Capítulo 22| ALEKSIOS DOBREV.

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Que diabos!

Fodido.

É assim que me sinto nesse momento. Katy Ferraro era um fantasma. Ela sabia se esconder como ninguém. Como pode uma mulher conseguir não deixar rastros? Eu estava perdido em pensamentos até perceber a aproximação de Ivan.

Quando o encarei, ele apenas me devolveu o seu olhar estoico, impassível, como se nada pudesse perturbar sua calma.

— Precisamos conversar, Aleksios! — avisou, sua voz fria e cortante, um lembrete de que ele não tolerava demora.

Minha cabeça estava fervendo de raiva. Meu irmão estava aprontando novamente na Rússia, e eu teria que voltar antes do planejado. A situação estava fora de controle e cada minuto perdido aqui só alimentava minha frustração.

— Conversamos tanto essa semana, Ivan, que acredito que nem temos mais assunto. — Minha voz era um rosnado contido enquanto eu mexia nos papéis espalhados sobre a mesa, a irritação evidente em cada movimento.

— Você anda pensando demais, Aleksios, e não é com a cabeça de cima. — Retrucou, sua voz carregada de desdém. — Deixe-me te falar: como sabe, a vida da mulher dentro da sua casa é uma página em branco; vasculhei o lugar onde ela vivia e não encontrei nada, nem mesmo um papel.

— Eu não lhe dei tamanha liberdade para me dizer que estou pensando demais com o meu pau, Ivan. Você pode ser meu braço direito e meus olhos nas minhas costas, mas isso não te dá o direito de interferir nas minhas decisões.

— Não é interferir em suas decisões. — Ele retrucou, sua expressão impassível e voz firme — Cuido da sua segurança.

— E aí está! A vigilância acaba aí, Ivan. Do resto, eu cuido.

— Pois bem, temos um assunto a resolver. Um homem foi pego sondando nosso galpão; os homens o pegaram e amarraram-no, estão esperando uma posição do chefe sobre o que fazer com ele.

O entediado era um eufemismo para como eu me sentia.

Aquele irlandês estava novamente rodeando meus negócios em Miami, sempre tentando me destruir de alguma forma. Era um jogo cansativo, mas eu estava pronto para enfrentá-lo com a mesma determinação que o fazia ser uma dor no meu pescoço.

Recostei-me no sofá, movendo o pescoço de um lado para o outro para aliviar a tensão. Cada estalo no meu pescoço refletia a irritação que estava acumulando.

— Prepare o carro, vamos ver o que o homem tem a dizer.

— Já está tudo pronto, Aleksios! Podemos ir.

Nesse momento, ouvi passos baixos e, ao olhar, vi Katy caminhando para algum lugar. Ela parou e me encarou. Ela parecia melhor do que antes, mas o olhar dela carregava uma intensidade que não podia ser ignorada.

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