Naquela noite, Hanna estava deitada na cama, encarando o teto. A tranquilidade de La Push parecia tão distante da agitação e perigo de Rosewood que quase era surreal. Mas a sensação de alerta não a abandonava. Sua mão inconscientemente alcançou o pingente dado por Aria, girando-o entre os dedos como se fosse uma ancora para suas amigas e a vida que deixara para trás.
O som de seu celular vibrando na mesa de cabeceira quebrou o silêncio. Ela se apressou a pegar o aparelho, o coração disparando. Era uma ligação de Emily.
Emily? - Hanna atendeu, a voz uma mistura de alívio e preocupação. - Está tudo bem?
Houve uma pausa do outro lado da linha, seguida por um suspiro. - Depende do que você considera "bem" quando estamos falando de 'A'.
Hanna se sentou na cama, o coração afundando. - O que aconteceu? Vocês estão bem?
Estamos - Emily respondeu rapidamente, mas sua voz estava carregada de tensão. - Quer dizer, fisicamente, sim. Mas 'A'... Ele fez algo que vai te deixar furiosa.
- Diga logo, Em, você está me matando aqui.
Emily respirou fundo antes de continuar. - 'A' enviou fotos. Para todas nós. Fotos suas, Han. Aqui em Rosewood, na noite do acidente.
Hanna sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. - O quê? Como assim, fotos minhas?
- Ele ou ela estava lá naquela noite, Hanna. A voz de Emily ficou ainda mais grave. - Tirou fotos do momento em que o carro te atingiu. Tem uma sequência inteira. Mostra você no chão, o carro fugindo, e... - Emily hesitou, como se estivesse lutando contra o pânico. - E sua mãe ao fundo, tentando te socorrer.
Hanna apertou o celular contra a orelha, a respiração se tornando superficial. - Não pode ser... Isso significa que 'A' estava assistindo. Sabia o que ia acontecer.
- Sim, e está tentando nos manipular com isso. Emily tentou manter a calma. - As fotos
vieram com uma mensagem. Disse que você está "fora do tabuleiro", mas que agora nós somos o alvo. E... - Ela parou novamente, a voz quase se quebrando. - Disse que se você tentar ajudar de longe, vai fazer algo pior.
Hanna sentiu uma onda de raiva e desespero crescer dentro dela. - Essa pessoa não vai parar, não importa onde eu esteja. Eles querem me isolar. Fazer com que eu fique impotente enquanto machucam vocês.
- Não vamos deixar isso acontecer, Han. - Emily tentou soar firme, mas Hanna podia ouvir o medo subjacente. - Estamos juntas nisso, lembra? Sempre estaremos.
Emily, vocês têm que ser cuidadosas, por favor. 'A' é perigoso. Já vimos do que ele é capaz.
- Nós sabemos - Emily respondeu. - Mas também sabemos que, se ficarmos paradas, isso só vai piorar. Spencer já está analisando as fotos, procurando alguma pista. E Aria... bem, ela está tentando não entrar em pânico.
Hanna sorriu um pouco ao imaginar a reação de Aria, mas logo a seriedade voltou. - Vocês precisam tomar cuidado. 'A' é sempre um passo à frente, mas isso não significa que podem desistir. Eu... vou tentar ajudar daqui.
- Han, você ouviu a ameaça. Não pode se arriscar.
- Não estou pedindo permissão, Emily - Hanna respondeu com firmeza. Eu não vou ficar sentada aqui esperando que algo aconteça com vocês. Vou encontrar um jeito de ajudar, mesmo que de longe.
Emily ficou em silêncio por um momento, e então suspirou. - Sabia que você diría isso. Só... prometa que vai tomar cuidado também, ok?
- Prometo - Hanna disse, embora soubesse que era uma promessa difícil de cumprir.
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it was destiny - 𝒫𝒶𝓊𝓁 𝓁𝒶𝒽ℴ𝓉ℯ
WilkołakiHanna nasceu em La Push e viveu lá até os 6 anos, quando seus pais se separaram. Ela foi embora com a mãe para Rosewood e anos se passaram . Agora, ela vai passar um tempo com Sam Uley, o pai que a criou, já que seu doador de esperma abandonou sua m...