it was destiny - 𝒫𝒶𝓊𝓁 𝓁𝒶𝒽ℴ𝓉ℯ

04

Após o café da manhã, Hanna limpou os lábios com um guardanapo, colocou o prato na pia e se levantou da mesa.

— Com licença, vou me trocar antes de sair.

Ninguém respondeu imediatamente, mas ela sentiu os olhares de Paul acompanhando enquanto subia as escadas. Em seu quarto, Hanna escolheu uma roupa confortável: uma camiseta básica, jaqueta de couro e jeans escuros. Antes de descer, ela deu uma última olhada no espelho arrumando seu cabelo e passando um gloss.

Enquanto descia as escadas, viu Sam e Emily na sala de estar, conversando

— Pai? — chamou ela, atraindo sua atenção.

— O que foi? — ele perguntou, olhando para ela

— Você pode me levar até a casa dos Black? Quero visitar o tio Billy e Jacob. Faz muito tempo que não os vejo.

Sam hesitou por um momento, os olhos escurecendo levemente, mas assentiu.

— Claro, posso fazer isso. Dê-me alguns minutos para pegar as chaves.

Hanna sorriu agradecida enquanto ele se levantava. Não demorou muito para que ambos estivessem no carro, dirigindo pelas ruas tranquilas da reserva

Quando o carro parou, Hanna saiu, olhando para a casa simples e acolhedora que não via há anos. Memórias de sua infância invadiram sua mente: corridas pelo quintal, risadas com Jacob, e as histórias que Billy contava sobre a tribo.

Billy estava na varanda, ajustando sua cadeira de rodas. Ao vê-la, seu rosto se iluminou com um sorriso caloroso.

— Hanna uley ! Olha só quem decidiu voltar para La Push! — exclamou ele, abrindo os braços para recebê-la.

Hanna correu até ele, abaixando-se para abraçá-lo.

— Tio Billy! Senti tanto sua falta! — disse ela, segurando o choro.

— E eu senti a sua, menina. Você cresceu, mas ainda é a mesma garota atrevida de sempre, não é? — Billy riu, apertando gentilmente os ombros dela.

Antes que Hanna pudesse responder, um som de ferramentas chamou sua atenção. Ela virou-se para ver Jacob, de costas, ajustando algo em uma moto. Ele estava concentrado, com as mãos sujas de graxa e os músculos tensionados sob a camiseta sem mangas.

— Jacob? — Hanna chamou, hesitante, sua voz mais baixa do que pretendia.

Jacob parou, erguendo a cabeça lentamente antes de se virar. Quando seus olhos encontraram os dela, seu rosto ficou estático por um momento, como se estivesse tentando processar o que via.

— Hanna? — ele murmurou, parecendo incrédulo.

Hanna deu alguns passos em direção a ele, um sorriso nervoso surgindo. — Surpresa.

Jacob deixou a ferramenta cair no chão com um baque, limpando apressadamente as mãos na calça antes de caminhar até ela. Havia algo nos olhos dele — uma mistura de choque, alívio e emoção contida.

— Você está aqui... — ele disse, quase sem acreditar, antes de abrir um sorriso largo.

— Estou, — respondeu Hanna, e antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Jacob a puxou para um abraço apertado.

Hanna congelou por um segundo, surpresa pela intensidade do gesto, mas logo relaxou, retribuindo o abraço. O calor do corpo dele e a familiaridade de seu toque a fizeram sentir uma onda inesperada de conforto e segurança.

— Não acredito que você voltou, — Jacob murmurou, a voz abafada contra o cabelo dela.

— Nem eu, — ela respondeu, rindo baixinho enquanto uma lágrima escapava.