Então por que ela estava ali de novo?

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Ling abriu os olhos, encare suavemente o teto diante dela e a visão era estranhamente familiar. Bom, ela tinha quase certeza que havia saído dali e até mesmo se despedido de Orm.


Afinal aquele lugar era a casa de Orm.

Então por que ela estava ali de novo?

Sem saber como havia chegado na casa, Lingling também não lembrava como havia perdido suas roupas. Ela estava completamente nua em meio aos lençóis.

Lingling pensava em suas opções, talvez ela tivesse bebido e havia esquecido que tinha acontecido? Vai saber, ela era boa com álcool, então ela não sabia dizer.

Apesar de não saber o que estava acontecendo ela apenas resolveu procurar por Orm. Estava frio, mas ela não tinha o menor sinal da roupa dela e se enrolar em longos lençóis parecia a única opção.

Não costumava fazer tanto frio, mesmo que houvesse ar condicionado, isso a fazia lembrar dos invernos no norte da China e definitivamente todo aquele frio não combinava com Tailândia.

Agarre aos panos panos quentes, ou a unica opção de algum aquecimento, enrole tudo ao redor de si mesma e vá para o escritório. Orm deveria estar lá.

Mas chegue lá e fique paralisada na porta, apenas para ver Orm com uma outra mulher sentada sobre ela. Aquilo era não só surpreendente como também chocante.

Ling ficou sem reação, não havia outra forma de dizer o que se passava com ela, ela estava paralisada e nem mesmo sabia o que pensar. O torpor do vazio mesclado a multidão.

Mas era ainda pior principalmente por ver que quem estava guiando tudo aquilo, cada movimento, suspiro e trejeitos que aconteciam entre as duas era Orm.

A mulher sobre ela... Ling não sabe quem é, mas passa algum traço de familiaridade. Ela apenas pode ver o corpo esguio e atlético apesar de magro.

A pele clara e suave em meio aos cabelos caídos que mais pareciam um lindo véu negro caindo sobre os ombros e costas

Ela até quis dar mais um passo ou falar alguma coisa, ou simplesmente dar meia volta e ir embora, mas ela não conseguia.

Quase como se estivesse fincada ali naquele lugar.

Os pés pesavam e ela estava ali ancorada.

Tudo que ela podia fazer era... olhar.

Observe e sinta o coração acelerar em meio a uma angustia crescente do desconhecido e da afronta de estar presenciando tudo aquilo.

O quarto parecia mais quente ainda,  mesmo que ela visse Ora tendo as roupas arrancadas uma por uma, ela apenas sentia frio e mais frio.

Os cabelos negros da mulher se perdiam nas costas nuas de pele alva. A mulher devorava Orm sem muita suavidade.

Escute os suspiros e o entrelaçar de bocas. Ela podia ouvir o movimento das línguas e o selar dos lábios.

Tudo aprecia ainda mais fervoroso e afoito entre as duas.

Aquela era uma situação... Estranha para dizer o mínimo.

Orm segurava a mulher em seu colo, envolva ela pela cintura e a faça suspirar.

Use as unhas para arranhar e fazer a mulher arquear. Quase como uma súplica arqueie o olhar e a cabeça apenas permitindo que a garota brinque com a pele e com a carne.

Ling sentia cada vez mais frio. Ela apenas podia mover brevemente as mãos e apertar ainda mais os panos que a cobriam contra o seu corpo.

O silêncio era um elemento importante, havia uma atmosfera completa, embargada e inebriante. Bêbada de amor e de sexo.

Até que escute o celular tocar, as mãos se afrouxam e os suspiros afoitos se mostram um pouco decepcionados, finalmente as duas param tudo apenas para encarar Ling que permanecia parada em frente a porta do escritório.

Uma presença constante e familiar que insistia em se comportar como uma estranha e uma desconhecida que estava meramente de passagem.

Orm sorria lindamente e parecia sorrir ainda mais largo ao olhar diretamente para aquela Ling paralisada diante dela, mas o pior para Ling é perceber que a mulher no colo de Orm é a própria... Ling.

Os lábios marcados e os cabelos desgrenhados. Lingling não parecia perceber que ela mesma estava diante dela. A mulher saiu do colo de Orm e saiu do escritório como se não percebesse que houvesse mais alguém ali e que principalmente estivesse observando tudo.

Ling tocou suavemente nos lábios recém beijados e sorriu um pouco mais feliz. Saia pegando um pano qualquer, aquele dia chuvoso estava estranhamento frio.

Passe pela presença que nada é.

Orm que parecia se divertir um pouco apenas apontou para Ling parada enrolada nos lençóis, quase como se ignorasse completamente que uma outra Ling havia acabado de sair de cima dela.

"Você não vai atender?"

Orm apontava para Lingling, mas o único reflexo foi de olhar para fora do escritório. Não havia nada além de um celular barulhento.

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A outra havia sumido.

Abra os olhos. Apenas para perceber que aquilo havia sido um sonho. O celular era a única constante e que tocava quase que desesperadamente.

A cabeça dela doía como o inferno.

Mas não era atoa que Ling havia visto outra dela mesma sobre Orm, ela estava sonhando. Mas aquilo mais pareceu com um pesadelo.

Toque suavemente sobre os olhos e deslize os dedos pelas pálpebras, aquele havia sido um sono que mais causou problemas do que gerou descanso.

Ela parecia estar ainda mais cansada agora.

Após chegar da casa de Orm e ter tido um bom momento com a garota em um café da manhã, ela apenas resolveu tirar algum tempo na cama que a chamava.

Era muito satisfatório poder dormir um pouco após comer bem.

Mas agora ela havia acordado um pouco mais mau humorada do que poderia assumir facilmente e a cabeça parecia prestes a explodir.

Estique os braços para tocar o metal frio do celular sobre a mesa de cabeceira.

O celular tocava incessantemente e foi especialmente irritante ver quem estava ligando.

Lingling apenas podia suspirar, ela tinha negócios a tratar com aquela pessoa então não atender não era exatamente uma opção.

"Oi Bam... Você quer mudar novamente a cor do piano? Essa não é a quarta mudança? Eu não vou mudar de branco gelo para branco areia, você apenas está fazendo perder dinheiro e material...."

[LingOrm] IntrinsicOnde histórias criam vida. Descubra agora