𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐏𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫𝐚 (Pausada)

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_Ângela_

...Uma semana depois...

Desligo o forno quando vejo que a lasanha estava pronta, pego um pano para tirar ela lá e colocar em cima do fogão. Eu estava fazendo o almoço de sábado calmamente, escutando L7 baixo no celular que estava acima do balcão.

Já faz uma semana que a Micaela me trata como uma criança por causa do sexo selvagem no domingo, ela acha que eu estou com dor ou raiva dela e, por isso, me trata como se eu fosse de porcelana desde então.

Não estou reclamando, longe disso. Mas tem hora que eu só quero aquela pegada que só ela tem e, por isso, eu briguei com ela ontem.

Eu queria Micaela ontem igual no domingo passado, mas ela teima em não me dar aquilo que eu quero por simplesmente achar que eu vou me machucar.

Eu passei 3 dias dolorida, mas com a pomada que eu estava passando, melhorou rápido e no dia seguinte já estava pronta para mais uma noite quente.

Então eu surtei ontem com ela quando inventou que estava com sono e cansada quando o clima entre a gente foi esquentando.

Eu disse muita merda com ela e fiz ela dormir no sofá, hoje eu inventei um plano malévolo para ver se ela vai aguentar se segurar por muito tempo.

Micaela que me aguarde, porque hoje eu tô puta em todos os sentidos possíveis.

Quando eu mandei ela dormir no sofá, ela ficou no corredor de frente para a porta do meu quarto me chamando, durante a noite escutei ela fungar diversas vezes e me pedir desculpas.

Doeu meu coração fazer isso e doeu mais ainda quando eu levantei de manhã e ela estava sentada de frente para a porta do meu quarto com o rosto vermelho, olhos vermelhos e com a carinha triste.

Mas eu estava estressada e vocês sabem muito bem como uma mulher estressada é capaz de fazer.

Micaela tentou conversar comigo desde então, pedindo desculpas, me chamando, tentando me abraçar e tentando fazer eu conversar com ela até eu mandar ela comprar refrigerante e uma sobremesa para hoje.

Ela foi sem reclamar e toda mucha, ombros caídos e olhos caídos.

Eu sei que é maldade, mas é para ela aprender que nem toda mulher gosta de ser tratada igual uma boneca de porcelana que a qualquer toque pode quebrar.

Eu, por exemplo, gosto de uma pegada forte.

— Amor, cheguei — Micaela fala assim que aparece na cozinha com várias sacolas na mão. Ela estava com a ponta do nariz vermelha enquanto me olhava igual um cachorro abandonado. Ela coloca as coisas na mesa e pega três sacolas — Trouxe pão de queijo, sorvete, barra de chocolate, bolo de chocolate e um vestido preto de malha folgado para você — Ela diz vindo até mim com as sacolas levantadas.

Pego as sacolas, olho dentro delas ainda com a expressão fechada. Ela sempre faz isso quando nós briga, mesmo sendo só um bate boca sobre uma coisa que eu e ela tem opiniões diferentes.

— Obrigada — Murmuro, pego as coisas que são da geladeira e coloco nela, depois pego o vestido e carrego para o quarto com a outra atrás de mim.