiga.
S/N: Única amiga. Não quero outras amigas.
Mikey: Eu tenho uma irmã.
S/N: Ela não conta. Eu sou sua melhor amiga, a melhor de todas, a única.
Mikey suspira: Tá, entendi. É só você.
S/N sai andando: Isso mesmo.
Mikey: Qual é o seu nome, amiga?
S/N: Meu nome é S/N. E o seu, amigo?
Mikey: Manjiro. Mas é Mikey para os íntimos.
S/N ri: Ah, neném pra mim. Olha esse cabelinho tão bonitinho!
Mikey: Neném é?
S/N: Isso mesmo.
Mikey: Tá bom, amorzinho.
S/N começa a rir alto: Até logo, neném.
Alguns anos depois...
Agora, com 15 anos, S/N foi cercada por alguns garotos em uma rua deserta. Mikey surge de repente, com uma expressão séria.
Mikey: Que merda tá acontecendo aqui?
Garoto 1: Não é da sua conta.
Garoto 2: Quer apanhar, tampinha?
Mikey olha para S/N: Você tá bem?
Antes que ela pudesse responder, um dos garotos tampa sua boca.
Garoto 1: Tá tudo bem, amorzinho?
Ele beija o rosto dela, e Mikey não pensa duas vezes. Parte pra cima deles, desferindo golpes rápidos e precisos.
Mikey: Amorzinho é o caralho! Só eu posso chamar ela assim!
S/N tenta acalmar Mikey: Ei, tá tudo bem agora.
Mikey: Se eu não aparecesse, o que teria acontecido? Por que você tá na rua essa hora, sua idiota?
S/N: Eu só queria dar uma volta. E por que tá brigando comigo, seu imbecil?
Ela dá um soco na barriga dele.
Mikey ri de leve: Vou te levar pra casa, sua feiosa.
S/N: Obrigada por me salvar.
Mikey: Eu mataria qualquer um que fizesse algo a você.
S/N: Eu tô bem, Mikey.
Enquanto isso, em outro lugar...
Garoto 1: Chefe, fomos atacados.
Kisaki: Atacados?
Garoto 2: Um tampinha apareceu do nada e acabou com a gente.
Kisaki: Assim, do nada?
Garoto 1: Estávamos desenrolando com uma menina...
Kisaki franze o cenho: Que menina?
Garoto 2: S/N. Ela é baixinha, cabelos castanhos, olhos parecidos com os seus.
Eles mostram uma foto.
Kisaki, ao ver, gela: Estão dizendo que assediaram minha irmã gêmea?
Garoto 1: Irmã?!
Kisaki: Hanma, resolva isso. Eu preciso ir pra casa.
Minutos depois, Kisaki chega em casa e encontra S/N na cozinha, olhando para o nada.
Kisaki: Onde você estava?
S/N: O que? Você que acabou de chegar agora!
Kisaki se aproxima, examinando-a cuidadosamente.
S/N: Ei, o que tá fazendo?
Kisaki: Só vendo se você tá machucada.
S/N: Me conta o que tá acontecendo.
Kisaki: Fiquei sabendo que te atacaram.
S/N: Sim, mas alguém me ajudou.
Kisaki: Quem ajudou?
S/N: Não conheço. Ele apareceu do nada.
Kisaki: Certo. Agora vá dormir. Você tem aula cedo. E nada de voltar tarde pra casa.
S/N: Eu sei, e não sou uma criança pra você controlar!
Kisaki: Eu sou seu irmão mais velho. Sei o que é melhor pra você.
S/N revira os olhos, coloca o copo na mesa e sai revoltada, deixando Kisaki preocupado.