Revendo a plastificada.

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Não é que ele caiu na mentira meu povo?, fique sem acreditar agora.

Alguém entra na sala interropendo os meus pensamentos e chamando a nossa atenção. Era nada mais... e  muito, mais muito e muito de menos Vitória à mulher de Tomais.

Eu conheço muito bem ela, essa maluca era uma das meninas que me maltratavam nos tempos de  escola, tento esquecer do passado pois éramos tão pequenas, mas ela insiste em me relembrar com a arrogância e o veneno dela.

Na maioria das vezes eu me sinto impressionada com ele.

Sim !!! Você  não  entendeu errado, eu disse ELE.

Ele, Tomais, Senhor Tomais  é um homem bom tentando  se fazer de forte, é  rude, sem vergonha, se sente o bam bam bam do mundo  todo por causa do dinheiro. Mas ele é bom, no fundo do fundo do coração de pedra dele, eu sei que ele é  bom.

E infelizmente se faz de cego para o que a doida da mulher dele faz.

É  ridículo a forma que ela trata os funcionários da empresa e sem exceção e com certeza com uma  preferência em infernizar o meu dia, ela tem um gostinho de focar o veneno dela em mim.

Ele sabe como ela realmente é e não faz nada, isso é um desrespeito com o funcionário da empresa, isso me machuca muito, ele ver ela me humilhando na frente de todos e nem se quer solta alguma expressão facial sobre os atos da esposa e eles sabem muito bem que eu sou a melhor arquiteta da empresa, porque eu fiz por merecer a minha sala.

Não foi nem um pouco fácil, foi com muita luta contra o preconceito de ser acima do peso e de ser mulher, mas eu consegui chegar até aqui sem baixar a minha cabeça.

Vitória  já entrou sorrindo quando me viu sentada na cadeira, ela está  vestindo um vestido vermelho bem apertado e curto, com um salto alto (que provavelmente custe o meu rim). Mas não é lá essas coisas.

A verdade é que eu sinto pena dela, so que na cabeça dela é inveja, coitada parece que a galha na cabeça é a única que pesa, só falta ela perceber hahaha.

-- Oi love, Ola gorda, como você está querido?, fui fazer uma visitinha a médica, ela me pesou e disse que eu estou indo muito bem  e falou que beleza igual a minha não  existe --. Dando um surto de gritos finos ensurdecedor. -- Ela disse isso com todas as palavras, mas não foi isso que vim aqui falar com você, Você meu querido está olhando... para a nova... modelo do Al Moda, eles me garantiram  sem a menor dúvida que eu estarei na CAPA DA REVISTA -- Ela olha para mim  e sopra o veneno dela-- Algo que você nunca irá se tornar--.

Ha que ódio dessa megera, ele ver o que essa víbora faz comigo e não diz nada, olho para ela sem nenhuma expressão facial ( Esses dois se merecem), me levanto da cadeira.

-- Se me dão licença, Sr.Tomais, tenho que ir agora, preciso finalizar a reforma do prédio B para a sua revisão de amanhã --.

Ele olha para mim e concorda enquanto a maluca me manda um tchauzinho debochado. Vontade de enfiar a minha mão na cara desfocada dela que não falta.

--Pode se retirar Millys -- Ela diz.

Eu nem bem saio da sala e já escuto risadinhas, ela faz de propósito para me afetar, ela sabe que eu sinto alguma  atração por ele, mas não sabe o nível.

Fecho a porta atrás de mim e passo pela outra megera, que por ironia do destino, ela é amiga da plastificada da esposa do Tomais, essas mulheres não tem vergonha na cara mesmo e muito menos noção.

Ando com passos rápidos para a minha sala e ela começa à ri, entro na minha sala e fecho a porta, me encostando na mesma pensando no que eu fiz para merecer essa humilhação toda ?!.

--Nessy Millys, não adianta chora, por uma pessoa que não merece uma lágrima sua, agora sente naquela cadeira e vá fazer o que você faz de melhor, que é trabalhar.

Falo para mim mesma, me afastando da porta indo em direção à minhas mesa e começando  o meu doce trabalho de cada dia.

[...]

Finalizo o novo protejo e fecho o notebook, meu expediente acabou, é hora de ir embora.

Saio da minha sala e vou para o elevador, ninguém a vista, as portas se abrem e eu saindo indo em direção ao meu carro passando por uma  saída de emergência escura na lateral do prédio aonde muitos vão para fumar, também....

Acabo ouvindo sussurros nele, não sei se é ladrão ou alguém se pegando, ou alguém fumando, não dou importância com os barulhos  e contínuo andando devagar para o meu carro, esperai ?!, eu acho que conheço essas vozes, são de Tomais e Vitória.

-- Love, por que você ainda a mantém aqui, você sabe que tenho repulsa por ela, demite aquela gorda, deve ter um idiota lá em cima que trabalhe melhor que ela, isso está ficando ridículo, está quebrando o nosso protocolo de beleza.

-- Linda..., Eu não posso demiti-la, eu preciso dela, à empresa está uma bagunça, estamos passando por um momento de progresso e eu não posso fazer sempre o que você me pede Vitoria --.

--Mas Love , ela vai acabar com a reputação da nossa empresa, nossos empregados tem que ser os mais bonitos e charmosos do mundo e essa gorda esta sujando o nosso nome.

--Vitória quem disse a você  que é nossa empresa e nossos empregados?,  eu construí isso tudo sozinho sem a sua ajuda ou o seu dinheiro, então não forçe a barra comigo ou vai ficar feio pro seu lado, você já gasta o meu dinheiro muito bem, não preciso da sua opinião.

-- Eu não estou querendo fazer isso amorzinho, só estou te pedindo uma coisa --

--VITÓRIA ENTENDA, eu preciso dela ate as construções ficarem prontas e organizadas, quando acabar eu demito ela, está bom para você?!, Que saco.

-- Hum esta bem, espero que não demore muito, agora me beija, não gosto de ficar brigada com você. --

Uma Mulher De Peso.Onde histórias criam vida. Descubra agora