Observava as coisas passando muito rápidas pela janela do carro. Daniel estava correndo muito e seus dedos estavam brancos de tão forte que ele segurava o volante.
Mesmo com a velocidade elevada, ainda conseguia distinguir os lugares que sempre passava em frente quando voltava para casa. O parque rodeado de árvores, um campinho de futebol... O nosso café.
Nosso.
Respiro fundo. Quando o vi com ela eu... Simplesmente morri por dentro. Eu... Senti muito ciúmes. Pensava que tínhamos algo mais do que só algo físico.
Ele freia abruptamente e meu corpo é levemente arremessado para frente. Sem o cinto, minha cabeça teria batido no vidro.
Ele desce rapidamente e logo sou puxada para fora com força.
- Está me machucando... – falo grunhindo tentando ao mesmo tempo tirar o aperto do seu braço. Tentava voltar para o carro para pegar meu material. Poderia sair correndo se ele tentasse me matar ou algo do tipo...
- Larga essa merda e anda logo!
Sou carregada para dentro da sua casa. Atravessamos o hall, a sala de estar, e caminhamos para o corredor onde, o final, estava a escada. O engraçado de tudo isso é que não encontramos com ninguém.
Ele estava furioso. Seu corpo demonstrava isso. A tensão emanava dos seus poros.
Ele escancara a porta do seu quarto e sou arremessada para dentro. Tropeço um pouco, mas me firmo. Vejo que ele passa a chave na porta.
- Daniel... – tento soar calma, mas o medo no tom da minha voz me denuncia.
Ele caminhava na minha direção e eu andava para trás. Não tirávamos os olhos do outro.
- O que tenho que fazer pra te provar que não tenho olhos pra nenhuma garota mais?
Sinto a parede encontrando meus calcanhares. Logo minhas costas se grudam nela. Não tinha saída. Estava presa.
- Me deixe ir... Eu prometo não te perturbar mais e...
Sou surpreendida quando ele cola seu corpo ao meu. Eu só chegava até seu ombro, então eu tinha que ficar com a cabeça erguida para focar no seu rosto.
Suas mãos prendiam meu rosto. Não tinha outra opção a não ser olhar pra ele.
- Como senti falta disso... – ele lentamente, como se eu estivesse prestes a mordê-lo, ele aproxima seus lábios aos meus. Meu coração acelera. Não queria, mas ao mesmo tempo não queria tocar seu corpo.
Quando sinto o contato de seus lábios macios sobre os meus, a tensão acaba. Me derreto.
Grudo com todas as minhas forças nele e ele a mim. Sou prensada na parede. Puxo seus cabelos próximos as minhas mãos. Deus... Eram tão macios...
Sinto uma de sua mão subir sobre minha coxa. Logo sinto a outra na minha outra perna. Ele me ergue um pouco com uma leve sacudida e fico montada e prensada entre ele e a parede. Sua boca devorava a minha sem dó. E eu correspondia com ardor.
Sem pensar, estava tirando sua camisa. Ele me ajudava como podia. Logo a minha segue o mesmo caminho que a dele. Rimos quando um botão fica preso em um brinco meu.
- Vou te colocar no chão um segundo, ok?
Sinto o chão frio do quarto em contato com minha pele quente de desejo. Não estava com medo. Precisava dele. Sentia uma chama se alastrar por meu corpo clamando para ser apagado.
Ele tirava com pressa seus tênis e meias. Começo a rir e retiro minhas sandálias.
- Merda... – ele praguejava quando não conseguia tirar seus jeans.
- Espera. Eu te ajudo.
Baixo seu zíper e desabotôo o botão. Abaixo um pouco a calça, e ele termina por mim.
Meu short já estava no chão. Então estávamos só com nossas roupas íntimas.
Ele acaricia lentamente e delicadamente meu rosto.
- É o quer? Sente estar preparada? – sussurra.
Não respondo. Só aceno com a cabeça.
Ele avança.
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Namorado Alugado
KurzgeschichtenSPIN-OFF DA HISTÓRIA 'ALUGANDO UM AMOR' PLÁGIO É CRIME! Lúcia Miteril Wolfman é fruto de um relacionamento que teve um começo um tanto estranha. Quando soube que seus pais contaram como se conheceram e como se casaram ela ficou totalmente chocada. ...