Capítulo 4 - Mari

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Não, eu não iria atender, mas soltei a lâmina. A pessoa continuava batendo insistentemente na porta. Tirei meu vestido e entrei no chuveiro de novo. Isso não podia ter acontecido. Mas que merda!
Quando saí do banho, já tinham parado de bater, mas minha filha estava chorando.
- Princesa, o que foi? - sentei em sua cama e acariciei seus cabelos.
- Sonho ruim mamãe. - ela fungava, mas o choro havia passado.
-O que foi o sonho?
- Tinha um moço mau. Ele batia na mamãe e falava que era o papai. - Puta merda. Esses sonhos eram o fim. Vez ou outra ela os tinha e era um sacrifício depois, porque ela sempre queria saber onde o pai estava. O que eu iria falar?
- Calma, filha. Eu to aqui. Foi só um pesadelo. Quer dormir na cama com a mamãe?
Ela mais que depressa pegou seu cobertor e desceu as escadinhas. Se deitou na minha cama e ficou me esperando. Puxei ela para pertinho de mim quando deitei. Ela dormiu feito um anjo, eu tive pensamentos nada celestes de um passado ruim.

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