O relógio marcava sete horas quando Anahí terminou de se arrumar. Observou então o reflexo no espelho aprovando a composição. O azul marinho sempre lhe caíra muito bem, parecia realçar seus olhos. Sem pressa ela pegou a bolsa e deixou seu apartamento. Em meia hora estacionava seu Pajero ao lado da Barnes & Noble. Algumas pessoas já estavam próximas à livraria, e um grupo de jovens entre 17 e 20 anos a abordou.
– Anahí! – Uma delas exclamou – Posso tirar uma foto com você?
Anahí: Claro. – Respondeu com um sorriso, abraçando a garota e posando para a foto.
– Sou uma enorme fã sua. – Confessou a outra, pedindo também uma foto.
Any posou ao lado de cada uma das garotas e autografou os livros que elas traziam em mãos. Depois de receber mais um bocado de elogios e abraços, ela se despediu, entrando na Barnes pelo portão lateral.
– Elas amam você. – Constatou a promotora do evento.
Anahí: Acho que ainda estou aprendendo a lidar com todo esse reconhecimento. – A promotora sorriu.
– Eu li o seu livro. Adorei.
Anahí: Obrigada.
– Hey, garotas! Por aqui. – Vestindo um terno chumbo, o moreno de olhos verdes e barba cerrada as chamou.
Anahí: A livraria está incrível. – Elogiou, observando o ambiente. Seguia o padrão de todas as Barnes & Noble. Dois andares amplos, ligados por escadas rolantes e o espaço destinado ao Starbucks no andar superior. – Como vai funcionar a abertura?
– Adam vai falar algumas palavras, então você corta o laço da porta da entrada principal e deixamos que as pessoas entrem e conheçam a loja, enquanto desfrutam do pequeno coquetel que preparamos. – Explicou a promotora – Então será a sua vez de falar alguma coisa. Preparamos uma bancada para que você possa ficar e ter um contato com o pessoal.
Anahí: Tudo bem. – Assentiu.
Adam: Aliás, eu sou o Adam. – O moreno disse, estendendo a mão para cumprimentar Anahí – Sou o responsável por toda a rede da Barnes & Noble aqui de Nova Iorque. Obrigado por aceitar o nosso convite.
Anahí: Imagina. Me senti lisonjeada. – Respondeu sincera e recebeu um sorriso torto como resposta. Anahí podia estar enganada, mas ela conhecia bem aquele tipo de sorriso. Era o sorriso típico de homem galanteador. Intrigante, instigante.
Adam: Vou te levar para conhecer a livraria antes da abertura. Topa um café? – Convidou.
– Nosso horário está um pouco apertado, Adam. – Avisou a promotora, observando o iPad que trazia nas mãos – Temos que dar início à abertura.
Adam: Hum... – Torceu os lábios a contragosto – Certo. Não gosto de fazer ninguém esperar. Espero que possamos marcar esse café para outro dia então, Anahí. – Any estreitou os olhos, analisando-o, então soltou o mesmo sorriso que ele havia lhe dado segundos atrás.
Anahí: Quem sabe um dia desses. – Respondeu, comprimindo os lábios. Bem, pelo visto, da antiga Anahí restara também a facilidade com que lidava com joguinhos de sedução. Nem mesmo os anos trancafiada haviam roubado dela o tato que tinha com os homens.
O evento ocorreu exatamente como a promotora havia explicado. Agora, atrás da bancada, Anahí sorria e tirava fotos com as pessoas que chegavam até ela. Foi quando seus olhos se prenderam na morena que ocupava o próximo lugar na fila. Maite acenou. E Anahí paralisou.
Maite: Hey! Só assim para eu conseguir encontrar você! – Reclamou com um sorriso nos lábios. – Eu devia te matar por não atender as minhas ligações. Estou tentando falar com você há tanto tempo que eu nem sei mais quanto tempo faz! – Emendou, ainda mantendo aquele ar bem humorado tão típico dela.
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Never let me go | Pausada
FanfictionFim: s.m. O que termina; extremidade no tempo e no espaço: o fim do ano; o fim de um livro. E que o nosso fim seja repleto de meios. Meios! Não metades. Meios intensos, meios sedentos, meios inteiros. Segundo livro da série Let me go. - Um romance...