O fim. ( Do grande começo)

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Me levantei decidida e comecei a rir. Eu ri loucamente como se tivesse acabado de ouvir uma ótima história.
Rindo comecei a bater minha cabeça na grande árvore. Dei uma pancada e comecei a rir alto, muito alto. Dei outra pancada, dessa vez mais forte.
Eu ria como nunca, muito alto.
Quando dei outra cabeçada me veio um flash-back.
Nele eu ainda me localizava naquela grande árvore.
Eu tinha algo cortante em minhas mãos, só não sabia o que era. Meu olhar era fixo em alguém que também mantinha o olhar fixo em mim. Mas quem seria? O homem de preto!
Então de repente eu pulei em cima dele e... e ... eu não lembrava de mais nada. O Flash Back havia parado, mas eu ainda continuei batendo minha cabeça na árvore.
Era incrível como aquilo era gostoso. Doía e fazia cócegas, eu ria, mas talvez fosse mais um riso de agonia.

Mais um flash back veio na minha cabeça, era eu comendo aquele rato.
Eu voltei a realidade e agora a minha cabeça estava realmente sangrando. Aquele sangue escorria pela minha face inteira, e quando parava na minha boca eu passava com a língua nos lábios, eu queria sentir o gosto de cada pingo que caísse. Eu não parei de bater minha cabeça na árvore, muito menos parei de rir, agora eu ria e chorava...
Agora todos os flash-backs parecem que se misturaram, eu via cada memória de um lugar diferente, e ficavam piscando como flashes na minha mente, eu sendo perseguida, subindo na árvore, matando o meu namorado que eu nem sei o que tinha feito ali, matando os animais e comendo a carne deles, arrancando a cabeça daquele cara e bebendo seu sangue, mastigando o olho do outro...
Eu parei de rir, não por que eu parei de achar graça em tudo, mas eu fiquei tonta, meu olho fechava e abria, e eu senti uma dor imensa na testa, já era de se esperar. Eu me ajoelhei ali mesmo e fiquei com uma mão na arvore.
Repousei a testa na parte da árvore onde O sangue escorria, e fiquei ali, respirando.
Ouvindo o grito de desespero tanto das pessoas, quanto dos animais que eu lembrava na minha mente.
Por fim, tirei minha mão da arvore e desencostei minha cabeça dela também.
Peguei todas as forças que ainda restavam em mim, e pronto.
Dei uma última batida, a mais forte de todas, agora eu sentia que minha testa partira.
Cai ao lado da árvore, onde eu infelizmente não me lembro de mais nada, não enquanto viva, claro.





~

As vezes as coisas não são como imaginamos.
As vezes as coisas não saem do jeito que queremos.
As vezes fica até estúpido o que vemos.
Mas isso não significa que necessariamente tudo acabe.
Seria até ridículo se acabasse assim, até por que pra ser sincera,
a verdadeira história nem se quer começou.

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⏰ Última atualização: Jul 26, 2015 ⏰

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T.S.S.C: The Evil InnocentOnde histórias criam vida. Descubra agora