(capítulo 2) Na metade do caminho!

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Ainda não eram 10 da noite quando entramos na cidade de cerca de 24 mil habitantes cuja virtude principal era ser o berço do famoso produtor de espetáculos do oeste , Buffalo Bill Cody.
North Platte serie a última parada na civilização - ou pelo menos a última parada aberta - por que passaríamos naquela noite , enquanto nos dirigíamos para o nordeste ao longo dos vastos campos de milho , onde não havia nada além de cervos , faisões e uma ou outra casa de fazenda. Haviamos planejado com atencedência parar ali para encher o tanque e também o nosso estômago.
Depois de encher o tanque em um posto Sinclar , emtramos na Jeffers Street , e percebi que estávamos passando por um cruzamento no qual , se virássemos à esquerda, terminaríamos no centro Médico Regional de Great Plains. Foi lá que passamos quinze dias de pesadelo em março, muitos deles de joelhos , orando para que Deus poupasse a vida de Colton . Deus poupou-a , mas Sonja e eu costumavamos brincar dizendo que aquela experiência arrancou alguns anos da nossa própria vida.
Às vezes , rir é a única maneira de processar os momentos difíceis, então, enquanto passávamos pelo desvio, decidi provocar Colton um pouquinho.
- Ei, colton, se viramos aqui , podemos voltar para o hospital - disse eu.
- Quer voltar para o hospital?
Nosso aluno do jardim da infância deu uma risadinha no escuro.
- Não, papai, não me mande para lá!
Mande a cassie... a cassie pode ir para o hospital!
Sentado ao lado dele , a irmã riu.
- Nã-não! Eu também não quero ir!
No banco do carona, Sonja se virou para ver o nosso filho , cujo assento estava colocado atrás do meu. Vi seus cabelos louros cortados à escovinha e seus olhos azul-celestes brilhando no escuro.
- Você se lembra do hospital, Colton? - perguntou Sonja.
- Sim , mamãe, eu me lembro - disse ele. - Foi onde os anjo cantaram para mim.
Dentro da caminhonete , o tempo congelou. Sonja e eu olhamos um para o outro , passando uma mensagem silenciosa: será que ele acabou de dizer o que eu acho que ele disse?
Sonja se inclinou e sussurou:
- Ele já tinha falado sobre anjos com você antes?
Sacudi a cabeça negativamente.
- E com você
Ela sacudiu a cabeça dizendo que não.
Vi um Arby's , estacionei e desliguei o motor. A luz branca de um poste de rua invadiu a caminhonete. Virando o corpo em meu assento, olhei para trás, para Colton. Naquele instante , fiquei impressionado com o tamanho dele , um menino tão pequeno. Ele era realmente um sujeitinho que ainda falava com uma inocência afetuosa ( e às vezes constrangedora). Se você é pai , sabe o que quero dizer: a idade em que uma criança pode apontar para uma mulher gravida e perguntar ( em voz muito alta) : "papai , porque aquela mulher é tão gorda? " Colton estava naquela curta fase da vida em que ainda não se aprendeu a usar o tato ou os disfarces.
Todos esses pensamentos passavam por minha mente enquanto eu tentava imaginar como respoder à simples declaração de meu filho cantando para ele.
Finalmente , entrei de cabeça
- Colton, você disse que anjos cantaram para você quando você estava no hospital?
Ele balançou a cabeça vigorozamente.
- O que eles cantaram para você?
Colton virou os ohos para a direita, como para se lembrar.
- Bem , eles cantaram "Jesus me ama" e "Josué lutou na batalha de Jericó" -disse ele com seriedade.
- Eu pedi para eles cantarem" we will, we will Rock you" , mas eles começaram a rir e não quiseram cantar esta.
Enquanto cassie ria baixinho , percebi que a resposta de Colton havia sido rápida e direta, sem um mínimo de hesitação.

O céu é de verdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora