Lucas

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A reunião tinha sido um sucesso, mas não conseguia me esquecer dela. Aquela morena, de vestido vermelho não saiu do meu pensamento pelo resto da noite. A menininha me lembrava alguém, mas acho que eu estava imaginando coisas, nunca tinha visto elas em lugar nenhum, então isso nem fazia sentido.
Roberto gostava dela, isso estava na cara. Ele era bem profissional, mas ficava desconcentrado todas as vezes em que ela abaixava para pegar a filha.
Cheirosa. Foi o que constatei quando ela veio se despedir. Queria convida - la a esticar a noite, mas não acho que seria muito educado da minha parte, já que ela era acompanhante dele. Mas isso não fez com que eu deixasse de imaginar várias formas de tirar aquele vestido. Foi por isso que ,discretamente, eu dei meu número para ela.
Quando saí do restaurante, resolvi terminar a noite numa boate famosa, não muito longe. Nenhuma das mulheres que dançavam me chamaram a atenção, apesar da pouca roupa e das danças sensuais. Me sentei no bar e pedi um whisky.
- Ta desacompanhado? - perguntou uma loirinha que mantinha a mão na minha calça, brincando com meu zíper.
Apesar de sua ousadia, não sentia nada. Até ela começar a massagear a área. Num impulso, pressionei ela no balcão e tomei sua boca na minha. Não demorou muito para que ela correspondesse e menos ainda para que aceitasse ir para um lugar mais calmo.

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Acordei com pernas agarradas as minhas. Não era um costume dormir com desconhecidas, mas acabava acontecendo as vezes e isso não queria dizer que eu a trataria mal.
Fui até a cozinha,preparei um café, arrumei a mesa,liguei e pedi que entregassem o pão. Enquanto isso, fui tomar um banho. Quando saí, ela já tinha acordado.
- Entregaram isso aqui. - e levantou a sacola do pão.
- Aah, tudo bem. É pão. Pode comer. Deve ter manteiga e presunto e queijo na geladeira. - falei enquanto me sentava na mesa.
Foi então que percebi que ela chorava.

Coincidências do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora