"O peso da prata"

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Trade Tower - Gangnam

- Seus inúteis, descubram quem fez aquela bagunça em itaewon ainda hoje, tão me ouvindo? - Mal chegamos ao escritório e já podemos escutar a voz alta e irritante de Kim Bora.

- Se vocês não encontrarem nada eu vou-... - Ela se cala no momento em que observa Yubin e eu entrando na sala. - ...Eu te ligo mais tarde... -

Enquanto entravamos, Bora ia em direção a sua mesa na sala. Ela estava vestindo uma camisa de seda preta, suave porém elegante, sem contar que destacava bem seu colar e brincos de ouro, e fazia um contraste com o blazer vermelho sangue que ela vestia quase como uma capa, aquela maldita saia preta, que ficava ajustada a curvatura do seu corpo e havia um corte na lateral da coxa e um salto alto que deve valer mais do que eu posso estimar. Eu sinto que ela devia ser vidente e ter colocado essa maldita roupa só para me provocar hoje.

Ela se acomoda em sua poltrona do outro lado da sala. A bendita sala que ficava no último andar do Trade Tower em Gangnam, tão exageradamente luxuoso que parecia um palácio moderno, com o chão de mármore escuro, as paredes em tons de cinza, cada detalhe em ouro. Bora se sentava na mesa centralizada, bem na frente das janelas de vidro, que iam do chão ao teto atrás da magnata.

Cada vez que nos aproximávamos da mesa, a iluminação dramática das janelas aumentavam. Havia outra figura atrás dela, Lee Gahyun, a garotinha que Bora levava pra todo canto. Ela vestia uma camisa social branca, um kimono preto bem minimalista e sofisticado, calças pretas e de mesma textura que o kimono, e botas também pretas que pareciam tanto elegantes quanto militares. Não entendo como Bora pode deixar uma garota tão jovem entrar no submundo do crime aqui em Seoul. Mas isso não importava agora.

- Oh, Siyeon-nah! depois de tanto tempo você finalmente veio me visitar, já estava ficando triste sem você. - Ela disse abrindo um grande sorriso ao me ver, com aquele jeito debochado de sempre.

- Oficial Lee pra você. E não é pra isso que viemos aqui. - Digo cruzando os braços, enquanto Yubin retira do bolso uma evidência encontrada no massacre em Itaewon. Um cartão feito de papel-cartão duro, as fontes eram pintadas de cores quentes, os detalhes em volta dourados e o fatídico selo "Nova Phoenix" escrito em Hangul.

[...]

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Nova Phoenix

Seu bem estar é nossa prioridade.

+82 (02) 3456-7890

노바 피닉스

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Bora faz uma expressão bem arrogante, mas pega o cartão e o observa por alguns segundos, ele estava bem sujo de sangue e gasto devido ao confronto em Itaewon.

- O que um cartão sujo da minha empresa tem a ver com essas duas palhaçadas na minha frente? - Ela disse jogando o cartão de volta na mesa, e voltou a se encostar na poltrona de forma confiante.

- Como a senhora disse mais cedo, deve ter ouvido falar do massacre em itaewon. Um dos criminosos mortos estava portando esse no bolso. - Disse me aproximando ainda mais da mesa da magnata. O desprezo no olhar dela era nítido, e isso me irritava. Ela ficou em silêncio por alguns segundos me encarando.

- São cartões de recomendação da empresa, as pessoas movimentam milhares desses por ano. Acha mesmo que um rato baderneiro como aqueles homens não iria estar precisando de algum tipo de ajuda médica e framaceutica? - Ela disse com um sorriso no rosto, que estava me fazendo quase voar no pescoço dela.

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⏰ Última atualização: Jan 12 ⏰

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