Till I Found You

Chukriá: Obrigado.

Algumas palavras em hindi e seus significados. 

Dada: Vovô; 

Mamadi: Mãe; 

Baldi: Pai; 

Firanghi: Estrangeira; 

Chupt karo: Cale a boca, Não diga isso; 

Dakho: Veja, Preste atenção; 

Rajkumari: Princesa; 

Dja Dja: Vá, quando você está mandando alguém ir; 

Chukriá: Obrigado(a).

Meera Yang Adaani

Dias atrás eu e o Seungjo empacotamos as coisas dele e deixamos tudo arrumado para o dia da sua mudança. Minha tia não deixou de tentar persuadir o Seungjo a lhe dar uma cópia da casa e também a me persuadir a deixar a minha com ela e não contar ao Seungjo, o que óbvio que ele descobriu isso e decidiu (para desespero da minha tia) não dar o endereço do apartamento para ela. Em sumo, esses últimos dias dele aqui em casa foram uma loucura, por causa da faculdade e da mãe dele que fazia questão de deixar ele louco.

Quando o dia da mudança chegou, eu ficaria responsável junto com o Eungjo de levarmos o seu irmão com as coisas dele para o novo apartamento. Quando colocávamos as coisas no carro, pude escutar as infinitas recomendações que a minha tia estava passando para ele que fazia uma cara de tédio enorme para a mãe que retribuía lhe dando tapinhas no braço. Quando, enfim, estávamos livres para ir o processo de subir as coisas foi um pouco demorado, mas assim que as duas malas grandes e as 5 caixas foram acomodadas na sala o Eungjo, que estava cansado pelo esforço se despediu do irmão com um abraço apertado e logo saiu pela porta em direção ao elevador, então ficamos apenas eu e o Seungjo nos encarando.

— Então... é aqui que a gente se despede. – falo sorrindo para ele.

— É... até amanhã na faculdade. – diz ele com as mãos dentro dos bolsos e sorrindo de volta.

Ainda nos encaramos por alguns segundos quando decido me afastar e faço o mesmo caminho que o Eungjo, no fundo fico esperando que ele me pare e me beije como só ele sabe fazer, mas ele não o faz. Quando passo da porta me viro e ele continua parado na mesma posição me encarando fixamente, sou despertada pelos gritos do Eungjo de que o elevador já havia chegado e que ele ia descer sem mim, sem dizer mais nada desvio o olhar dele e começo a caminhar rapidamente em direção ao elevador.

Chego em casa pouco mais de 20 minutos depois e fico pensando no que vai ser daqui para frente sem ele 24 horas ao dia pela casa. Será que ele vai desistir de nós? Como assim nós?! Nunca houve nós. Balanço a cabeça para espantar esses pensamentos e antes que eu faça qualquer coisa meu celular começa a tocar em cima da cama, quando olho no visor quem está ligando, penso seriamente em recusar a ligação, mas sei que vai ser pior.

— Oi mãe. – falo assim que atendo o telefone.

— "Oi mãe"?! Como assim, "Oi mãe"?! Faz uma semana que eu tento falar com você! Você não atende as minhas ligações e me fez de idiota no dia da palestra na sua faculdade. Quem você pensa que é garota? Eu sou sua mãe e exijo respeito! – vocifera ela de uma vez, quase posso sentir como se ela estivesse falando na minha frente.

— Aconteceram muitas coisas essa semana, por isso não pude falar com você, mãe. – respondo respirando fundo e tentando não perder a paciência.

— Muitas coisas uma ova! Se tem uma coisa que eu não ensinei você a fazer, foi mentir! Eu deveria ter trazido você para a Alemanha comigo ao invés de dar corda e ouvir o seu pai. Ele só sabe te mimar. Quem você acha que paga esses seus luxos? Quem paga essas suas roupas caras? E esse seu carro, quem pagou por ele? Você? – diz ela ácida como sempre, não tarda e sinto meus olhos encherem de lágrimas.