90 Dias Para Amar - DEGUSTAÇÃO

Capítulo 3

Era a minha terceira manhã no castelo, no dia anterior me mantive afastada de Dereck, que estava muito frustrado. arrumei meu quarto e segui para a porta, que estava aberta, ai era muito cedo, mas eu queria tomar um banho de água salgada, enquanto todos estavam dormindo. segui pelas escadas de pera, mal iluminada.

Dereck havia parado de trancar a porta, mas eu também não me saia, só pela portinha escondida, então essa era minha primeira vez em aventurando sozinha. Reparei que a casa estava silenciosa, conforme andava até a saída principal, percebi o quanto era diferente com as crianças dormindo, sem nenhum barulho, risada ou gritos.

Eu que nunca gostei de criança, deveria é achar bom, mas tudo parecia tão vazio. Ao abrir a porta, reparo que o sol já nasceu e que os passarinhos cantam irritantemente. Para minha surpresa, Dereck já estava acordando, e eu diria a bastante tempo, pois estava no meio de um lindo desenho feito com carvão, ele que não reparou a minha presença, continuou a desenhar. Cheguei por trás dele e o observei como suas mãos eram habilidosas e desenhavam com precisão.

— Você vai ficar me observando? — levo um susto com sua pergunta, ele se vira em minha direção me encarando, me entrega seu caderno para que lhe responda:

Estava apenas vendo seu desenho.

— Parecia que estava me bisbilhotando e você não deveria estar na cama? Ainda é muito cedo, você acordou os últimos dias tarde. — Dereck limpava sua mão em um pano, enquanto conversávamos.

Não estava bisbilhotando, apenas acordei mais cedo para andar na praia, então o encontrei desenhando e alias, você desenha muito bem.

— Tudo bem, cuidado na praia, há muitos animais selvagens. — acenei antes de me afastar. — Há, use um biquíni desta vez, pois toda vez que a encontro na praia está nua, vou acabar achando que é de propósito...

Andei mais rápido, para não poder responde-lo, meu rosto enrubesceu, estava envergonha, mas isso era verdade, eu já tinha me visto nua as ultimas vezes na praia e isso era tão constrangedor.

Cheguei na praia para encontrar a Madrinha Má, ela estava escorada em uma pedra perto do mar.

— Olá princesa.

— Princesa? Esta mais para prisioneira. — me aproximei dela, que estava com um grande sorriso em seu rosto.

— Calam, é apenas seu terceiro dia, ainda virão mais 87 dias, pode parecer, mas quando chegar esse dia, talvez já não ache isso.

— Sinceramente Madrinha Má, estou começando a ficar entediada, não há nada que eu possa fazer, isso está me deixando frustrada. Dereck até agora não demostrou interesse nenhum em minha pessoa, olha que já me viu nua algumas vezes. — me escorei na mesma pedra ao seu lado, suspiro antes de continuar a falar: — Isso nunca aconteceu, sei que sou bonita, os meninos sempre corriam atrás, mas ele? Nem sequer me olhou duas vezes de uma forma mais sexual.

— Sabe Ariel, o problema deve ser que você só tem experiência com garotos, Dereck não é os meninos que você está acostumado, ele é um homem de verdade, então não espere que haja da mesma forma. — bufo frustrada.

— Eu queria que ele me notasse, assim poderia fazê-lo se apaixonar por mim e ir embora o mais rápido possível.

— Ariel, calma, tudo em seu tempo.

— Pena que paciência não é uma das minhas virtudes. — passamos um tempo em silencio, ouvindo as ondas do mar, quando tenho uma ideia. — Você, madrinha má...

— Ah, eu odeio esse apelido. — reviro os olhos pela sua reclamação e continuo:

— Poderia me dar uma poção do amor.

— Isso não vai funcionar, o sentimento tem que ser verdadeiro. — suspiro frustrada, estava me vendo sem direção, Dereck era muito frio e eu precisava de uma plano, pois sempre sendo tão serio e frio.

— Quanta ladainha.

— Ah querida, o amor é o sentimento mais sincero, você ainda é jovem, não sabe o que é amar. — penso em meu namorado, o menino que eu nunca amei realmente, mas que eu o iludia, ou pelo menos era isso que eu achava. Me pergunto como está as coisas, como estão meus pais e amigos, sentia falta deles. — Eles tão muito triste.

— Não acredito que fica bisbilhotando os pensamentos alheio.

— Só estou dando resposta para você, que para eles, está em coma. Lembre que você tem uma família e amigos esperando você acordar, deste conto de fadas.

— As vezes, eu acho que é tudo um sonho, que nenhum de você resiste realmente.

— Nós existimos, pode ter certeza, mas agora eu preciso ir, seu príncipe esta sem aproximando. — em um nuvem de fumaça ela desaparece.

Rapidamente tiro meu vestido, usava por baixo um feio maio, ainda não sabia de quem era essas roupas, mas claramente tinha as mesmas medidas que as minhas.

Me aproximei da água, uma onda bateu nas minhas pernas, espirando água pelo resto do meu corpo.

— Você ainda não entrou? — perguntou Dereck. Balancei a cabeça, querendo dizer que "não". — Juro ter ouvido você falar com alguém?

Me virei para encará-lo, levantei minha sobrancelha questionando suas palavras.

— Deve ter sido loucura minha, então. — ele estava indo embora, quando assobiei o mais alto que pude, na hora Dereck se virou: — O que foi?

Apontei para o mar, tentando chamá-lo para nadar, era muito difícil se comunicar sem um tablete ou caderno para escrever, eu que nunca aprendi Linguagem de sinais, estava perdida.

— Quer que eu entre no mar? Com você? — acenei com a cabeça. — Eu não posso.

Não consegui evitar a minha expressão de decepcionada, ele se aproximou.

— Eu acho melhor me manter longe. — se virou para ir embora, então agarro sua mão, fazendo parar. — Não sei o que você quer, me deixa confuso que tenha simplesmente participado de um naufrágio que só você sobreviveu.

Puxei sua mão novamente, em direção ao mar, desta vez ele cedeu, arrancou sua mão da minha e então tirou sua caminha. Eu estava boquiaberta, Dereck McBack, ele um homem muito gostoso, ele tinha tatuagens e eu adorava tatuagens em homens, ainda mais quando tinha um corpo malhado como o dele.

Entrei no mar primeiro, para parar de olhá-lo boquiaberta, a agua estava gelada e o sol da manhã não era muito quente. Ouvi o som de um Splash, Dereck já tinha mergulhado no mar e se encontrava na minha frente.

Percebi que derrubei um muro ao redor dele, pois o mesmo cedeu o meu convite e nadava comigo.

Primeiro movimento, marcado!