Capítulo 24| KATY FERRARO.

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O momento foi tão intenso quanto real.

Ter Aleksios aprofundado em mim, levando-me a lugares que eu nunca pensei em visitar, apenas reforça o que eu estava com medo de sentir. Sim, eu estava apaixonada por ele! Não era o certo a acontecer, mas se tornou irrevogável.

É sombrio, Aleksios é sombrio.

Ele é a escuridão que me abraça e da qual eu instintivamente gosto. Nunca a escuridão foi tão convidativa.

Deitada sobre o peito dele em meio à cama, escuto seu coração bater em meu ouvido, um som calmo. O som de quem não parece ter preocupações com nada e ninguém. Sua respiração é calma e eu posso sentir que ele está me estudando.

— Você sabe... — ele começa, sua voz profunda e carregada de um tom quase contemplativo. — Você é uma mentirosa muito boa, você tem aparentemente o dom da ilusão.

— O que pode ser uma coisa boa, não? — Corto-o, tentando desviar da tensão que sinto se formando no ambiente.

— Não, definitivamente não é. — ele responde e eu permaneço em silêncio, esperando sua conclusão. — Mentir para mim não é muito gratificante, pequena provocadora. Não é nem de perto um bom negócio, não lido bem com mentirosos.

Ele se remexe na cama, e eu ergo minha cabeça para o olhar. Seus olhos azuis-escuros me prendem em meio à sua escuridão, me estudando, avaliando. Há um relâmpago de algo que se parece com compreensão, mas é rapidamente substituído por um olhar implacável.

— Creio que agora eu sei. — Respondo-o, tentando manter a firmeza na voz, apesar do coração acelerado.

Ele assente, concordando. Não há piedade nos olhos do russo; mas um relapso de compreensão passa por eles na mesma medida em que desaparece.

— Eu disse que iria te levar comigo para a Rússia, certo? — pergunta e eu aceno concordando. Ele continua, com uma frieza calculada que não deixa espaço para contestação. — Problemas por lá surgiram e eu não posso te deixar aqui, já que tem olhos em você, eu te levarei.

— Você quer me levar porque quer fazer valer o contrato e...

— Não é por isso. — Ele me corta, seu tom desdenhoso. — Não quero arriscar ir para lá e, quando voltar, encontrar você em uma vala qualquer. — Estremeço com a precisão das palavras que ele usa. Certamente, isso aconteceria — iremos ainda hoje. — Ele estreita os olhos, e a tensão entre nós aumenta de forma palpável.

— Preciso lembrar que você está comigo agora, Giovanna. — Ele diz meu nome, e um arrepio me percorre.

— Você dizendo meu nome é estranho. — Pontuo, tentando encontrar um alívio na conversa.

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