Capítulo 12

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A iminência do nascimento da nossa princesa me deixava em um estado de expectativa constante, como se cada batida do meu coração fosse um eco do que estava por vir

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A iminência do nascimento da nossa princesa me deixava em um estado de expectativa constante, como se cada batida do meu coração fosse um eco do que estava por vir. Eu havia devorado todos os livros sobre gravidez e cuidados com bebês, cada página repleta de informações que se tornaram parte de mim, como se eu estivesse absorvendo um novo idioma. Com um orgulho quase palpável, participei de todas as aulas preparatórias para pais de primeira viagem que Ayla frequentava, destacando-me como um dos poucos homens presentes em cada sessão. Estava sempre atento, ansioso para aprender, absorvendo cada palavra como se fossem mantras sagrados. A ansiedade se misturava a uma alegria imensa que pulsava no meu peito, transformando cada dia que passava em uma contagem regressiva para o momento mais mágico de nossas vidas, um dia que logo se tornaria realidade.

- Dante Mariani.

Então, o grito de Ayla ressoou pela casa como um trovão, fazendo meu coração disparar em um ritmo frenético. Saltei da poltrona, a adrenalina correndo em minhas veias, e corri até ela, sem pensar duas vezes.

- Algum problema, minha rainha? - perguntei, a preocupação estampada no meu rosto, com todos os sentidos em alerta.

- Sim, seu idiota! - ela explodiu, segurando uma toalha com força. - Estou enorme, carregando sua filha, e você ousa deixar nosso quarto uma bagunça? - A toalha voou em direção ao meu rosto, um ato impulsivo que refletia sua frustração. - Não sou sua empregada!

- Me desculpa... - comecei a dizer, mas ela me interrompeu, a frustração transbordando como um rio caudaloso.

- Cale a boca e conserte essa bagunça! - cruzou os braços, a respiração ofegante, e as lágrimas brilhavam em seus olhos, misturadas com uma raiva que eu sabia ser temporária, mas que me partia o coração.

Peguei a toalha, sentindo a culpa me corroer como um ácido. Sabia que a explosão de Ayla era resultado dos hormônios, da ansiedade e de pensamentos intrusivos que a atormentavam. Alguém havia feito um comentário cruel sobre a aparência dela, e, embora ela não tivesse me contado diretamente, percebi que isso havia revivido inseguranças que ela já havia enterrado. A fragilidade por trás daquela raiva me fazia querer proteger o que mais amava, e, ao mesmo tempo, me deixava impotente.

Ao voltar ao quarto, a encontrei diante do espelho, girando lentamente, examinando cada ângulo de seu corpo refletido na superfície. Aquele corpo, mesmo transformado pela gravidez, era uma obra-prima que me deixava hipnotizado. A cada curva, a cada detalhe, a atração era avassaladora. A simples ideia de tocar cada centímetro daquela pele me deixava completamente excitado. Mas, respeitando o momento delicado que ela vivia, me afastei e fui direto para o banheiro, onde um banho gelado parecia a única solução para controlar meu desejo. O contraste entre a urgência do meu anseio e a necessidade de acalmá-la era angustiante, um turbilhão de emoções que me consumia.

- Amor? - sua voz suave quebrou o silêncio do banheiro, e eu sabia que sua insegurança a acompanhava como uma sombra.

Enrolei uma toalha na cintura e abri a porta, encontrando seus olhos cheios de uma dor lancinante, como se eu a tivesse rejeitado. A vulnerabilidade dela me atingiu com força, e percebi que precisava agir.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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