Plano A

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(...)
- Ei, olha! Aqui é a cozinha, onde eu preparo as minhas melhores gororobas. Gostaria de provar uma delas? - disse Rick, me guiando com sua mão na minha cintura. Mostrando uma cozinha impecável! Um fogão de seis bocas, copa, mesa de jantar, geladeira branca e móveis de madeira...
- Claro que sim! - Ele se afasta um pouco para poder tirar o blazer sem esbarrar em mim. Fica somente com a camisa social branca, afinal a gravata ele tinha tirado enquanto corríamos. Ele estica as mangas deixando à mostra as queimaduras que o incêndio deixou no seu braço.
- Seu braço. Deixe-me ajuda-lo... Minha mãe era boa com curativos para queimaduras, por causa do seu emprego culinário. Ela me ensinou muitas coisas - digo. Ele me observa por alguns segundos e assente com a cabeça.
Ele senta em uma das cadeiras da Copa da cozinha. Eu peço pra ele me dar algodão, álcool, curativos... Todo o necessário! Limpo a sua pele com o algodão encharcado pelo álcool. Ele estremece algumas vezes e fecha as mãos com tanta força que dá para ver as juntas delas ficarem brancas.
E de repente, ele esquece a dor e apenas me observa, curioso, tentando desvendar o "desafio" que eu sou. Eu olho pra ele:
- Perdeu alguma coisa, rapaz? - digo, rindo.
- Ah... Perdi meu coração! - disse ele com aquele sorriso de falta de vergonha na cara.
- Canalha! - digo, rindo e dando um tapa em sua perna direita. Ele ri.
- Antes de qualquer coisa, vamos comer! Estou morrendo de fome... Sério! - disse ele.
- Está certo. Estou faminta também!
- Espera aí! Você acha que vou fazer a comida sozinho? Pode esquecer, patroa! Vem cá! Chega mais perto do fogo pro negócio ficar quente hahaha - disse ele com cara de canalha.
- Você tem que aprender a ser menos cretino, Rick - gargalhei - a única coisa que vou deixar você fazer ficar quente, é a comida!
- Ah, assim não tem graça!
- Sem noção!
- Mandona!
- Agora chega, mocinha! Eu sei que você é linda... - digo para o Rick.
- Com certeza! Mãos à obra? Estava pensando... Hoje vamos fazer o meu famoso estrogonofe de frango!
- Tem razão. Estrogonofe é vida!
- Claro, Di! Você quem manda...
Ficamos mais ou menos 30 minutos fazendo e preparando tudo... Enquanto estávamos esperando terminar de cozinhar, tomávamos uma garrafa de vinho. Damos muitas risadas. Paramos de rir por um instante e então ele me observou por alguns segundos e disse:
- Você é linda, sabia?
- Rick, você está bêbado!
- Eu sei. Mas não é por isso que estou falando... É por que é verdade! Todo mundo acha você linda, só você que não!
- Poderia dizer o mesmo de você!
- Não, não poderia! Eu sei que eu sou lindo, meu bem! - diz ele com voz de bêbado e gay ao mesmo tempo. Nós dois rimos.
- Ei, olha só! Oi, rapaz - diz Rick, apontando para um cachorro muito bonito de olhos verdes e pelos beges - Esse aqui é o Luke, meu cachorro labrador.
- Oi Luke! - digo fazendo carinho no pescoço dele - Você é lindo, sabia? Seu dono deve cuidar muito bem de você, hein?
- É verdade! Eu cuido muito bem das coisas que amo. Não só o Luke, mas as pessoas também.
Eu sorrio... E o silêncio, reina!
(*)
- Ei, Di, venha sentir esse cheiro maravilhoso aqui! - Rick grita.
- Estou terminando de me trocar, Rick! Você não tem uma bermuda menor, não?
- Não, essa é a menor que eu tenho... Não serve mais em mim. Fica apertada na minha bunda.
- Ai nossa... Você iria ficar uma gracinha com ela! - digo maliciosamente. Ele ri.
Voltei para a cozinha com uma bermuda bege e uma camisa social branca gigantesca!
Ele me olhou interessado e disse:
- Melhor você dormir na minha cama hoje! - diz ele.
- O quê? - digo assustada.
- Calma, querida... Não vou dormir com você. Vou dormir perto do Luke, no sofá.
- Ah, mas e você? Sofá dói as costas! Não é confortável.
- Eu dou meu jeito, Di... Você pode dormir lá tranquila.
- Ok, então!
Comemos e conversamos, depois fomos lá para cima. Ele me chamou para conversar sobre o tal "Plano A" que ele tanto falava.
- Preste atenção! Os mafiosos tem um lugar onde se encontram e moram... Lá ninguém entra se não tiver crachá! E eu tenho uma foto do mafioso que meu pai matou! Ele levava um crachá no pescoço! E meu pai conseguiu roubar dele... Aqui está - ele me mostra o crachá em bom estado com nome e apelido do tal Big White - com isso aqui, podemos fazer copias iguais com nomes e fotos diferentes!
- Mas espera! Você vai entrar junto comigo? Se estiver pensando nisso, é idiotice! Eles conhecem a sua aparência... Vão perceber!
- É exatamente isso que eu quero que aconteça!
- Mas, você vai morrer!
- Veremos!
(*)
Ele me levou ao quarto dele pegou um travesseiro para mim, um para ele e colocou cobertores sobre a cama.
Percebi que ele realmente estava me dando privacidade e respeito.
- Ei! - digo, pegando sua mão. Ele olha para mim - Eu nunca tive chance de agradecê-lo, obrigada! Por tudo! Sério mesmo - dou um abraço caloroso nele e nos afastamos um pouco, à distância de poder ver meus olhos...
Ele se aproxima de mim, o mais próximo que já estivemos. Eu sentia sua respiração, estava calma e regular. A minha estava desesperada e ofegante.
Ele passa a mão na minha bochecha direita, me puxa para junto dele delicadamente e sinto sua outra mão na minha cintura. Oh, Meu Deus! Ele vai me beijar! Tento me acalmar e acaricio seus cabelos da nuca com os dedos... Não aguentava mais aqueles centímetros de distância! Ele puxa meu rosto junto ao dele e nossos lábios se encostam. Como se dançassem. Depois que paramos, perguntei:
- Rick, você está bem?
- Sim, eu estou. E você?
- Sim! - digo, rindo.
Ele puxa meu rosto contra o dele novamente e agora me beija melhor, com mais segurança. E sinto uma onda de arrepio e de vergonha. Tudo junto. Só sei que foi muito bom.
Ele me solta.
- Vou dormir - diz ele
- Está bem.
- Ah, só uma coisa... Você nunca precisará me agradecer por nada. Não fiz mais que obrigação. Eu, vou te proteger!
(...)
E continua no próximo capítulo, galera!
Em breve:
Capítulo 4°
26/07/2015
Às 15:00h
Beijo pra vcs, pudim pra vcs e fui...

Proteger! (Fanfic - Richard Madden)Onde histórias criam vida. Descubra agora