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Harry estava á caminho da casa da sua tia, Johannah Tomlinson. Ele acordou sentindo a grande necessidade de ver seu primo mais novo, Louis. Harry acordou tarde comparado ao horário que ele normalmente acorda, que é ás oito da manhã,  hoje ele havia acordado ao meio dia e meia e foi quando a saudade de seu primo veio tão rápido -logo que ele abriu os olhos e conseguiu raciocinar e ver o teto sem estar embaçado- que quase acertou seu rosto. Ele se arrumou rapidamente com uma blusa preta e uma calça jeans azul, e claro, suas botas marrom, as preferidas, e correu para a casa do seu primo, que não era muito longe da sua, qual ele mora com sua mãe Anne e sua irmã Gemma.

Ele já estava quase chegando na casa quando uma sensação o atingiu, uma sensação diferente da de saudade. Harry parou a caminhada/corridinha e colocou a mão no peito, ele conhecia aquela sensação, arregalou os olhos e se desesperou, ele precisava chegar logo na casa do seu priminho, ele estava em perigo, Harry estava sentindo. Começou a correr e quando viu o portão branco da casa suspirou e correu mais um pouco para abrir o portão e ir até a porta da frente da casa, entrou sem bater e escutou gritos do andar de cima, subiu correndo e seguiu os gritos até o quarto de seu primo, não era sua vozinha que estava gritando.

-VOCÊ TEM QUE PARAR COM ISSO LOUIS! VOCÊ TEM DEZENOVE ANOS, NÃO CINCO! CRESÇA!- Jay estava na porta do quarto do filho, gritando com ele enquanto o garoto estava encolhido no chão com sua coberta perto do nariz, tentando se acalmar com o cheiro de morango dela. Seus olhinhos estavam abertos e olhavam com magoa para sua mãe enquanto lágrimas encharcavam a coberta, seus dedos apertando ela perto do seu rosto, os soluços tentando ser controlados, com dificuldade pois a magoa era grande. Não era para sua mãe estar fazendo aquilo com ele.

-M-m-mamãe- soluçou, e sua mãe o olhou com o rosto vermelho pois estava gritando e Louis só queria não ser desse jeito, ele queria agradar todo mundo, e muitas vezes ele pensou que se ele não existisse seria bem melhor- m-me d-desculpe.

Harry via aquilo paralisado e incrédulo. O que diabos estava acontecendo  ali?  Ele saiu do estado de paralisia quando Jay deu um passo para frente, qualquer que fosse sua intenção em avançar, ela não iria chegar perto de Louis, não depois de gritar com ele e faze-lo chorar daquele jeito. Harry sabia porque Louis estava parecendo uma criança chorando quando é abandonada, porque ele estava com seu cobertor perto do rosto e porque ele estava no chão.

Harry sabia que quando Louis se sentia ameaçado, com medo, ou triste, seu probleminha (Harry não achava que era um problema) ficava fora de controle e ele virava um bebê. Harry parecia ser o único que se importava com Louis naquela merda de família, ele não podia falar de Gemma nem de Anne já que elas mal viam Louis, pois trabalhavam demais. Ele de fato se importava mais do que a mãe ou a irmã mais velha, Charlotte, de Louis. A outra irmã, Félicité, não sabia como ele era tratado, nem Harry sabia, até agora, pois ela estava estudando em uma faculdade fora de Doncaster e se comunicava com o irmãozinho por ligações e mensagens, e o pequeno sempre dizia que estava tudo bem, ele mentia e ela fingia que acreditava, nunca teve uma relação boa com sua mãe nem com sua irmã e as conhecia bem, elas eram muito julgadoras, e Fizzy não via a hora de tirar seu irmão da casa das duas.

-O que está acontecendo aqui?- Jay se virou e Harry esbarrou em seu ombro para chegar perto de Louis e se colocar protetor em frente ao corpo do menino que chorava baixinho no chão, encolhido com o cobertorzinho azul em mãos.  

-Haz- Louis chamou do chão levantando a mão em direção ao maior, fechando e abrindo, como um bebê chamando alguém, os olhos cheios de lágrimas e a mãozinha abrindo e fechando em direção a Harry o fazia querer pegar Louis e o ninar, como o bebê que ele parece no momento. Era até um pecado machucar Louis. 

-O que você está fazendo aqui?- Jay cuspiu para o sobrinho. Ela odiava quando as pessoas a atrapalhavam quando ela estava educando seus filhos, como se ela tivesse razão alguma. Sorte foi Louis nem Fizzy terem sidos alimentados pelas opiniões julgadoras da mãe, diferente de Lottie que é quase a cópia mais nova da mãe.

♥ Larry Bear ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora