-Ei, o que aconteceu? - como assim? Ela tava bem a cinco minutos atrás e de repente ta chorando? Fui até ela e a abracei.
- É só que... eu nunca cheguei nessa parte. Tomar o café da manhã, sentar e conversar. Todos sempre me dispensavam assim que eu acordava. Eu acho que nunca me senti cuidada igual agora... ai meu Deus... eu to chorando na sua frente. Me desculpa. - ela se afastou e começou a limpar os olhos.
Alguns minutos depois se sentou a mesa e fingiu que nada tinha acontecido. Vai entender essas mulheres.
- Quer sair hoje a noite? Ir pra uma boate ou algo assim? - talvez pudessemos manter esse ritmo, sem relacionamento. Sem compromisso. Sem dor de cabeça.
- Hmm... hoje? Hoje não vai dar. Eu tinha que estar em casa já. Minha mãe vai me matar.
- Você ainda mora com sua mãe? Quantos anos você tem?
- Aaan... mãe? Eu disse mãe? .... Não foi o que eu quis dizer não...- ficou nervosa é porque tava mentindo. Eu só não sabia o porque.
- Quantos anos você tem, mesmo?
- 16. - falou num sussurro e abaixou a cabeça.
- QUANTO? - PUTA QUE PARIU, ela era menor!
- 16. - falou um pouco mais alto. - mas olha, não precisa se preocupar... eu to acostumada com esse tipo de coisa. Ta tudo bem...
- Vem - puxei pelo braço, fazendo-a se levantar -eu vou te levar em casa.
-O QUE? NÃO! - ela estava desesperada. Lancei um olhar dd interrogação para ela - quer dizer... Não precisa. Ta tudo certo. Eu vou de ônibus.
- Eu vou te levar e isso não está em discussão.-*-*-*-*-*-
A casa dela era estranha. A fachada bem envelhecida, a grade do portão já estava enferrujada e ele já nem fechava mais. A casa tinha um andar só. A varanda tinha algumas samambaias mortas e uma cadeira. A impressão era de casa abandonada.
-Pronto, muito obrigada da carona, agora você pode ir embora...
Ela estava desesperada, o que piorou com o surgimento de uma voz atrás dela.
- Filha querida! Dormiu fora? Ele pelo menos te pagou bem? Porque você sabe... Você tem contas pra acertar. - era uma mulher bonita. Com a aparência jovem. Grandes olhos azuis e cabelos loiros. Além disso, a pouca roupa, maquiagem muito pesada, roxos pelo pescoço deixavam evidente o porque de ter perguntado se eu paguei bem. - Gostou do programa? Quando quiser repetir a dose, o número é esse... se precisar de alguém mais experiente que essa putinha aí - e apontou pra filha - é só me ligar nesse outro. - me entregou o cartão e saiu rebolando.*********
Pessoal, peço desculpas pela demora. Sei que estou em falta com vocês e prometo tentar postar com mais frequência! O capítulo de hoje é pra matar a saudade.
Perdão pelos erros ortográficos, me avisem quando acharem algum.
Previsão da proxima postagem: sexta
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Coincidências do Destino
RomanceMeu nome é Mariane, mas todos me conhecem por Mari. Moro em uma cidade no interior de Minas. Sempre fui o tipo de pessoa alegre, que adora conversar, reunir os amigos e tudo mais, mas o que sempre disseram era que eu era uma pessoa muito forte. Quan...