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Na manhã seguinte, o clima no quarto de Hanna estava carregado de emoções. O sol filtrava-se pelas cortinas, mas seu brilho não conseguia afastar a sensação de despedida que pairava no ar. Hanna, ainda deitada, olhava para as meninas reunidas ao redor da cama. Seus rostos refletiam tristeza, preocupação e, acima de tudo, amor. Era o momento que ela temia enfrentar desde que sua mãe anunciara a decisão.

Eu não acredito que você vai mesmo,Aria murmurou, com os olhos marejados, sentando-se na beirada da cama. Como vamos lidar com tudo isso sem você?
Hanna suspirou, segurando a mão de Aria. Eu não quero ir, Aria. Mas você ouviu minha mãe. Ela só quer me proteger. Depois do que aconteceu... A lembrança do impacto do carro ainda era fresca em sua mente, e ela precisou de um momento para recuperar a compostura. Eu não posso arriscar. Vocês não podem arriscar.

Emily, que estava sentada no canto, balançou a cabeça, inconformada. Mas estamos nisso juntas, Han. Desde o começo. Se Noel realmente é 'A' precisamos de você para derrubá-lo. Não podemos fazer isso sozinhas.

Spencer, sempre a mais racional do grupo, deu um passo à frente. Emily tem razão, mas também entendo sua mãe. 'A' está ficando mais ousado, mais perigoso. Não podemos ignorar isso. Ela parou e olhou diretamente para Hanna. "Mas só porque você vai embora por um tempo, não significa que está sozinha. Vamos achar um jeito de continuar conectadas. Sempre achamos."

Hanna tentou sorrir, mas seu coração pesava demais. Ela sabia que suas amigas estariam lá por ela, mas a ideia de deixá-las para trás, especialmente agora, era esmagadora. Ainda assim, precisava ser forte.

Vocês precisam prometer uma coisa,ela disse, a voz carregada de determinação. Continuem investigando. Não deixem Noel escapar. E, por favor, cuidem umas das outras. Não quero que ninguém mais se machuque por causa dele."

Aria assentiu, as lágrimas escorrendo livremente agora. Emily enxugou os olhos, tentando manter a compostura, enquanto Spencer apenas murmurou: "Prometemos."

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Mais tarde, depois de arrumar suas poucas coisas com a ajuda de Caroline, Hanna estava pronta para partir. Sam Uley chegaria a qualquer momento para buscá-la, e o peso da despedida se tornava mais real a cada segundo.

Quando as meninas voltaram para vê-la uma última vez, a emoção era palpável. Aria entregou-lhe um colar com um pingente discreto. Para você lembrar que estamos sempre com você, disse ela, com a voz embargada.

Emily abraçou Hanna com força, sussurrando: Você é mais forte do que pensa, Han. Vamos acabar com isso juntas, mesmo de longe.

Spencer, por sua vez, colocou na mão de Hanna uma pequena caderneta. Para você anotar tudo. Cada detalhe, cada pensamento. Nunca se sabe quando pode ser útil.

Hanna engoliu em seco, o nó em sua garganta quase a sufocando. Eu amo vocês,ela disse, abraçando-as ao mesmo tempo. Vocês são minha força. Nunca se esqueçam disso.

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Quando Sam chegou, a tensão entre ele e Caroline era evidente, mas ambos estavam unidos por uma causa maior: proteger Hanna. Ele carregou as malas no carro enquanto Hanna se despedia da mãe.

Vou sentir sua falta, querida, Caroline disse, segurando o rosto de Hanna com as duas mãos. Mas prometo que é só por um tempo. Assim que for seguro, você volta.

Hanna apenas assentiu, sem confiar em sua voz para responder. Abraçou a mãe uma última vez antes de entrar no carro.

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Durante a viagem, o silêncio no carro era denso. Hanna estava perdida em pensamentos enquanto observava a paisagem passar. O som do motor e o folhados das árvores ao vento eram os únicos ruídos. Ela sabia que a mudança era necessária, mas isso não tornava nada mais fácil.

it was destiny - 𝒫𝒶𝓊𝓁 𝓁𝒶𝒽ℴ𝓉ℯOnde histórias criam vida. Descubra agora