Chamas

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(...)
Realmente... Eu achei que isso nunca poderia acontecer. Mas aconteceu. E foi horrível!
Durante a minha peça tão motivante, um atentado aconteceu...
Fogo.
Em toda parte.
Apresentava a cena final, e então... De repente, surge uma grande labareda alaranjada no cenário ao meu redor. E segundos depois, nas últimas fileiras da plateia, surge outra. E depois outra. E outra. Todos começaram a se desesperar! E eu? A minha primeira reação foi olhar para o rapaz em quem me encantei só de observar. Sim, eu sou uma tola quando se trata de relacionamentos.
Ele ajudava várias mulheres que tinham crianças e bebês no colo. Notei que tinha fogo em volta de mim. E não teria saída. Todos os arredores do palco e cortinas estavam cobertas pelas labaredas flamejantes... Entrei em desespero. A minha única saída era pular do palco. Mas ele era altíssimo, e o mínimo que iria ganhar pulando de lá, era uma perna quebrada!
Olhei para o rapaz. Seus olhos tinham aparência de preocupado, desesperado! E de repente, seus olhos tensos encontraram os meus. Ele percebeu que eu não tinha saída. E correu até mim. Quando chegou na base do palco, gritou:
- Pule moça! Eu a segurarei! Não a deixaria aí, em apuros. Venha! - disse ele, dando um pequeno sorriso educado.
- Não te conheço. Como saberei que você não irá me enganar? - digo, testando-o.
- Você simplesmente não saberá! Terá que confiar em minha palavra. É tudo o que tem! Quero salvá-la!
- Tudo bem. Por favor, não me solte. Tenho muito medo de altura... - Pareci uma idiota ao dizer isso! Decepção! Mas eu tenho muito medo de alturas mesmo!
- Nunca farei isso! Não se preocupe... Agora vamos, pule! Ou o cenário irá cair em você.
- Está bem! - disse, fechando os olhos com força e empurrando meu corpo pra frente.
E é claro que o bonitão me segurou, não é? Quando ele me pegou, caiu no chão junto comigo. Mas só por ter salvo minha vida, deu vontade de beijar ele alí mesmo! Porém, as responsabilidades vem primeiro. Ele levantou e me ajudou, perguntou se eu estava bem, olhou profundamente nos meus olhos, segurou minha mão e saiu correndo, me puxando junto com ele.
Nos guiou à uma porta. A única que não estava coberta pelas chamas. E lá, ele olhou para mim, deu um sorriso e soltou minha mão. Então olhou para porta e seu sorriso logo desapareceu. Por um segundo não fez nada. Depois afastou o pensamento e deu uma pesada muito forte na porta. Assumo que eu levei um baita susto! Ele deu uma, duas, três... Na quarta a porta se abriu com tudo! A pancada foi tão forte que o batente rachou-se. Eu fiquei impressionada na hora, mas não tive tempo de perguntar como ele tinha tanta força, pois ele já foi pegando minha mão novamente, me puxando com força e gritou:
- Vamos? Vocês vão ficar aí parados enquanto o teatro se despedaça? Eu só abri uma porta! - nós dois rimos.
Corremos até a saída de emergência onde dava ao estacionamento e depois de alguns minutos, os bombeiros chegaram quando já estávamos na rua.
Haviam muitas pessoas feridas, e outras gravemente feridas. Eu, saí com um arranhão no calcanhar e borralhos das chamas no rosto. O rapaz, saiu com boralhos e várias queimaduras no braço.
A ambulância anunciou que tínhamos 193 pessoas dentro do teatro, 5 morreram e 59 saíram gravemente feridas e o resto, não se feriu tão gravemente.
A maioria das pessoas agradece o tão belo rapaz que ainda segura minha mão com força (como se ainda estivesse preocupado e desesperado), ele assente com a cabeça para as pessoas e me puxa junto dele em um canto da Avenida e diz:
- Ei, escute o que eu vou dizer com muita atenção! - diz ele enquanto olha para todos os lados, possivelmente procurando câmeras - Eu quero que venha para a minha casa, e lá conversamos, aqui não é um lugar seguro! Por favor! Eu imploro... Não posso ficar aqui de bobeira com você, você e eu corremos perigo...
- Perigo? Como assim? Não te conheço... Vai lá saber se você quer me matar ou me usar? Vou para casa!
- Não! Isso seria a coisa mais idiota que você poderia fazer! Vamos comigo, ou eles irão vir atrás de nós! - quando ele disse "eles", tive uma onda de arrepio passando pelas minhas veias e perguntei:
- Você é procurado?
- Não! Bom, sim... Mas não pela polícia! Sou procurado por caras muitos perigosos que querem me matar!
- O que você fez?
- Nada! Eu estou "respondendo pelos crimes do meu pai" - ele fez um gesto de aspas com as mãos para indicar sarcasmo. Quase soltei uma gargalhada, mas engoli.
- Ótimo, que lindo... Estou com um fugitivo da máfia, legal!
- Shiiu. Fale baixo... Eles tem olhos em todos os lugares! Então, você vai ou não para minha casa?
- Ok, ok! Eu irei... Mas não faça eu me arrepender, por favor!
- Claro.
Ele continuou correndo segurando minha mão, ele estava ficando muito tenso, sua mão começava a transpirar , eu estava ficando confusa, nem sabia o nome dele, acho que nem poderia no meio da rua... Quando chegarmos vou perguntar... Por que será que eu me apaixono pelos mais misteriosos? Não sei, isso é realmente um mistério para mim!
(...)
E continua no próximo capítulo, galera!
Programado para: 25/07/2015
Às 21:00h
Até lá, leitores!
Boa leitura.
Um beijo para vocês, pudim para vocês e fui...

Proteger! (Fanfic - Richard Madden)Onde histórias criam vida. Descubra agora