É ele quem eu quero

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Acordei consfusa, tão confusa que demorei a perceber que aquele não era meu quarto. Olhei o relógio, 12 horas.
Quando levantei, vi minha mãe sentada, chorando, quando me dei conta de que estava no hospital. Olhei para mim mesma, tinha quebrado uma perna, estava toda arranhada e...era uma terça feira. Mas a festa foi numa sexta. Será que eu dormi por tanto tempo?
Minha mãe viu que eu havia acordado, deu um pulo do sofá e veio falar comigo:
-Finalmente, minha filha! Eu estava muito preocupada! Você está bem? - Disse ela olhando mais para a parede do que para mim.
-Estou bem. Só estou confusa. Pode me explicar o que aconteceu? - Ao falar isso percebi que estava com muita dificuldade até para falar.
- Anne, você foi atropelada por um carro quando saia da festa fantasia. Leo estava por perto e chamou logo uma ambulância. Você dorme desde sábado a tarde. Antes disso, estava acordada, porém inconsciente. Você fraturou um osso da perna direita e teve vários ferimentos, mas o médico disse que está tudo sobre controle e que não há com o que se preocupar. - Disse ela já sem cara de preocupação, a serenidade que sempre a dominava tinha voltado.
- E quando eu posso ir pra casa?
- Talvez amanhã ou quinta, o médico vai dizer. Não se preocupe, você não ficará sem ter o que fazer. Ali e Miguel vêm aqui todos os dias para trazer filmes. - Realmente eu não podia reclamar dos meus amigos, mas...e Luís? Ele queria ser meu príncipe. Mas por que não estava lá? Se gostava de mim, por que não tinha vindo me visitar? - Outros amigos seus vieram aqui também. Luís passa horas do seu lado, só sai quando Isa e Miguel aparecem por aqui. Você devia ter me falado dele. É um ótimo rapaz, parece gostar muito de você. - Mamãe disse parencendo querer ser a sogra de Luís.
Então ele veio! Ele realmente se importava! Mas Miguel também veio. Será que isso é coisa só de amigo? Não importa. No final das contas, Luís vai ser sempre só meu amigo.

Algumas horas depois, Miguel chegou no hospital e pareceu surpreso ao me ver acordada.
-Anne, você acordou! Que maravilha! Eu trouxe meu violão, posso tocar pra você se quiser. - Falou todo sorridente. Ah e que sorriso! Esse sorriso é capaz de desarmar guerras, mais que isso, é capaz de solucionar a guerra do meu coração. Era ele quem eu queria, não importava o quão Luís fosse carinhoso, era Miguel quem eu queria.
-Miguel! Que bom te ver aqui! Seria uma honra ouvir você tocar! - Falei com um sorriso que ia de orelha a orelha, quando me veio uma dúvida: e ele? O que pensa do meu sorisso?
-Ótimo! Que música você quer que eu toque?
-Love is easy, do McFly - Escolhi essa música porque era aquilo que eu queria dizer a ele no momento: que o amor é simples.
-Ótima escolha! - Ele disse e começou a tocar, me fazendo esquecer de que tinha sido atropelada, esquecendo dos meus problemas, do simulado da semana que vem. Naquele momento só o que importava era que eu queria ele! E ia fazer de tudo para que ele também me desejasse. Eu não iria parar.

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