O celular desperta. Acordo com raiva e tento dormir novamente para tentar sonhar o mesmo sonho que estava sonhando. Odeio quando isso acontece, mas fazer o que? As vezes os sonhos acabam na melhor parte para nós continuarmos na vida real. Levantei da cama tomei meu banho, vesti o uniforme, arrumei o cabelo, passei maquiagem, a mesma coisa todos os dias meu escolar passava as 6:20 da manhã. Ninguém acordava em casa, só eu, então eu nunca via meus pais antes de ir para escola.
Escuto a buzina do escolar, desço a escada do meu prédio e entro na van.- Bom dia. - Eu disse, como sempre.
- Bom dia. - Respondeu Seu João, o dono da van. É um cara alegre e sempre está de bom humor.
Sentei no mesmo lugar de sempre, coloquei o fone de ouvido e no silêncio do escolar de manhã eu dormi até chegar a escola. Chegou e eu desci da van, entrei na escola.
- Bom dia Claudinho. - Eu disse ao disciplinário.
- Bom dia princesa, Jesus te abençoe! - Ele sempre diz isso.
- Amém - Respondi sorrindo.
Fui ao encontro das minhas amigas, como de costume coçei a cabeça da Larissa e fiz cócegas no pescoço do Reidner. Pouco depois a Julia chegou e o sinal bateu. Pouparei vocês dos detalhes ridículos e de todas as rezas que temos que fazer antes de entrar para a sala de aula, escola católica né. Tive uma aula normal com o mesmo professor insuportável de matemática. Ele não deixa os alunos copiarem a matéria do quadro porque quer que prestemos atenção na explicação, sempre alega que vai nos deixar copiar depois, mas a aula sempre acaba e não sobra tempo. Como de costume aconteceu o mesmo nessa aula e quando fui pegar meu celular para tirar foto da matéria para copiar em casa, percebi que não estava com celular.
Pensei que tinha esquecido em casa então não me importei mas então lembrei que eu havia usado o celular para ouvir música no caminho para a escola. Também não me importei, na volta eu pegaria meu celular com o Seu João.
Depois de um dia normal na escola o sinal do último horário bateu, sai da escola fiquei lá fora como sempre conversando com meus amigos até minha van chegar. Passei na Tia Irene como sempre para comprar uma coca cola e fui para van com a Isabely. Ela tinha muitas novidades para me contar, depois chegaram outras pessoas de outras escolaa na van e fomos conversando até chegar em casa.- Tchau gente. - Eu disse.
- Tchau - Responderam em coro.
- Tchau Seu João, até amanha. - Eu disse.
- Tchau Bárbara, até. - Ele disse com o mesmo sorriso exuberante de sempre.
Cheguei em casa. Minha mãe já estava de saída para o trabalho e levar minha irma na outra escola.
- Oi mãe, cheguei. - Eu disse abrindo a porta.
- Oi filha, está tudo bem? -
- Aham e você?
- Tudo bem, aqui já estou de saída, preciso que você lave a loça, panhe e dobre e guarde as roupas que estão no varal. - Disse minha mãe.
- Sim, mãe.
- Obrigada, filha. Agora já vou, vamos Lavínia. - Ela disse, me deu um beijo e eu dei um beijo na minha irmã. Abri a porta para ela e disse:
- Tchau mae, bom trabalho. Tchau Lala boa aula.
- Tchau, faz tudo direitinho ai, almoça... Seu remédio esta na sua caixinha, qualquer coisa ligue para o seu pai - Ela disse.
- Ta bom mãe - Eu disse com tédio.
Fui ligar para o meu pai para saber se ele iria em casa almoçar, fui pegar o celular na mochila e então me dei conta. Não havia pegado o celular com o Seu João. Burra, burra, burra. Porque não lembrei disso. Tudo bem, se meu pai vier almoçar eu peço ele para pegar meu celular na casa do Seu João. Liguei para o meu pai do telefone fixo da minha casa e ele disse q não iria almoçar em casa. Droga. Eu contei para ele sobre o celular e ele disse que iria buscar o celular na volta do trabalho. Ótimo Bárbara, parabéns. Agora a conversa com o Guedes fica para mais tarde.
Passei a tarde inteira estudando, fiz tudo que minha mãe pediu, dormi um pouco. Mas o dia parecia não ter fim. Quando meus pais chegaram eu acabei me distraindo e esqueci do celular, por um momento lembrei.- Ah pai você trouxe meu celular? - Perguntei.
- Sim, mas ficou no carro. - Ele respondeu.
- Você vai na igreja?
- Vou, você vai? - Ele retribuiu a pergunta.
- Não, avisa que tenho muito dever para fazer. - Respondi.
- Okay. Vou tomar banho.
- Espera, onde está a chave do carro? - Perguntei.
- Encima da mesa, por que?
- Uai, para eu pegar meu celular. - Repondi, era meio óbvio né.
Peguei as chaves e desci as escadas do prédio abri o carro e peguei meu celular, subi e esperei meu pai sair para a igreja e então fui para o meu quarto.
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O início do infinito
RandomEssa é uma história baseada em fatos reais, descreve a minha vida e meus pensamentos em relação ao maior e único amor da minha vida o Senhor Gabriel Felipe Guedes De Sousa Martins.