𝐑esonat 𝐒ilentium

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𝗭𝝝𝝥𝝠ᅠ𝕯𝝨ᅠ𝕽𝗜𝗦𝕮𝖮 ...
𝐒𝐀𝐒𝐔𝐊𝐄

𝐎 hospital estava quieto, e eu estava sozinho, sentado em uma cadeira no quarto de descanso.

Os últimos dias haviam sido confusos, e me sentia esmagado pela avalanche de emoções que evitava a qualquer custo. Nunca me permitia abaixar a guarda, mas agora, sozinho, era impossível não confrontar o que estava sentindo.

A chegada do Uzumaki em minha vida parecia ter rompido uma camada espessa que eu mantinha intacta há anos.

O som leve de passos me trouxe de volta à realidade. Sakura e Ino entraram no quarto, notando minha presença, e se aproximaram com gentileza.

— Sasuke? — Sakura chamou, com a voz baixa e cuidadosa. — Está tudo bem?

Tentei disfarçar, mas elas não pareciam convencidas. Ino puxou uma cadeira e se sentou ao lado dele, com Sakura fazendo o mesmo. Senti o peso de seus olhares gentis e compreensivos e, por um momento, pensei em me abrir de verdade.

— Desculpe... Eu não queria parecer assim — confessei, a voz baixa, como estivesse confessando um segredo. — Só... — Hesitei, lutando para encontrar as palavras.

Sakura colocou a mão sobre a minha, com um sorriso encorajador. — Está tudo bem, Sasuke. Pode falar o que está sentindo. Estamos aqui para ouvir.

Respirei fundo, a tensão no peito finalmente transbordando.

— Eu... eu não entendo. Eu me sinto... vulnerável, frágil, fora de controle. E isso é algo que eu nunca, nunca deixo acontecer. Meus dias são sempre uma rotina previsível, sob controle. Mas ele chegou, e... é como se tudo desmoronasse. Como se, por algum motivo, ele tivesse aberto um espaço dentro de mim que eu não quero, que eu não pedi.

Ino assentiu, compreensiva, enquanto Sakura continuava a me ouvir atentamente.

— Eu sempre fui sozinho. Eu sei como lidar com a minha própria solidão. E eu não preciso de ninguém, entende? — continuei, a voz tremendo levemente. — Mas esse cara... ele entra na minha vida de forma tão invasiva, e de repente, me faz querer algo mais. Me faz desejar coisas que sempre achei inúteis, como... companhia, talvez. Como se eu merecesse alguma coisa além da minha rotina... e isso me assusta. Eu não confio em ninguém tão facilmente, e agora tudo parece fora de controle.

Olhei para Sakura, e seu olhar estava repleto de confusão e vulnerabilidade.

— Por que ele me procurou, Sakura? Você é a chefe da organização médica. Tem tudo o que ele precisaria. Então... por que eu? Será que ele vê alguma fraqueza em mim que eu não vejo?

Ela balançou a cabeça, sorrindo com empatia.

— Não é fraqueza, Sasuke. Às vezes, as pessoas procuram o que precisam, mesmo sem entenderem o motivo. E talvez, para ele, você seja alguém com quem ele se sente seguro... alguém que ele quer por perto, mesmo sem saber exatamente por quê. Isso é poderoso.

Ino acrescentou, com a voz suave e reconfortante:

— E é natural se sentir vulnerável quando algo nos tira da nossa zona de conforto. A questão é... você quer realmente fugir disso? Ou talvez, no fundo, você sinta que essa conexão tem algo a oferecer para você também.

Ponderei essas palavras, percebendo que estava, sim, buscando algo que nunca havia permitido a si mesmo. Sakura e Ino me olhavam com compreensão, e senti que, pela primeira vez, estava sendo verdadeiramente visto.

Talvez eu tenha medo, na verdade. Medo de que ele se aproxime demais. Medo que eu me aproxime demais, e eu me veja dependente de alguém que não pode e nunca vai estar ao meu alcance

Sakura apertou a mão dele suavemente.

— Ninguém é feito para ser completamente sozinho, Sasuke. Não é fraqueza querer companhia, querer... algo verdadeiro. E talvez ele tenha te escolhido justamente porque viu essa força em você. Ele não quer alguém perfeito; ele quer alguém real.

As palavras dela ressoaram profundamente dentro de mim, como se ela tivesse acabado de apontar para um espaço vazio que ele tentava ignorar. Pela primeira vez, permiti a mim mesmo considerar que talvez, só talvez, eu não precisasse estar sozinho.

Quando Sakura e Ino se levantaram para sair, Me senti mais leve, como se parte do fardo que carregava tivesse sido deixado ali. Eu sei que ainda tinha muito a resolver internamente, mas as palavras delas abriram uma nova perspectiva. Uma que talvez eu estivesse pronto para explorar.
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𝐍ão julgais estudante de ensino médio, está na bíblia !

- K.

𝗭𝝝𝝥𝝠ᅠ𝕯𝝨ᅠ𝕽𝗜𝗦𝕮𝖮   -  NARUTO UNIVERSEOnde histórias criam vida. Descubra agora