Capítulo 8

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Ok. Tirando o fato de que você descobre tardiamente que os pais do seu suposto namorado são os mais importantes advogados da cidade... É. Eu estava de boa.

Pra falar a verdade eu nem sabia o nome completo dele. Bom... Descobri agora.

Daniel Christofolli Ferron

Nomes bem complicadinhos... Mas ok.

- Oh! Entrem! Entrem!

A mãe dele, Daniela Ferron, me abraçou como se eu já a conhecesse a milênios ....

- Olá. É um prazer conhecer a senhora.

- Senhora não. Você, por favor.

Sorrio. – Tudo bem...

- Daniel nos contou tudo sobre você! Olho pra ele, que parecia querer fulminar a mãe com seu olhar mortal.

- É mesmo? – sorrio mais. – Espero que sejam somente coisas boas.

- Ele não mentiu sobre como era bonita... – o pai abraça a Daniela, se não me engano era Bruno...

Coro. – Obrigada...

- É hora de comer, sim? – Daniel me empurra em direção a sala de jantar.

- A casa é linda, Daniel... – cochicho pra ele.

Ele ri. – Era dos meus avos, e agora são dos meus pais. Aceno com a cabeça.

A sala era imensa. A decoração, impecável. Candelabros pendurados nos tetos, uma longa mesa de uma pesada madeira. Várias cadeiras estofadas... Eee... Uma deliciosa refeição em cima dela.

- Sentem-se! Sentem-se...

Logo que sentamos, Daniel e eu somos bombardeados de perguntas de como nos conhecemos, a faculdade, a festa...

Se você faz Direito, e está sentada na mesma mesa com os melhores advogados da cidade... Bom. Deve saber a pressão psicológica da pessoa. Que no caso sou eu.

Explico tudo muito calma e conto algumas experiências desagradáveis em algumas provas. O bom era que eles entendiam o que eu falava, o que era ótimo.

- Chega de falar sobre a faculdade, sim? – diz Daniel me servindo uma espécie de carne recheada. O cheiro estava ótimo.

- Obrigada. – sorrio.

- O prazer é meu... Agápe.

Ele fala grego??? Lógico né, sua anta. A mãe dele é descendente de gregos.

Fico vermelha e me concentro em meu prato.

- Filho... Não quer mostrar a casa para ela?

- Claro. – ele arrasta a cadeira e se levanta. – Vamos?

Ele estende a mão para mim e me levanto.

- Licença... – sorrio rapidamente e sou liberada com os dois levantando suas taças para nós. Ok. Parece que temos a aprovação deles para ficar nos agarrando pela casa.

Meu deus... PARE DE PENSAR NISSO!

Andamos pela casa de mãos dadas. Ele me mostrava tudo e fazia comentários sobre algum objeto antigo que pertenceu a alguém de sua família no passado.

Por último, fomos ao seu quarto.

- Vai explodir roupas em minha cara quando eu abrir a porta? – pergunto receosa. Ele ri.

- Não... Eu te garanto.

Abro devagar a porta e logo procuro o interruptor. Entro e ele me segue.

Seu quarto era fantástico. As paredes eram do teto até a metade branco, e uma faixa preta dividia do azul escuro que descia até o chão.

Os móveis eram extraordinários. Uma cama de casal no centro com os lençóis em tons de azul, uma grande cômoda com algumas fotos, uma placa de metal estava pendurada na parede com mais algumas fotos e medalhas. Tinha uma porta no canto, que parecia dar para o banheiro. Em um canto estavam alguns de seus trabalhos.

Sorrio. – Não era nada do que eu esperava.

- E o que você esperava? – sua voz estava perigosamente perto do meu ouvido. Não pude evitar me arrepiar.

- Eu não sei. Uma pilha de roupa suja em um canto. Desorganização...

Ele ri baixinho. Sinto um beijo logo abaixo do meu nódulo esquerdo.

- Nunca fui desorganizado...

- E...e... Isso é bom? – gaguejo. Percebo o duplo sentido da frase. – De ser organizado, quero dizer.

- Eu não sei... É bom, senhorita Wolfman? – ele continua com suas carícias. Oh Jesus...

- Bom? Muito bom...

Sinto seu sorriso quando ele continua a explorar meu pescoço.

- Você tem um cheiro muito bom, senhorita Wolfman.

Espero sobreviver essa noite. Minhas pernas já estavam uma geléia. Espero não ficar grávida essa noite... Hehe.

Namorado AlugadoOnde histórias criam vida. Descubra agora